One Direction

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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Capítulo LXIV: Minha boca é o sol e a tua é a lua, no eclipse do amor a minha boca beija a tua!



Capítulo LXIV: Minha boca é o sol e a tua é a lua, no eclipse do amor a minha boca beija a tua!

Tânia’s pov:

Fiquei hipnotizada pelos seus lindos olhos castanhos que nem tive capacidade para reagir. Deixei-me levar. Eu queria tanto aquilo como ele, mas não estava certo. Pelo menos naquele momento não estava certo, porque ele estava com Perrie. Era como se ele a estivesse traindo comigo.  Se o mesmo acontecesse quando Zayn estava comigo, eu não iria gostar. Sabem que mais, aquele papel que tinha recebido naquele dia  tinha feito um pouco de sentido. Dizia que se eu não me afastasse e as meninas, acontecia algo de mal aos rapazes e o Zayn quase que tinha sido atropelado nesse mesmo dia. Será que não tinha sido uma partida das meninas e era verdade? Mas de quem poderia ser? Se tinha alguém observando os meus passos, eu não poderia nem queria deixar Zayn correr perigo de vida por minha causa.
- Esse beijo não deveria ter acontecido! – disse o afastando de cima de mim e me levantando do sofá.
            - Porque não? – perguntou se levantando e vindo atrás de mim.
            - Não te faças de tonto. Tu sabes muito bem. – disse-lhe pegando nas minhas coisas para me ir embora.
            - Tânia! Por favor fica... – implorou me agarrando na mão me fazendo parar. – Não vás. Desculpa, mas não consegui resistir... sei que não deveria ter te beijado, mas não consegui. Tinha um desejo tão enorme de o fazer que não consegui controlar. Só não percebo porque sendo tão errado o beijo me pareceu tão certo...
            - Zayn...
            - Não, Tânia. Deixa-me continuar... – disse me fazendo ficar. – Desde que te vi que não consigo parar de pensar em ti. Todas as vezes que te tenho por perto digo e faço coisas que não saem da forma como eu gostava. Pões-me um pouco nervoso e as minhas mãos começam a tremer quando te vejo. Não me queres dizer a verdade, mas a maior verdade é que eu estou apaixonado por ti. Não tinha a certeza, mas depois disto tirei as minhas dúvidas. – disse sem soltar a minha mão e me olhando nos olhos.
            - Zayn, tu estás com a Perrie... – disse-lhe.
            - Eu estou com ela, mas é como se não estivesse. O que sinto por ti é mais forte. E se for preciso acabo tudo com ela e fico contigo, basta quereres. – disse e eu afastei-me um pouco, ficando de costas para ele.
            - Não. Eu não quero que acabes com ela. Sei o quanto custa perder alguém que gostamos muito e por mais brux... quer dizer, ela não merece isso. – disse-lhe. Não podia dizer para acabar com ela. Isso não seria certo. Ele tem de seguir o seu coração.
            - Mas, com ela eu não sou feliz. Olha... – disse me virando, me agarrando na mão e colocando no seu peito. Consegui sentir o seu coração bater apressadamente. – Ela não consegue me fazer sentir isso. Só acontece contigo. Tânia, eu sei que os nossos corações tocam a mesma música, resta saber se a nossa cabeça nos deixa cantar a mesma canção. – disse me deixando sem saber que fazer.
            - Zayn, não podemos.
            - Quem disse que não podemos? Nós somos livres de realizar os nossos sonhos. – disse-me.
            - Zayn, já reparaste para ela? Ela é linda e eu sou isto que vez aqui; tem uma voz maravilhosa e a minha nem chega nem perto; ela tem tudo o que um homem quer numa mulher. Ela é a princesa linda que fica com o príncipe e eu sou a gata borralheira que passa os dias limpando o que os outros sujam e que acaba sozinha. Zayn, nunca a feia ficou com o rapaz bonito da história, isso não seria certo... – disse-lhe triste.
            - Então, vamos mudar o final da história e fazer da forma como nós queremos. E tu não és feia, és linda. Não te compares com ela, porque para mim, tu ao lado dela, és perfeita. – disse me acariciando o rosto.

