One Direction

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domingo, 23 de março de 2014

Capítulo LXX: Demorei uma hora a conhecer-te e só um dia a apaixonar-me. Mas me levará toda uma vida para conseguir esquecer-te.

Capítulo LXX: Demorei uma hora a conhecer-te e só um dia a apaixonar-me. Mas me levará toda uma vida para conseguir esquecer-te.






Margarida’s pov:
- Então, Magui, diz-me alguma coisa? Sei que a probabilidade de dizeres que não é enorme, mas prefiro arriscar e saber do que ficar para sempre a pensar se tinha valido a pena. – Disse Harry me olhando nos olhos. Eu apenas desviei o olhar do dele e comecei a caminhar pelo estúdio devagar, arranjando coragem para continuar e lhe responder.
- Bem… confesso que não estava à espera que tu fosses mesmo capaz de fazer uma coisa destas. Tipo, eu sempre desconfiei de alguma coisa, mas acho que não queria acreditar que isso fosse mesmo verdade. Não sei porquê. Talvez tinha medo. Tinha medo de me apaixonar. Porque, temos de confessar que a nossa relação no início, quando nos conhecemos não era das melhores. Não foi amor à primeira vista, nem à segunda. Não foi como naqueles filmes, não houve troca de olhares. Não deixei os meus livros caírem e tu me ajudaste a recolhê-los. Eu nem sequer ia com a tua cara. Mas tu tens o dom de estragar as coisas e eu, sempre tive uma queda por estragos. – Respondi-lhe quando arranjei coragem e parando à frente dele.
- Espera, não estou a perceber. Isso é um sim ou um não? – Perguntou-me confuso com as minhas palavras. Sei que bastava responder sim ou não, mas eu sempre gostei de complicar as coisas.
- Bom… é um sim… - disse-lhe, este me agarrou de repente me abraçando todo feliz. – Mas… - Disse me libertando.
- Mas… o quê?
- Mas é bom que te portes bem comigo. Vê Harry não quero sofrer por tua causa. Sei a fama que tens e não quero ser só mais uma a cair nos teus esquemas. – disse-lhe.
- Magui, não quero que penses mal de mim. Eu por ti sou capaz de fazer tudo, podes acreditar em mim. E eu prometo por tudo o que quiseres que irei fazer de tudo para que tu não sofras por minha causa.
- Está bem, vou confiar em ti, mas estás avisado. – disse lhe apontando o dedo e este assentiu com a cabeça.
- Será que posso? – perguntou.
- Podes o quê? – fingi não perceber.
- Eu queria fazer uma coisa, mas não sei se me deixas…
- Querias? Já não queres é? – perguntei-lhe sorrindo percebendo as intenções dele e fazendo-o rir-se. Este aproximou-se lentamente, me puxando contra ele e selando os nossos lábios com um beijo tão carinhoso e romântico. 

Que posso dizer? Apaixonei-me nesse momento. E se gostava dele antes, ainda comecei a gostar mais depois de tudo o que ele fez só para me agradar.

Sandra’s pov:

Estávamos todas e todos em minha casa impacientes à espera de notícias do admirador. Sim, os rapazes também estavam lá todos connosco, menos Liam que não sabíamos onde se tinha metido, mas também, se calhar até era melhor ele não estar… por causa da Cláudia. Só lhe ia fazer mal e ela de certeza não iria querer estar ali connosco com ele ali. E o Harry também não estava e ninguém nos quis dizer o que este estava fazendo, também não eram obrigados a dizer… a vida é dele. Os rapazes estavam um pouco estranhos, parece que sabiam de algo, pois estavam aos segredinhos entre si.


