Capítulo XLIII: Nem
tudo é como nós planeamos!
Marlene’s pov:
“Acordei angustiada na manhã
seguinte e não fazia a minima ideia porque tinha acordado assim. Levantei-me
com um nó no estômago, vesti-me, fiz a minha higiene matinal e desci em
direcção da cozinha. Não demorou muito até que bateram à porta da nossa casa.
Eram as meninas e Sandra foi abrir.
- Olá, então a Tânia já deu
notícias? – perguntou Cláudia entrando na sala.
- Não, ainda não telefonou, mas
ainda é cedo. Deve estar a descansar. – respondeu-lhe Sandra. Elas entraram as três e foram sentar-se no
sofá com Sandra, a conversar.
- Bom dia, meninas. – disse chegando
ao pé delas.
- Bom dia. – disseram-me, sentei-me
ao pé delas e Sandra ligou a televisão, enquanto conversavamos. Já era um hábito que tinhamos... conversar à
frente da televisão. Estava a dar notícias em quase todos os canais e como nós
não gostamos muito disso, Sandra estava mudando de canal a ver se encontrava
outra coisa.
- ESPERA. – gritei, fazendo-a
assustar-se. – Põe no canal que estava. – conclui.
- Porquê? Estava a dar notícias. – respondeu-me
Sandra.
- Sandra, vá lá, põe lá onde estava
num instante. Só para ver uma coisa. – disse-lhe, fazendo com que esta fizesse
o que eu mandei.
- O avião que partiu a noite passada com destino ao
Funchal, sofreu um grave acidente. Os bombeiros e as equipas de salvamento já
estão no local, mas até agora não se conseguiram encontrar sobreviventes,
apenas um vasto rasto de distruição. – ouvimos a jornalista dizer.
- Não... não pode ser... – dissemos todas com as
lágrimas nos olhos. De repente, ouvimos o
nosso telefone de casa a tocar, corremos rapidamente para atendê-lo. Eram os
rapazes, estes tinham ouvido o mesmo que nós e ficaram muito preocupados, pois
Tânia tinha ido nesse avião e nesse momento, poderia não estar mais entre nós.
Eles vieram rapidamente para nossa casa... tinhamos de saber algo, a solução
era ir para a Madeira, mas nesse dia os voos para a ilha foram todos cancelados
por causa do sucedido.
- Temos de ter fé... não lhe deve ter acontecido nada.
Isto deve ter sido só um susto. – dizia Louis tentando nos acalmar a todos. Eu não estava bem... tinha de saber algo
sobre ela, então decidi ligar para a mãe dela. Tinha de saber se aquele nó que
tinha no estômago era por causa dela. Não podia ter-lhe acontecido nada... não
podia. A mãe dela ia atender, dizer que estava tudo bem e isto tudo só se tinha
passado de um susto enorme. Provavelmente nem foi o voo dela, deve ter sido
outro que foi mais cedo... tentava me acalmar, mas quando a mãe de Tânia
atendeu esta estava chorando descontroladamente, deixando-me de rastos e
fazendo-me desmaiar com o que ela disse.
Louis’s pov:
Marlene estava falando com a mãe de
Tânia e sem mais nem menos, desmaiou, deixando o telefone cair no chão e
desligasse a chamada. Eu ainda consegui agarra-la nos meus braços, antes que
ela batesse no chão e coloquei-a no sofá.
- Marlene, acorda. – dizia
batendo-lhe levemente na face.
- Marlene, por favor... não queremos
perder-te. Acorda. – dizia Margarida. Passados
cinco minutos dela ter desmaiado, conseguimos fazer com que ela acordasse.
- A Tânia? – perguntou quando
acordou.
- Marlene, a Tânia está na Madeira.
– respondi-lhe.
- NÃO. Eu pensei que isto tudo fosse
um pesadelo e que quando acordasse ia acabar, mas... – disse Marlene desatando
a chorar.
- O que é que a mãe da Tânia te disse?
– perguntou-lhe Cláudia e ela olhou para nós triste sem responder.
- Ela mor... – perguntou Sandra sem
conseguir dizer a palavra e Marlene acentiu com a cabeça.
- NÃO. – gritamos todos e começamos
a chorar.
Zayn ficou desesperado, não se
percebia nada do que dizia nem do que fazia. Parecia que tinha endoidecido...
tinha os olhos vermelhos cheios de raiva e as lágrimas corriam pela sua face.