            - Oh, ninguém é perfeito e tu sabes disso. Essa palavra apenas existe no dicionário. – disse-lhe.
            - Se dizes que perfeição não existe, então porque existe a palavra imperfeição? Se uma não existe, a outra também não... A meus olhos não vejo nada de errado em ti... Cada um escolhe a sua perfeição e a minha perfeição és tu. – disse me fazendo escapar um pequeno sorriso.
            - Zayn, eu... eu... não quero que acabes tudo com ela. Promete-me que não acabas. – disse-lhe triste. Eu gosto muito de ti, mas muito mesmo só que... – disse e este me interrompeu.
            - Tu estás com o Pedro. – disse-me.
            - Outra vez? Eu já te disse que eu e o Pedro não temos nada. – disse-lhe um pouco chateada pelo facto dele estar sempre a insistir no mesmo.
             - Então, não percebo. Se gostas de mim como dizes, porque não ficamos juntos? Eu acabo tudo com ela, aliás nem consigo perceber como voltamos a namorar. – disse-me pensativo.
            - Voltamos a namorar!? Zayn, lembraste-te de alguma coisa? – perguntei confusa.
            - Talvez. Não sei. Estou tão confuso. Mas de uma coisa tenho certeza, eu amo-te e vou fazer de tudo para ficar contigo. – disse deixando-me um pouco feliz por dentro. Não vou negar que era bom saber que apesar de tudo, ele gostava de mim novamente. Da forma como eu sempre gostei dele. – Pensa melhor... se sentimos o mesmo, porque temos de viver infelizes?
- Desculpa, mas eu não posso. – disse-lhe preparada para vir embora. Só que nesse momento, este puxou-me pelo braço para junto dele e beijou-me novamente. 


Eu amava-o, mas aquilo não poderia acontecer novamente. Não, enquanto eu não soubesse quem me tinha mandado ameaças. – Zayn, não voltes a fazer isso, por favor. Assim é mais difícil para mim. Desculpa, mas tenho de ir agora. – disse-lhe e virei costas caminhando rapidamente. Ao abrir a porta dei de caras com Perrie que estava pronta para entrar.
- Tu!? – disse-me.

Perrie’s pov:

Eu não podia acreditar que ela estava ali com Zayn. Ainda por cima tinha os apanhado aos beijos. Que raiva! Será que ela não aprende que o Zayn é meu e nunca irá ser dela novamente? Que estúpida, mas não perde pela demora.
            - Que estás a fazer aqui? – perguntei-lhe friamente. Ela apenas me olhou e continuou a andar sem me responder. – FIZ-TE UMA PERGUNTA, FICASTE MUDA, FOI? – gritei-lhe chateada andando um pouco atrás dela.
            - Perrie, deixa-a ir. – disse-me Zayn me impedindo de ir atrás dela.
            - Zayn, eu quero saber o que é que ela estava a fazer aqui? E... que te aconteceu? – perguntei quando olhei para o seu rosto e vi que tinha algumas feridas.
            - Quase fui atropelado... – disse-me.
            - Atropelado!? Por quem? Meu Deus, estás bem?
            - Não vi quem era, porque essa pessoa seguiu sempre e não te preocupes, porque agora estou bem. A Tânia chegou a tempo e impediu que me ocorresse um acidente. – respondeu-me.
            - Pois... a Tânia... ela sempre tem de se meter entre nós. – disse com desprezo.
            - Ela não se meteu entre nós, tu é que te metes-te. – disse-me.
            - O quê? Eu? Zayn, se queres acabar tudo comigo diz de uma vez. Não me faças sofrer. Tu sabes o quanto eu gosto de ti e sabes que eu nunca te iria fazer sofrer. Mas, se é isso que queres, fá-lo... mas faz já, porque assim mato-me já e não tenho de sofrer mais. – disse-lhe forçando as lágrimas que corriam pela minha face.
            - Perrie, eu... – disse-me ficando um pouco em silêncio.