Zayn’s pov:



Estávamos na casa das meninas. Cada um estava com a sua miúda. Tipo o Josh com a Jéssica; o Niall com a Sandra; Louis com Marlene e eu estava lá um pouco mais afastado observando Tânia que conversava com Cláudia. Esta de vez em quando também olhava para mim. Nesta troca de olhares dou por mim a caminhar para junto dela e vejo esta a se levantar e a vir na minha direção.
            - Temos de conversar. – Dissemos os dois em uníssono.
            - Anda. – Disse Tânia me agarrando pelo braço e me puxando até à cozinha.
            - Tânia, isto não pode continuar assim… - comecei.
            - Eu sei que não Zayn, mas já não sei que faça. Custa-me tanto estar longe de ti… querer estar contigo e não puder, é horrível. – Disse-me triste.
            - Mas isto não tem de ser assim… se tu queres e eu quero… - disse-lhe e esta interrompeu-me.
            - Zayn, tenho medo que te façam alguma coisa. Tenho muito medo de te perder. Não sei que faria se isso acontecesse. – Disse-me.
            - Tu nunca me vais perder. Nós iremos ficar sempre juntos. Se não for nesta vida será na outra.
            - Ai, por favor nem me digas isso. Eu amo-te tanto. Não quero que nada te aconteça. – Disse-me me abraçando.
            - Também te amo e muito e vou fazer de tudo para ficar contigo. – Disse-lhe a apertando contra mim.
            - Tânia! A Magui já chegou… - disse Sandra entrando cozinha a dentro. – Oh, desculpem, não queria interromper.
            - Não faz mal, Sandra. Já chegou? Então vamos lá ver quem era esse admirador. – Disse-lhe Tânia.
            - Oh vocês já sabem quem ele é. – Disse-lhes.
            - An? Sabes de alguma coisa Zayn? – Disse-me Tânia se voltando para mim.
            - Sei… de tudo. Eu e os rapazes, mas vocês também já vão ficar a saber. – disse sorrindo.
            - Que safados e nem diziam nada. Tch. Por isso é que estavam aos segredinhos. – Concluiu Sandra e eu só me ri.

Marlene’s pov:

Estávamos na sala quando vemos Magui entrar com uma cara não muito amigável.
            - Ui, foi assim tão mau? – Perguntei-lhe mal ela entrou.
            - Mau? Péssimo, horrível. Nunca pensei ter uma desilusão tão grande. – Respondeu-me Magui irritada. Ish. Ela estava tão entusiasmada por saber quem ele era. Mas quem será?
            - Mas… quem era o teu admirador Magui? – Perguntou Tânia chegando à sala com Sandra e Zayn.
            - Quem era? Eu já vos mostro. – Disse e foi até à porta. – Entra, já não precisas te esconder mais. – Disse com desprezo. Estava tão curiosa nesse momento. Já não podia aguentar mais. Quem seria para que Magui tivesse ficado assim? Quando vejo Harry entrar pela porta dando um sorriso meio afectado. Fogo, era ele. Afinal era mesmo ele. Ficamos todas boquiabertas. Mas como Magui não tinha gostado? Ela gostava dele ou… será que nos tínhamos enganado e afinal era mesmo verdade o que ela dizia sobre ele? Que não gostava. Não… não podia ser. Algo de estranho se passava.


Perrie’s pov:



Combinei encontrar-me com Pedro, pois haviam muitas coisas que precisavam ser acertadas. As coisas não estavam a correr como eu queria e o Zayn parecia tão distante de mim. Sentia que estava a perdê-lo e isso não poderia acontecer nunca. Estava a espera dele num beco onde ninguém nos pudesse ver a falar quando o vejo a cruzar a esquina vindo na minha direcção.
            - Olá, boazona. – disse Pedro se aproximando para me dar um beijo e me puxando pela cintura. Estúpido e convencido como sempre. Como é que alguém consegue ter o ego tão alto?
            - Oh larga-me. Não te dei confiança para me tocares. Tás parvo ou quê? – disse-lhe o afastando.
            - Sempre tão simpática. – disse-me sarcástico.
            - Deixemo-nos de tretas e vamos ao que interessa. – disse-lhe.
            - Ok. Que querias falar comigo? - perguntou-me.
            - Pedro, nós tínhamos um acordo ou já te esqueceste? – perguntei-lhe friamente.
            - Não, não me esqueci. Como queres que me esqueça se estás sempre a me lembrar?
            - Então se não te esqueceste porque é que ainda não fizeste a tua parte? Eu quero a Tânia fora do meu caminho e bem longe do Zayn. Pensei que tu eras capaz de fazer esse trabalho, mas pelos vistos enganei-me. Afinal não eras tu que dizias que conseguias qualquer rapariga, estás a perder qualidades…
            - Olha Perrie, eu esforço-me ok? Eu faço tudo o que me pedes, seja bom ou mau… não tenho culpa que ela não queira mesmo nada comigo.
            - Se ela não quer tu fazias de tudo para que ela quisesse. De tudo mesmo. Agora não me venhas com essa. – disse-lhe já um pouco chateada. – E fazes tudo o que eu te peço? Ahah não me faças rir. Se fizesses tudo, eu neste momento estava muito feliz com o Zayn e não estou…
            - E estás a pôr as culpas em cima de mim é? Eu é que tenho culpa pelo parvalhão do Zayn…
            - Hey, não chames ele assim…
            - Pronto, o teu queridinho ter-se apaixonado por ela e não te ligar nenhuma? – disse me irritando e nesse momento levantei a mão para lhe dar um estalo, mas não consegui, pois este agarrou-me o braço. – Vais-me bater é? – perguntou sem me soltar o braço e eu nem consegui dizer nada. – Vais bater em mim que sempre estive do teu lado. Que sempre te apoiei em tudo. Vê, Perrie, as tuas amiguinhas abandonaram-te… deixaram-te sozinha… nenhuma delas se importou contigo… a Taylor está feliz com o Filipe, a Danielle está grávida do Tom e vão casar e tu? Estás aí presa a alguém que não te ama quando há quem faça tudo para que fiques bem, mas tu nem ligas. Tu não te importas. Estás cega, obcecada por uma pessoa que não te quer. Assim nunca vais conseguir ser feliz. Eu sempre fiz tudo o que tu me pedias sem me queixar e tu nunca deste valor a isso…
            - Ah Pedro, tu só fazias isso porque eu pagava-te e bem. – interrompi-o.
            - Vê, eu nunca gastei um cêntimo do dinheiro que me davas. Eu tenho ele todo e vou te devolver.
            - Não quero. Não preciso dele.
            - Mas vou te devolver para que vejas que eu não quero o teu dinheiro para nada… eu fazia o que fazia por ti, só por ti. Podias me pedir tudo, que eu sacrificava-me para fazer. Mas tu nunca deste valor. Nunca te importas-te. Querias era o Zayn à força toda e ainda queres. Eu digo-te uma coisa… quem é que quer uma namorada assim? Ninguém. Pelo menos eu não queria.
            - Não precisas querer, porque eu nunca ia querer ser tua namorada. – disse-lhe furiosa e ficamos um pouco em silêncio.
            - Então… diz-me porquê? Diz-me porque não querias um namorado assim como eu?
            - Porque… porque… ame deixa-me. Já estou farta desta conversa. – disse-lhe e virei costas me afastando.
            - Porque não me dizes porquê? É por eu ser obcecado por ti? Ah espera aí. Não sou eu que estou obcecado por alguém que não me liga nenhuma.
            - EU NÃO TOU OBCECADA POR NINGUÉM, OUVISTE? E ele gosta de mim, eu sei que gosta. – disse me virando na sua direcção e levantando a voz completamente furiosa.
            - Perrie, não te iludas mais. Abre os olhos. Acaba com isso de uma vez por todas. Não vês que só te estás a humilhar? Ele gosta dela não de ti.
            - Cala-te. Tu não percebes nada. Tu não percebes a dor de gostar de alguém que te amava antes e que agora te trata como se não fosses nada. Como se não existisses. Como se nunca te tivesse conhecido. Que te troca por outra. Que dizia que tu eras tudo na vida dele e que nunca te ia deixar e de um momento para o outro parte para outra e te abandona como se tu fosses só mais um brinquedo velho. – disse-lhe e as lágrimas começaram a descer pela minha face, este caminhou na minha direcção e abracou-me. – Mas deixa. Tu não percebes e nunca vais perceber. – disse-lhe e caminhei o mais rápido que pude dali lavada em lágrimas.