Conseguia-se ver a dor nos seus olhos. Este não queria que ninguém lhe tocasse
nem que se aproximasse dele. Nós ficamos assustados com a atitude dele. Dai a
pouco saiu disparado da casa das meninas sem nos dizer para onde ia. (https://www.youtube.com/watch?v=WVe80iZtlYU- metam esta música quando estiverem a ler)
(http://letras.mus.br/backstreet-boys/2870/traducao.html) Então eu sai com Harry e fomos os dois atrás dele. Eu estava mal com o que
tinha acontecido, mas Zayn tinha entrado em choque e estava pior, poderia
cometer alguma loucura. Seguimo-lo e achamos estranho, porque este foi direito
para casa e trancou-se no quarto. Nós tentamos entrar para falar com ele, mas
ele só dizia que não queria ver nem falar com ninguém e que queria ficar sozinho
durante um pedaço. Nós fizemos o que ele pediu. Eu percebia a dor dele... é
difícil perder a pessoa que se ama.
Marlene’s pov:
Depois do que aconteceu, não
consegui ficar mais na sala. Fugi para o meu quarto precisava estar sozinha,
então tranquei-me lá dentro, deixando as meninas a chorar e o resto dos rapazes
a tentar reconfortá-las. Precisava de pensar... não podia acreditar no que
tinha acontecido. A única coisa que me vinha à cabeça era de que a culpa
daquilo tudo tinha sido minha, só minha. Se eu não tivesse me metido entre eles
os dois, mas eu não sabia. Se ela me tivesse contado, eu teria feito tudo de
forma diferente e ninguém estaria a sofrer agora, apenas eu. Mas eu conseguia
ultrapassar isso e agora para isto não havia solução. Agarrei a minha almofada
com força e desatei a chorar.
Culpava-me de tudo e sei que Zayn, provavelmente
sentia o mesmo, pela forma como reagiu.
Dois dias depois:
Zayn’s pov:
Passaram dois dias depois do
sucedido. Foram os dias mais longos da minha vida, passei-os trancado no meu
quarto. Só queria ver uma pessoa, mas nunca mais a veria. Os rapazes tentavam
que eu comesse deixando a comida atrás da porta, mas eu mal tocava nela e
sempre que comia não conseguia suportá-la no estômago. Parecia que tinha algo
que me impedia de me alimentar. Hoje iria ser o pior dia da minha vida. Iria
ser a última vez que eu ia vê-la, novamente. Que eu iria olhar para a face dela
e senti-la pela última vez. Hoje era o dia do funeral dela... não tinha forças
para ir, mas ia arranjar. Faço de tudo por ela mesmo que ela não esteja mais
aqui... ao pé de mim. Vesti-me, já tinha as malas preparadas. Iria passar uns
dias na Madeira e depois voltava para Londres e tentava seguir com a minha
vida, sem ela. Coisa que não iria ser fácil e eu sabia muito bem disso. Desci
até à sala e os rapazes estavam todos lá, assim como as meninas, prontas para
ir.
- Então, mano. Pensei que não
fosses. – disse-me Louis triste e me pondo a mão no ombro para me dar apoio.
- Eu pensei em fazer isso, mas não
consigo... tenho de vê-la pela última vez senão não consigo seguir em frente. –
respondi-lhe baixando a cabeça. Fomos
todos para o aeroporto, Marlene também foi connosco e esta estava como eu.
Estavamos os dois fracos e sem forças para continuar. Cerca de três horas
depois chegamos à Madeira e fomos de seguida para o cemitério, pois o funeral
começava dentro de meia hora. Ia ser a primeira vez que eu ia conhecer os pais
de Tânia, pena em que fosse numa péssima altura. Eu tinha de ser forte. A
cerimónia começou, os pais de Tânia assim como toda a família e amigos estavam
todos dando apoio uns aos outros... achei uma cena linda. Nunca esquecerei.
Dirigi-me ao pé dos pais dela e cumprimentei-os, mesmo eles não sabendo quem eu
era trataram-me muito bem, como se fosse um filho. Já estava muito comovido,
então pus os meus óculos de sol para esconder um pouco o meu sofrer.
Naquela
altura os coveiros iam descer o caixão, mas antes abriram-no a pedido da mãe de
Tânia que queria se despedir da filha, então eu pude ver aquela pele macia e
brilhante novamente... aquele rosto que me fazia ficar loucamente apaixonado
por ela... ela estava igual, era como se estivesse dormindo e estava com um
sorriso nos lábios... aquele sorriso que alegrava a minha vida. Quando os vi
fechar o caixão para metê-la onde a iam pôr, deu-me um aperto enorme no coração
e não queria deixar que fizessem isso. Então desatei aos gritos e tentei chegar
até o caixão, mas Louis agarrou-me e tentou me acalmar, assim como os pais de
Tânia.
- Calma, meu filho. Ela vai para um
lugar melhor. E onde ela está pode cuidar e olhar por nós. – disse-me a mãe de
Tânia e abracou-me. – Ela sempre vai gostar de ti... um amor tão grande não se esquece assim. –
concluiu deixando-me confuso.