Harry’s pov:

Niall tinha me mandado mensagem para ir com eles ver o filme ao cinema, só que naquela altura não podia, então decidi aparecer por lá quando acabasse o que estava a fazer. Fui com Taylor, pois nesse dia esta não me soltou por um minuto e uma vez que ela era minha “namorada” não iria dizer para que esta não fosse. Tive de lhe explicar onde tinha estado no dia anterior para ter desaparecido assim, mas inventei que estava na casa de banho e que não me estava a sentir muito bem. Tinha de inventar algo para me safar. Chegamos à sala do filme e entramos, tentando procurá-los... o que se tornou um pouco difícil, pois estava um pouco escuro. Mas ao mudar de cena no filme, consegui ver os rapazes e as raparigas que estavam próximos dali.
            - Olá, Cláudia. – disse me sentando ao lado de Cláudia que estava na ponta. Tinha dois lugares vagos ao pé dela por isso vinha mesmo a calhar. Margarida estava sentada mesmo ao lado dela.
            - Ah, olá Harry... – disse-me sorrindo. – Taylor. – continuou com desprezo. Ficamos sentados ao pé dela, após cumprimentar-mos os outros tentando não fazer muito barulho por causa das outras pessoas que estavam atentas ao filme. O filme já ia a meio. Taylor via-se que não estava a gostar mesmo nada do filme e passado uma meia hora esta adormeceu. Pelo menos assim ficava quieta, calada e não me chateava a cabeça com perguntas estúpidas.
            - Vou buscar mais pipocas. Já volto. – ouvi Cláudia dizer para Magui.
            - Ok. – disse-lhe Magui sem desviar os olhos do filme. Esta parecia estar mesmo a gostar do filme, pois desde que tinhamos chegado que olhava para ela e ela não tirava os olhos da tela onde o filme estava a passar. Eu também estava a gostar do filme, mas a personagem do meu filme não era a mesma que a dos outros, se é que me entendem. Ahah Cláudia ao sair deixou um espaço livre ao lado de Magui e como Taylor estava a dormir resolvi me aproximar sem fazer barulho.

Zayn’s pov:

Flashback on

            - Zayn, eu... eu... não quero que acabes tudo com ela. Promete-me que não acabas.”

Flashback off

            - Perrie, eu...
            - Diz de uma vez. Acaba com toda a minha felicidade de uma vez por todas. Não me faças sofrer mais. – disse-me lavada em lágrimas.
            - Perrie, desculpa. Não era aquilo que eu queria dizer... Eu... eu não quero acabar contigo, só que com estas cenas de ciúmes que fazes deixas-me um pouco chateado. – disse-lhe, fazendo-a parar de chorar e ficar um pouco mais feliz e aliviada. Não era aquilo que eu queria dizer, mas Tânia tinha me pedido e eu por ela faço tudo. Até namorar com uma pessoa que já não amo da mesma forma. Nem sei se alguma vez tinha chegado a amar. De uma coisa tinha certeza, aquilo não iria durar para sempre e da próxima vez não iria seguir a cabeça, iria fazer o que o meu coração estava a dizer... acabar com ela.
            - Mas tenho razões para isso. – disse-me.
            - Não, não tens. E se continuas com essas cenas, então é que acabamos mesmo e desta vez é para sempre. – disse-lhe.
            - Não Zayn. Eu não vou fazer mais. Vou me controlar, prometo. – disse me abraçando, feliz.
            - Veremos. - disse pensando em Tânia e no que seria que ela estava a fazer. Será que estava a pensar em mim? É porque eu não conseguia pensar em outra coisa sem ser no nosso beijo e no quanto ela era a pessoa certa para mim... tinha certeza disso.

Tânia’s pov:

Estava próxima do cinema, mas antes de ir ter com as meninas fui à casa de banho. Estava a precisar de lavar a cara e pensar na minha vida e temos de confessar, aquele era o melhor lugar para fazer seja o que fosse, até para tomar decisões que pudessem mudar a nossa vida para sempre. Quando estava lá dentro comecei a ouvir uma música que me fez lembrar Zayn e era uma das minhas músicas preferidas. Era a “Incomplete dos Backstreet boys” (

https://www.youtube.com/watch?v=WVe80iZtlYU )e era mesmo assim que me sentia naquele momento, incompleta sem ele. Então comecei a cantar junto. Fui até aos lavatórios e como não estava ninguém continuei a cantar. Quando, de repente, um rapaz, de cabelo castanho claro com madeixas louras, entra pela casa de banho a dentro.