Pedro’s pov:

            - Posso não saber o que isso é assim, como me contas, mas tenho certeza que te percebo porque eu era capaz de fazer tudo por ti, mas tudo mesmo. Era capaz de dar a vida por ti. Mesmo que não acredites em mim. – disse para mim mesmo olhando para ela que já ia longe e uma lágrima de tristeza rolou pela minha face nesse momento.

Margarida’s pov:

Eu não acredito que eles estavam mesmo a acreditar em mim? Parece que era uma boa atora ahahah.
            - Mas… o que se passou? Porque ficaste assim? – perguntou-me Sandra espantada com a minha reação.
            - Porquê? Ainda perguntas porquê? Como se eu alguma vez iria gostar de saber que o meu admirador era o Harry Styles. Nunca na vida. Eu nunca iria querer ter um namorado como ele. – respondi-lhe fingindo-me furiosa e fazendo esta calar-se.
            - E quem é que iria querer ter uma namorada como tu? – perguntou-me Harry continuando com o nosso plano. Ao olhar-mos um para o outro dava uma vontade enorme de nos rir-mos, mas iríamos continuar com aquilo até ao fim.
            - Olha, eu é que não iria querer ser tua namorada, disso podes ter certeza. – respondi-lhe fingindo-me zangada.
            - Meninos, tenham calma. Não precisam ficar assim também. – disse Louis tentando suavizar a situação, enquanto que os outros ficaram sem saber que dizer.
            - Não é preciso ficarmos assim? – perguntei-lhe friamente. – Claro que é. Fogo. Então o Harry faz-me estas cenas todas e depois… não me oferece uma caixa de chocolates? – conclui partindo-me a rir.
            - O quê? – disseram todos confusos.
            - Ah fogo, não acredito. – disse Marlene.
            - Pois, nem eu. Harry sabes que a Magui gosta muito de chocolates, devias ter dado que assim depois ela partilhava comigo, não é Magui? – perguntou-me Niall e eu só me ri.
            - Não é nisso que não acredito. Vocês são uns pestes. Só estavam a querer gozar com a nossa cara e isso não se faz. Já estava a ficar assustada. – disse-me Marlene.
            - Ai faz, faz. E esses daí sabiam de tudo e não me contaram nada. – disse para os rapazes.
            - O quê? - disse Marlene. – Louis!?
            - Desculpa amor, mas eu não podia mesmo contar. Tinha de ser um segredo. – disse Louis lhe tentando dar um abraço.
            - Mas eu sou tua namorada, devias me contar. Larga-me. Vai abraçar o segredo que não me contaste. – disse-lhe Marlene um pouco chateada.
            - Oh, moreeeeee… - disse-lhe Louis fazendo beicinho triste.
            - Ai Marlene. Perdoa o rapaz. Anda lá. – disse-lhe e esta estava a tentar não sorrir.
            - Pronto, mas só porque te amo muito. – disse-lhe Marlene e Louis deu-lhe um beijo na boca. As atenções estavam centradas neles quando Harry me agarra e faz o mesmo à frente de todos.
            - UUUUUUUUHHHHHHH. Que é isso pah? – disseram todos em uníssono.
            - Que foi? Estou a beijar a minha namorada, não posso é? – perguntou Harry quando terminamos o beijo, sem me soltar e me piscando o olho, eu apenas sorri.
            - Namorada? Ai que isto está cada vez melhor. – disse Cláudia sorrindo.
            - Ah pois está, nem tu imaginas o quanto. – disse Niall e nós todos nos viramos para ver o que este estava a fazer. Qual não foi o nosso espanto ao vê-lo a devorar uma enorme fatia do bolo que tínhamos comprado para comemorar.
            - Niall!? – repreendeu-o Sandra.
            - Que foi? – perguntou com a boca toda suja.
            - Sempre o mesmo. – concluiu Sandra e nós todos começamos a rir. Logo, logo fomos comer o que sobrou daquele bolo maravilhoso. Estava mesmo bom. 