- Añ? Como sabe que nós gostavamos
um do outro? – perguntei-lhe, mas ela não me respondeu e como um acto de magia
todas as pessoas desapareceram do cemitério, ficando apenas eu e a campa da
minha deusa.
– Nunca te vou esquecer, meu amor. Estarás sempre na minha memória
e no meu coração. Sei que tudo será difícil daqui para a frente sem ter-te
comigo, mas vou tentar continuar por nós dois. Por ti faço tudo. Só quero que
me prometas que quando eu for ter contigo... tu estarás à minha espera, para
que possamos viver a nossa vida juntos e para sempre... num sítio onde nada nem
ninguém nos possa impedir de ficarmos juntos. Eu amo-te minha princesa, porque
é que isto foi acontecer? – dizia com a cabeça encostada à campa de Tânia e
chorando tanto. Nunca tinha chorado tanto
por ninguém na minha vida, mas agora era diferente, porque a Tânia era a minha
vida e tiraram-na de mim sem eu me puder despedir.
Louis’s pov:
Deixamos Zayn um pouco a sós com
Tânia e passada meia hora fomos lá buscá-lo, porque ele não poderia ficar ali.
Quando chegamos este estava deitado sobre a campa de Tânia tinha adormecido,
então tivemos de acordá-lo. Foi difícil afastá-lo dela, porque ele não queria
sair... dizia que queria ficar ali, porque assim poderia dormir e estar junto dela,
mas nós conseguimos e fomos para um apartamento e as meninas foram para a casa
dos pais delas.
Sandra’s pov:
Ficamos quatro dias na Madeira, mas
tinhamos de voltar a Londres... agora tinhamos a nossa vida lá. Já tinhamos a
passagem marcada e iamos, justamente nesse dia... foi difícil convencer Marlene
a ir connosco, pois esta dizia que já não valia a pena voltar, porque “ela” não
estava connosco. Após várias tentativas conseguimos voltar todas e todos para
Londres... sim porque o Zayn também não queria ir. Dizia que a sua vida agora
era ali perto da campa dela. Ele ficou super mal, depois do sucedido... já não
era a mesma pessoa, tinha mudado. O galã que eu conheci a uns tempos atrás não
estava ali... eu olhava para ele e era como se toda a felicidade lhe tivesse
sido levada e deixasse apenas um rasto
de tristeza e desgosto nos seus olhos. Todos estavamos preocupados com ele...
se continuasse assim não iria suportar e o seu corpo iria ceder.
Margarida’s pov:
Tinha-se passado um mês desde o dia
do funeral, no entanto tudo continuava como estava. Marlene estava trancada no
quarto e não saia de lá por nada, o mesmo acontecia com Zayn em que os rapazes
tiveram de desmarcar vários concertos porque Zayn não aparecia lá. Nem queria
subir ao palco. E nós sempre tentando melhorar a situação, tentando fazer com
que eles comessem e saissem do quarto. Mas ouve um dia em que algo mudou...
vimos Marlene sair do quarto e ir até à cozinha, ficamos contentes, pois ela
começou a comer novamente. Ela comia, mas não assim como estava a comer naquele
dia, parecia que tentava abafar a dor com a comida.
Harry’s pov:
Estavamos na sala e de repente vemos
Zayn, entrar pela porta um pouco mais feliz. Ficamos todos alegres, nem
queriamos acreditar. Parecia que o céu tinha ficado mais claro para ele e que a
escuridão que pairava sobre a sua cabeça estivesse desaparecendo a pouco e
pouco.
- Então malta, prontos para o
concerto? – perguntou Zayn um pouco mais alegre, deixando-nos espantados.
- Tens a certeza? É que se quiseres
nós cancelamos outra vez. – respondi-lhe.
- Tenho a certeza. Preciso de algo
para me distrair e a seguir dela a música era a minha paixão. – disse-nos Zayn
ficando um pouco triste ao falar de Tânia.
- Ok. Então vamos telefonar às
meninas e vamos para lá. – disse Liam e afastou-se.
Marlene’s pov:
Não estava com cabeça para ir ao
concerto dos rapazes, mas tinha de me distrair e continuar com a minha vida sem
ela. Se continuasse a pensar no mesmo não iria durar muito tempo para que eu
fosse a próxima pessoa a ir ter com ela. Chegamos ao local do concerto, desta
vez este tinha sido em Londres e nós ficamos todas na primeira fila. Assim
conseguiamos ver melhor os rapazes. O concerto começou dentro de dez minutos e
os rapazes estavam felizes, incluindo o Zayn, que estava radiante ou pelo menos
tentava estar.