            - AI. – gritei.
            - Desculpa, não tenhas medo que eu não te quero fazer mal, mas vem comigo. – disse me puxando pelo braço.
            - O quê? Eu não vou contigo a lado nenhum. Estás maluco ou quê? Eu não te conheço. – disse assustada.
            - Olá, eu sou o Jaymi, muito prazer. Agora podes vir? É que eu estou a precisar mesmo de ti. – disse parecendo apressado e me voltando a segurar no braço.


            - Não. Não posso. Sei lá o que me podes fazer? E afasta-te de mim, senão eu grito. – disse-lhe me afastando para trás.
            - Calma. Não precisamos de chegar a esse ponto. Eu juro que não vou fazer nada que não queiras. Confia em mim.
            - Confio em ti!? Sim, agora vou começar a confiar em pessoas que não conheço de lado nenhum. Se fosse assim, provavelmente já não estava aqui neste momento. – disse-lhe.
            - O que queres que eu faça para vires comigo até lá fora? – perguntou-me.
            - Não quero que faças nada, porque eu não vou lá para fora.
            - Então, vais dormir aqui? – perguntou-me. Aí é que me apercebi que iria mesmo ter de sair dali. Tinha falado sem pensar.
            - Não, mas... ouve lá, para que é que me queres?
            - Vem comigo até ali que eu já te digo. – disse-me e ficamos um pouco em silêncio. - Por favor. – disse pondo-se de joelhos à minha frente.
            - Pronto, está bem. – disse-lhe e este veio até perto de mim.
            - Hey! – disse impedindo-o de se aproximar. – Tu sais primeiro e eu vou atrás. Agarrados é que nem pensar. – continuei fazendo-o rir. Sabia lá o que era que ele poderia fazer.
            - Como queiras. – disse e saiu à minha frente.

Margarida’s pov:

Estava atenta ao filme quando vejo Harry se levantar. Apenas pensei: “O que é que este vai fazer?”
            - Posso? – perguntou fazendo sinais para a cadeira ao meu lado onde Cláudia tinha estado sentada.
            - A Cláudia não deve demorar, mas... podes. – disse-lhe para não parecer rude.  Uma vez que ele dizia que eu era má para ele. Eu não achava isso. Bem, até que podia ser um pedacinho bem pequenino, mas não fazia por querer. Acho eu...
            - Eu sei. Apenas queria ver a vista daqui... para a tela sabes? Não é para t... quer dizer também, mas... – disse atrapalhado e eu resolvi intervir para não o deixar enterrar mais. Tão lindo ahahah. Só me apetecia rir nesse momento, porque era raro ver o Harry atrapalhado daquela forma.
            - Eu percebi. – disse-lhe virando o rosto para o filme e sorrindo. Nesse momento, os protagonistas do filme estavam próximos de dar o beijo. O que eu já estava a pedir desde o ínicio. E ele ia se transformar em humano novamente. Yey. Tão fofo. – Own. Que fofinhos. – disse baixinho.
            - Também querias um beijo daqueles? Tipo um beijo à cinema? – perguntou-me Harry.
            - Acho que qualquer rapariga gosta de um beijo quando ele é dado pela pessoa que ama. – disse-lhe sem desviar o olhar, pois sentia-o a olhar para mim e não o queria encarar.
            - Mas, não respondes-te. – disse-me.
- Talvez. Porque não? Um dia, quando encontrar a pessoa certa para mim. – respondi-lhe.
- Ainda não a encontras-te?
- Não. Acho que ela está sempre se escondendo de mim.
- Sabes que ela pode estar mesmo ao teu lado e tu não a veres? – disse-me e eu voltei-me para ele e só me ri. – Mas enquanto não a encontras... posso ser eu a dar-te um beijo? – perguntou-me.
- An!? – perguntei confusa.
- Não. Oh meu Deus. Isto saiu-me tão mal. Não era isto que eu queria dizer ou melhor era, mas era um beijo no rosto.
- E porque queres me dar um beijo?... no rosto?... Eu não tou a dizer para me dares na boca, mas, oh meu Deus, esta conversa tem muitas rasteiras... – disse-lhe um pouco atrapalhada, fazendo-o sorrir.
- Eu sei. É para te agradecer pelo que fizeste ontém, porque ainda não tive oportunidade. Então, posso ou não? – perguntou-me novamente.
- Pronto, não vou ser mázinha contigo. Podes. – disse-lhe virando o rosto me preparando.
- Harry! – chamou Niall nesse momento. Eu virei o rosto para Harry, pois pensava que este tinha parado para responder a Niall, mas não. Acabamos dando um beijo na boca. 