Liam’s pov:

Fui até ao apartamento ver se os rapazes estavam por lá, precisava de contar-lhes tudo o que sabia. Mas quando cheguei não estava ninguém, estava tudo em silêncio, por isso pensei ligar para o telemóvel de um deles. Liguei para Zayn que logo me disse que estavam todos na casa de Tânia. Não falamos muito e rapidamente me dirigi para lá no meu carro.

Cláudia’s pov:

Estávamos festejando o sucedido quando oiço alguém bater à porta. Os outros estavam tão entretidos que nem ouviram nada, então eu fui lá abrir. Fiquei sem saber que dizer. Não deveria ter aberto, pois era Liam. Ainda não tinha falado com ele, desde que soubera daquilo.
            - Que fazes aqui? – perguntei-lhe friamente.
            - Cláudia… não me trates assim, por favor. – respondeu-me tristemente.
            - Como queres que te trate, Liam? Depois de tudo o que me fizeste. Magoaste me muito, mas muito mesmo. – disse-lhe furiosa e levantando a voz, tomando a atenção de todos os que estavam em casa.
            - Eu sei, Cláudia. Desculpa-me. Mas eu não tive culpa.
            - Então quem é que teve? Fui eu se calhar. Agora só me faltava dizeres isso também. – respondi-lhe.
            - Não Cláudia. Não estou a dizer que a culpa é tua. Mas…
            - Olha é o que pareceu. E mas… nada já ouvi tudo o que tinhas para dizer…. Xau. – disse-lhe e preparei-me para ir embora dali.
            - Não, espera. Tu não ouviste tudo. Eu preciso contar uma coisa a todos e tu tens mesmo de ouvir.
            - Não quero saber, Liam. Não quero ouvir mais nada que venha de ti. – disse tentando me ir embora.
            - Cláudia, fica por favor. Se alguma vez gostaste de mim ouve o que te tenho a dizer. – disse me agarrando pelo braço, mas sem nos encarar-mos um ao outro. Eu apenas respirei fundo e após um tempo voltei para dentro.

Sandra’s pov:

Ao ver que o ambiente estava a ficar pesado decidi intervir.
            - Liam, entra. – disse o cumprimentando.
            - Obrigada, Sandra.
            - Que querias falar, mano? – perguntou-lhe Josh e Liam fez cara de caso.
            - Que se passa? Estás me deixando preocupada. – perguntou-lhe Margarida.
            - Vocês nem vão acreditar no que vos tenho para contar… - começou Liam.
            - Então, conta. Desembucha de uma vez. – disse-lhe Tânia que estava tão curiosa quanto nós.
            - Sentem-se que é melhor. – disse-nos e nos sentamos todos no sofá o observando. – Isto vai ser difícil de acreditar, mas vão ver como tudo se encaixa. Bom… hoje a Eleanor esteve lá em casa… ela queria falar com o Louis, só que como ele não estava disse-me a mim… - começou e Marlene interrompeu-o.
            - E o que é que essa queria do meu Louis? – perguntou Marlene ciumenta.
            - Marlene, acalma-te. Ela só queria conversar com ele… não precisas ficar ciumenta, porque o assunto não tinha nada a ver com a antiga relação deles. – respondeu-lhe Liam.
            - Então era o quê? – perguntou-lhe Marlene rapidamente.
            - Deixa-me continuar… não me interrompas senão não consigo.
            - Desculpa… continua. – disse Marlene baixando a guarda.
            - Quando ela me começou a contar, eu nem sabia se acreditar ou não. Era estranho tudo o que ela me estava contando. Parecia um filme. Mas tudo se encaixava. A Danielle, a Perrie e a Taylor estiveram este tempo todo nos controlando…
            - An? Como assim? – perguntou-lhe Harry confuso.
            - Vocês lembram-se que de um momento para o outro nós, eu, tu e o Zayn nos esquecemos das meninas de quem gostávamos? – perguntou-nos Liam.
            - Sim, mas o Zayn foi por causa do acidente… - interveio Jéssica.
            - Isso não foi bem assim. Esse acidente já estava programado. Isso aconteceu, porque elas as três encontraram-se com uma rapariga que possuía aqueles poderes, uma espécie de bruxa, e esta ajudou-as a cumprir com tudo o que queriam. E estas fizeram tudo isto sem olhar a meios, só para que ficássemos presos a elas e nos afastássemos das meninas. E tu Marlene… perdeste a visão por causa disso também. Os médicos diziam que não viam qual era o problema para não conseguires ver, porque os exames indicavam que tudo estava bem. Claro que não conseguiam identificar o problema, uma vez que ele era algo sobrenatural. Algo que não poderia ser identificado através de exames. E fizeram isto tudo por vingança. Já falei com Danielle. Discuti com ela… disse-lhe tudo o que sabia. Ela tentou negar, mas acabou por confirmar que era verdade. E sabem que mais? – explicou Liam, enquanto nós permanecíamos boquiabertos.
            - Ainda há mais? – perguntou-lhe Tânia e ele assentiu com a cabeça.
            - Sim. O filho de Danielle não é meu. Aliás, era impossível ser meu, porque o bebé tem um mês e a última vez que estive com ela foi há mais tempo que isso, por isso é mesmo impossível. Ela mesma me confirmou isso. Ela fez-me sofrer, mas eu perdoei-a… sei que ela não está conscientemente bem… - continuou nos deixando ainda mais espantados.
            - O quê? Depois de tudo o que ela fez tu perdoaste-a? – perguntou-lhe Magui.
            - Perdoei… perdoei porque não consigo guardar rancor a ninguém… nunca me vou esquecer do que ela fez e nunca mais as coisas vão voltar a ser iguais, porque perdi toda a confiança nela e desiludi-me bastante, mas eu não guardo rancor a ninguém. Nem mesmo depois de tudo o que ela fez. – concluiu Liam.
            - Tu és muito bonzinho, Liam. Não podes ser assim, senão as pessoas abusam de ti. Não podes. – disse-lhe Margarida e ele apenas encolheu os ombros.
            - Eu nem consigo acreditar nisto… - disse Marlene pensativa. – Como é que elas foram capazes? Nós podíamos ter morrido. – concluiu dirigindo-se a Tânia e Zayn que estavam sem saber que dizer.
            - Não penses nisso agora, meu amor. O importante é que estão aqui e nada de mal aconteceu. – disse-lhe Louis a abraçando.
             - Não aconteceu, mas podia ter acontecido. Eu não consigo acreditar nisto. – continuou Marlene pensativa sentada no sofá com Louis ao lado. Permanecemos em silêncio. Aquilo era surreal. Quem é que no seu perfeito juízo faria uma coisa daquelas para prejudicar quem ama? Ninguém. Elas estavam loucas, malucas… precisavam de ter acompanhamento psicológico.