Tocaram várias músicas, estava sendo divertido estar ali com as
minhas melhores amigas do mundo inteiro, embora faltasse a mais importante para
mim. Começaram a cantar a música “Moments” e quando foi a parte de Zayn cantar,
este não conseguiu segurar as lágrimas e desatou a chorar, não conseguindo
cantar, provavelmente, a música fez-lhe lembrar dela.
Eu também comecei a
chorar junto com ele assim como as meninas. Isto fez com que as directioners
ficassem tristes, também, pois não sei como, mas parece que sabiam o que se
estava a passar.
Zayn’s pov:
- Desculpem,
malta. Eu pensei que conseguisse, mas não consigo. Isto é demais para mim. Não
posso continuar mais com isto. – disse com as lágrimas nos olhos para os
rapazes, deixando-os confusos.
- Não te preocupes, nós acabamos o
concerto hoje por aqui... haveram mais oportunidades. – disse-me Liam me
tentando consolar.
- Vocês não estão a perceber... –
disse-lhes deixando-os mais confusos. – Eu não quero cantar mais nos palcos,
nem hoje, nem nunca mais. Eu não consigo... – continuei fazendo uma pausa
longa. - ... eu vou desistir dos One Direction, da banda. – conclui, deixando
todos espantados.
- Não, mano. Não podes fazer isso.
Pensa nas directioners. – disse-me Niall.
- Pois, pensa nelas. O que é que
elas vão pensar? – disse-me Harry.
- Já pensei e por isso é que estou
fazendo isto. Eu estou muito mal e não quero que elas fiquem mal por mim...
desculpem malta, mas é isto que eu quero. – disse-lhes e sai a correr do palco
deixando tudo para trás e deixando várias directioners tristes com a minha
decisão, mas tinha de ser. Sempre que
cantava lembrava-me dela... e eu não podia continuar com isso. Isso tinha de
acabar e se para conseguir continuar com a minha vida tinha de deixar o meu
sonho voar, então era isso que eu iria fazer. Fui para casa e voltei a
trancar-me, novamente no meu quarto. Não queria falar nem ver ninguém, apenas
estar ali a pensar que ela estava ao meu lado e que não me iria abandonar. Após
um tempo adormeci, estava cansado precisava de descansar e parar de pensar.
Jéssica’s pov:
Depois do sucedido o concerto
acabou, deixando todos chocados com a decisão de Zayn. Ninguém queria que este
abandonasse a banda, estavamos todos lá para apoiá-lo. Nunca o vi assim por
ninguém. Era uma grande prova de amor... deixar aquilo que adorava fazer por
aquilo que mais amava, a Tânia. Mas, já percebi que o que eles tinham, apesar
de não ter durado muito, era forte o bastante para fazê-lo fazer de tudo e
mudar tudo por ela. Fomos para casa... cada um para a sua. A uns tempos decidi
perdoar Josh e este levou-me a casa, estavamos a ver se as coisas funcionavam
entre nós. Começamos a namorar fazia, hoje, duas semanas e estavamos felizes
juntos. O Justin ficou triste com a minha decisão, mas no fim acabou por
compreender e hoje em dia, somos os três bons amigos. É como se a morte da
Tânia nos viesse unir. Só esperava que passado esse dia, Zayn pensasse melhor e
não deixasse a banda. Nós todos precisavamos dele.
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Olá leitoras
lindas.
Então gostaram?
Espero que sim... sei que não
deveria ser o que estavam à espera que acontecesse, mas acho mais interessante
surpreender-vos e acontecerem coisas do qual não estão à espera.
Digam-me que
queriam que acontecesse daqui para a frente.
Continuem a
ler.
Beijinhos.
AI, MAS ISTO VAI SER ASSIM?! EU SEI QUE UMA DOR CURA-SE COM OUTRA MAIOR, MAS POR AMOR DE DEUS, ISTO É DEMAIS!! UM SONHO NÃO DEVE SER ABANDONADO, NUNCA!! E TENHO A CERTEZA QUE A TÂNIA GOSTA DE OUVIR O ZAYN CANTAR, PORQUE ASSIM ELE ESTÁ FELIZ NÃO É, TANEKAS? Por amor de Deus, dá juízo ao Zayn e ressuscita! Pede a ajuda de Jesus e ressuscita!
ResponderEliminarMagui*.*
Faz com que tenham te dado uma injeção que simolasse a morte (e sim elas existem) e depois te tenham raptado ou alguma coisa do genero e depois tu aarece-ses como milagre ou algo parecido, ou que tudo n tenha passado de um grande pesadelo
ResponderEliminarISTO NÃO PODE FICAR ASSIM!!!!
Carol (KS)