Mal senti a sua língua querer percorrer a minha boca parei com aquilo, pois não estava certo. Ainda por cima com a Taylor mesmo alí ao lado.
- UH. – disseram as pessoas do cinema, incluindo as meninas e os rapazes que tinham visto nós dois aos beijos.
- ESPETA-LHE MAIS UM. – ouvi uma voz desconhecida gritar. Eu apenas me encostei na cadeira e Harry foi todo apressado para o pé de Taylor, pois esta estava a acordar. Ficamos os dois super envergonhados. Harry só me pedia desculpa e eu tipo, não faz mal, mas que não se repita. Pelo menos à frente de tanta gente, bolas.

Harry’s pov:

            - O que é que eu perdi? – perguntou-me Taylor ao acordar.
            - Nada... – respondi-lhe.
            - Mas estavam todos a fazer uh e eu ouvi alguém dizer, espeta-lhe mais um... – disse-me confusa.
            - Foi no filme... os protagonistas beijaram-se. – disse-lhe, fazendo os outros rirem, menos Magui que estava envergonhada como eu.
            - Porque é que eles estão a rir? – perguntou-me.
            - Sei lá... porque são tontos... não lhes ligues. – disse-lhe.
            - Ok, amor. Também o único que eu quero dar importância és tu. – disse se aproximando e me beijando. – Mmmm morango? Harry, deitas-te algo nos lábios? – perguntou-me.
            - Eu? Porquê? – perguntei sem saber que dizer.
            - Porque os teus lábios sabem a morango. – disse-me.
            - Deve ser do label... tinha os lábios mesmo secos e deitei um pouco. – menti, pois provavelmente Magui tinha isso nos lábios e ao beijá-la ficou nos meus. Os outros começaram a rir outra vez.
            - É, estão mesmo todos tontos, sinceramente. – disse Taylor para os outros.
            - Eu disse-te. – disse tentando parecer calmo. O resto do filme nem falei mais, apenas havia uma troca de olhares às escondidas de Taylor entre mim e a Margarida. Naquele momento tinha notado uma coisa diferente. Sabem o que era? Pois, eu digo-vos. O beijo. Quando beijei a Margarida parecia que aquela não tinha sido a primeira vez e pus-me a pensar melhor... como é que isso poderia ser possível? Então quando Taylor me beijou lembrei-me. Lembrei-me do beijo que tinha dado a Taylor no dia do baile de máscaras que não parecia que tinha sido nela. Lembrava-me que depois quando falei disso ela ficou estranha como se não tivesse sido com ela. Será que tinha beijado Magui? Tinha de ser isso, porque ao beijá-la senti o mesmo que senti nesse dia. Vocês sabem. Aquelas borboletas no estômago que quando beijamos a pessoa amada começam a voar de um lado para o outro todas felizes. E quando beijei Taylor não senti nada, apenas uma enorme vontade de afastá-la de mim. Mas eu iria tirar isso a limpo e até já sabia como.

Tânia’s pov:

Ao chegar lá fora vejo mais dois rapazes sentados num banco. Um tinha o cabelo loiro escuro, tipo o meu e tinha os olhos azuis e o outro era um pouco parecido com o Harry. Talvez fosse pela forma do cabelo, esse tinha uma viola na mão e estava tocando. Jaymi levou-me até junto deles e depois começaram a falar, enquanto eu os olhava confusa.
            - Rapazes, encontrei alguém que nos pode ajudar. – disse-lhes Jaymi.
            - Quem? – perguntaram.
            - Apresento-vos a... desculpa, mas não me disseste o teu nome. – disse Jaymi se dirigindo a mim.
            - Tânia. O meu nome é Tânia. – apresentei-me.
            - Então, Tânia, este é o Josh. – disse Jaymi me apresentando ao rapaz de cabelo loiro escuro. – E este é o Georg. – disse me apresentando ao outro.