Perrie’s pov:

Estava desesperada. Precisava de algo. Precisava de algo ou alguém que me ajudasse. Não poderia perder Zayn. Não poderia. Aventurei-me pela floresta em busca de Carolina, ela iria me ajudar. Eu iria fazer de tudo para que isso acontecesse. Nem que tivesse de matá-la para conseguir o que queria. A raiva estava me invadindo só de imaginar Zayn com Tânia, felizes. Essas imagens na minha cabeça estavam a dar comigo em louca. Queria que ela desaparecesse. Nesse momento, sentia-me capaz de matar Zayn só para que ela não ficasse com ele. Ele iria ser meu. De uma maneira ou de outra. Nada nem ninguém me iria separar dele. NADA! Corria por entre o arvoredo tentando alcançar a casa de Carolina quando o colar que minha mãe me tinha oferecido antes de morrer, caiu. Caiu e foi bater à beira de um penhasco. Pensei que o havia perdido e as lágrimas já estavam a cair pela minha face. Aquela era a única coisa que me fazia lembrar dela e eu não podia perdê-lo assim. Aproximei-me devagar e com cuidado quando vejo que este estava pendurado num tronco que se encontrava suspenso na parede. 

Aquilo era mesmo alto, mas eu tinha que recuperá-lo. Inclinei-me para o apanhar, mas não estava a conseguir e um frio passava pela minha barriga. Se me desequilibra-se era o meu fim e ninguém me poderia ajudar, porque ninguém saberia onde estava. Tentei me deitar sobre o chão para ver se conseguia chegar e nada. Já estava a ficar desesperada. Tudo me estava a correr mal. De repente, vejo uma sombra ao lado do colar, pensei estar a ver mal. Foi-se tornando mais nítida a ponto de eu conseguir ver que era o reflexo de minha mãe.
            - Perrie, anda comigo. Não tenhas medo. Eu salvo-te. – ouvi, era a voz dela. Ela estava ali comigo.
            - Mãe? – perguntei sem me mexer.
            - Sim, filha. Sou eu. Vem. Dá-me a tua mão. – disse esticando a mão. Sem noção do que estava a fazer, levantei-me e caminhei em direcção dela com a mão levantada para agarrar a dela. Quando chego à beirinha do penhasco ela desaparece.
            - Mãe? Não te vejo mais. Onde estás? – perguntei, quando oiço alguém me chamar.
            - PERRIE!? – gritou. Virei-me de repente para ver quem era que escorreguei e acabei caindo pelo penhasco. Pensei ser o meu fim, nesse momento. Fiquei sem um pingo de sangue, mas consegui agarrar-me no tronco onde o colar estava preso, nem sei como.
            - SOCORRO. AJUDA-ME, POR FAVOR! – gritei desesperada e a chorar.
            - Meu Deus, que estavas a fazer aqui? Calma, Perrie, eu ajudo-te. – disse Pedro vindo no meu alcance e se ajoelhando para me ajudar a puxar para cima.
            - Pedro. Ainda bem que apareceste. Não sei que seria de mim aqui se tu não tivesses vindo. – dizia-lhe chorando.
            - Calma, Perrie. Eu vou tirar-te daí. Vai correr tudo bem. Dá-me a tua mão, meu amor. – disse Pedro começando a chorar comigo. 


Dei-lhe a mão, este tentou puxar-me, mas não estava a conseguir. O tronco estava a ceder e já não conseguiria aguentar por muito mais tempo o peso do meu corpo. Aquele iria ser o meu fim. Cada vez estava mais certa disso.