            - Já te disseram que és parecido ao Harry Styles? – disse para Georg.
            - Já. Várias vezes. – respondeu-me sorrindo.
            - Vocês são primos ou isso? – perguntei curiosa.
            - Não. Apenas somos amigos mais nada. – respondeu-me.
            - Então, vamos começar? – perguntou Josh.
            - Começar!? Começar com o quê? – perguntei confusa.
            - Jaymi, não lhe disseste nada? – perguntou-lhe Josh e este abanou a cabeça negativamente.
            - Disse o quê? O que é que havia para dizer? – perguntei.
            - Calma, eu explico. Nós somos quatro só que o Jay Jay teve de ir embora, porque teve uma emergência qualquer e nós estavamos aqui a tocar e a cantar para as pessoas e precisavamos de uma quarta voz. Sabes cantar não sabes? – perguntou-me.
            - Sei lá. Talvez. Sabem qualquer pessoa sabe cantar, mas cantar bem só algumas o fazem. – respondi-lhe.
            - Eu ouvia-a cantar e posso dizer que ela canta e bem. – disse Jaymi.
            - Tiveste me espiando, foi? – perguntei para Jaymi.
            - Não. Eu estava a passar ao pé da casa de banho e ouvi. O que querias? Estavamos mesmo à procura de alguém e tu apareceste na altura certa. – respondeu-me.
            - Então? – perguntou Georg para mim.
            - Então o quê? – perguntei.
            - Cantas conosco? É só umas músicas e depois podes ir embora se quiseres. – continuou Georg.
            - Mas eu não sei cantar e não devo conhecer as músicas e... – disse e Jaymi interrompeu-me.
            - Nós ajudamos e nós só cantamos músicas conhecidas. Anda lá. Vais ver que vais gostar. – disse-me Josh.
            - Que dizes? – perguntou Georg.
            - Acho que se ficar um pouco e cantar com vocês não vai fazer mal nenhum. Acho eu. – disse-lhes pensativa.
            - Fixe. Então, vamos lá... 1, 2, 3... – disse Georg e começou a tocar a música “Call me maybe da Carly Ray Jepsen” Que loucura. Cantar com desconhecidos. Ao início quando eles paravam de cantar para eu fazer algumas partes a solo, eu não conseguia. Estava tão nervosa e a tremer. Ainda por cima, tinha se juntando um montinho de gente à nossa volta para ouvir, pois a música os tinha chamado à atenção. Nunca tinha cantado para tanta gente e não estava a conseguir. Não era assim tanta gente. Era umas quinze pessoas, mas para mim já era muito. Josh começou a cantar comigo nas partes em que eles me deixavam fazer os solos. Fiquei um pouco mais confiante com isso, apenas olhava para ele e dizia. Obrigado e ele só sorria. Após um tempo fui ganhando mais confiança e até já conseguia cantar umas partes pequenas sozinha. Estava a ser uma loucura e eu estava a gostar mesmo. Acho que isso viasse na minha cara, pois era impossível parar de sorrir. A música era uma forma de me fazer esquecer dos problemas por uns instantes e sempre me animava quando estava triste. Já estavamos cantando a uma meia hora sem parar e eu já não queria que aquilo acabasse nunca. Estava mesmo bem e até já me sentia um pouco à vontade com os rapazes, pois estes faziam com que eu risse de cinco em cinco minutos com as parvoices deles e não me punham de lado o que era muito bom. Desviei o rosto por uns segundos quando vejo as meninas e os rapazes a virem naquela direcção, o filme deveria ter acabado, mas estes não me tinham visto.
            - MENINAS... MAGUI... SANDRA.... – gritava mas elas não me ouviam. – Eu já volto. Não continuem sem mim. – disse-lhes sorrindo.
            - Ok. – disseram-me.
            - MENINAS! – gritei correndo em direcção deles.
            - Tânia!? Que aconteceu? – disseram quando me viram.
            - Muita coisa. Venham comigo. Quero apresentar-vos alguém. – disse para que viessem à minha trás. Fomos em direcção dos rapazes que estavam conversando sentados no banco. – Bem, estes são o Jaymi, o Josh e o Georg.– disse apresentando-os uns aos outros.
            - Olá. – disseram. Os rapazes e a Taylor já os conheciam por isso não foi necessárias apresentações.