Cláudia’s pov:
Nem conseguia acreditar no que Liam nos tinha dito. Era tudo tão estranho, mas até que fazia sentido. Mas, fogo à pala do que elas fizeram, eu sofri muito, mas muito mesmo. Como é que elas tinham sido capazes de fazer uma coisa daquelas? Como? É preciso ter o coração bastante frio. Estávamos todos em silêncio a digerir a situação. Eu sentia que tinha de conversar com Liam. Precisávamos mesmo de conversar. Este estava sentado um pouco mais afastado dos outros com o olhar fixo no chão. Dirigi-me até junto dele.
            - Posso? – Perguntei fazendo intenção de me sentar ao seu lado. Este levantou a cabeça e encarou-me um pouco surpreso, depois abriu um sorriso meigo e respondeu.
            - Claro. Senta-te. – Disse, eu sentei-me e permanecemos um pouco em silêncio, até que este o interrompeu. – Desculpa Cláudia. Desculpa por tudo… – começou Liam e eu fiquei apenas o olhando sem dizer nada. Eu já o havia perdoado e não o culpava por nada, mas não disse nada e deixei-o continuar… queria ouvir o que ele me tinha a dizer. - … Sei que estou a ser egoísta ao pedir que me desculpes, mas muitas vezes dizemos coisas, ou até mesmo fazemos algo que magoa as pessoas de quem gostámos... E eu sei que fiz algo que te magoou muito... Mas quero que entendas que todos nós errámos, e somos humanos... com defeitos e qualidades... Eu gosto muito de ti, sempre vivemos um relacionamento com muito respeito, meu amor sempre foi visível e muito verdadeiro... Quero te pedir que compreendas o meu erro, e reconsideres... Eu te amo... E quero ter-te sempre comigo... Dá-me mais uma oportunidade. – Concluiu me olhando nos olhos tristemente e eu não respondi, apenas permaneci um pouco no silêncio.
            - Liam, eu… - disse hesitando.
            - Diz… - disse desejando que eu continuasse.
            - Não é nada não. – Respondi-lhe sem coragem de continuar e este baixou a cabeça triste. Nem percebia porque estava a lutar contra o que sentia quando o que eu mais queria era estar e ficar com ele para sempre.

Perrie’s pov:

            - Tira-me daqui rápido, por favor. Já não vou aguentar muito. – supliquei-lhe, enquanto este tentava me salvar, mas não estava a conseguir.
            - Calma… eu estou a fazer o que posso… eu não te vou perder, não agora. – disse-me sem me soltar.

            - Pedro, desculpa por tudo. Tu sempre estiveste lá para me ajudar e eu nunca dei valor a isso. Estou mesmo arrependida por tudo. Promete que seja o que for que aconteça, não te vais esquecer de mim e que me perdoas.
            - Perrie não digas isso. Não vai acontecer nada. Eu vou conseguir te tirar daí, mas não largues a minha mão. – disse-me.
            - Pedro, promete, por favor… - disse-lhe.
            - Perrie eu já te perdoei a tanto tempo… não conseguiria ser diferente, porque o meu amor por ti é mais forte que o meu rancor. Eu prometo tudo o que quiseres, mas eu juro por tudo como te vou conseguir tirar daí. – respondeu-me me emocionando. Afinal ele parecia gostar mesmo de mim. Sem me soltar, num movimento brusco conseguiu me puxar e pouco faltava para que o meu sofrimento acabasse. Este estava inclinado na beira do penhasco e eu estava pendurada, agarrada apenas à sua mão. Quando finalmente consegui alcançar o topo e subir sem ajuda, Pedro desequilibra-se e caiu pelo penhasco abaixo.


 Fiquei sem reacção… o meu mundo desabou nesse momento.
            - PEDRO!!!!!!! NNNNNNNNNNÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOO. – gritei desatando a chorar desesperadamente. Aquilo não poderia estar a acontecer. :’(



Olá minhas princesinhas!
Está tudo bem com vocês?
Voltei! :) Não me esqueci de vocês… nunca me esqueço.
Desculpem a demora, mas a minha inspiração andava escondida ou talvez perdida, mas acabei por encontra-la e o resultado é este…
Um capítulo acabadinho de fazer.
Espero que esteja do vosso agrado.
A história está quase, quase a chegar ao fim.
Não sei quando poderei colocar o próximo, mas logo que possa venho cá vos dar um miminho.

Beijinhos minhas lindas. :*