Margarida’s pov:

            - Uau, adoro a tua viola. – disse indo para o pé de Georg e olhando para a viola dele.
            - Obrigada. Sabes tocar? – perguntou-me.
            - Sim. Já tive aulas de viola durante uns tempos e tenho uma viola parecida, mas a tua parece muito melhor. – disse observando a viola.
            - Queres tocar? – perguntou-me.
            - Posso?
            - Claro. Toma é toda tua. – disse me dando a viola.
            - Opá que fixe. – disse feliz agarrando a viola e me sentando ao lado dele para ficar mais a vontade para tocar, porque em pé é difícil. – Meninas, vocês conhecem esta. Têm de me ajudar. – disse começando a tocar “Wonderwall” (

https://www.youtube.com/watch?v=mpPTXXGBXBs ) . Começamos a cantar todas como faziamos antes na Madeira. Esta era uma das músicas que cantavamos mais, então já a sabiamos de cor. Mas é claro faziamos estilo One Direction, porque foi com eles que ouvimos a música pela primeira vez.

            - Gostei. Têm todas uma linda voz. – disseram Josh e Jaymi quando a música terminou.
            - Parabéns, Magui. Tocas mesmo bem e cantas ainda melhor. – disse-me Georg.
            - Oh, Obrigado. – disse-lhe.

Harry’s pov:

Que lindo! Agora este também está interessado nela. Estou tramado.
            - Georg, podes chegar aqui? – perguntei-lhe.


            - Claro, mano. – repondeu-me vindo atrás de mim, deixando os outros a tocar. Andamos até ficar um pouco mais afastados para que ninguém ouvisse a nossa conversa e então ficamos a falar sob o olhar atento de Taylor. – Aquela míuda sabe mesmo tocar, a sério. – disse-me referindo-se a Margarida e olhando para ela.
            - Pois, eu sei que sabe. – disse-lhe com desprezo.
            - Para que é isso tudo, mano? Não te fiz nada. – perguntou-me confuso.
            - Não fizeste... ainda.
            - An!? Não estou a perceber. – disse-me.
            - Não estás a perceber, mas eu já te explico... Estás interessado na Margarida? – perguntei com um pouco de ciúmes. Sim, um pouco, porque eu conseguia me aguentar. Aliás eu sou um rapaz pouco ciumento... mas muito pouco mesmo.
            - O quê!? Eu estava a ser simpático mais nada. Mas porquê? – perguntou-me sorrindo.
            - Ai sim, simpático. A mim pareceu que estavas a ser demasiado simpático com ela.
            - Harry! Acabei de conhecê-la. Mas para que é essas perguntas agora? – perguntou-me.
            - Por nada.
            - Por nada!? Ahah. Já percebi. – disse-me rindo.
            - Percebeste o quê? – perguntei-lhe fingindo não perceber.
            - Tu gostas dela. – disse me batendo no ombro.
            - Não gosto nada.
            - Gostas e estás cheio de ciúmes. – disse-me.
            - Não estou nada.
            - Tu não me enganas. Eu vejo os teus olhos a brilhar quando falas nela.
            - Isso é porque entrou-me uma coisa para o olho e está a arder. – fingi mexendo nos meus olhos.
            - Ok, como queiras. Mas tá descansado que eu não vou me aproximar dela dessa forma. Não iria roubar a míuda a um amigo meu.
            - Ela não é minha, porque eu estou com a Taylor.
            - Não é ainda. E a Taylor que raio de amor é esse? Vocês acabaram e nem sei como voltaram outra vez a namorar. Mano até parece que ela te enfeitiçou. – disse-me.
            - An!? Como assim acabamos e voltamos? Nós nunca acabamos. – disse confuso.
            - Sim, sim. Agora vais dizer que não te lembras... Mentes mal, meu amigo, mas se queres assim. – disse me batendo de leve nas costas e indo ter com os outros. Nós tinhamos acabado!? Mas como!? Eu não me lembrava disso. Aliás, eu nem me lembrava de Margarida e todos diziam que nos conheciamos já fazia algum tempo. Era estranho porque eu lembrava-me de todos menos dela. Como é que era possível as meninas serem todas amigas e andarem sempre com a Margarida e eu não a ter conhecido antes? Quando conhecia todas elas já fazia algum tempo. Fiquei ali parado a pensar durante um bom pedaço quando Taylor veio até mim para me avisar que eles já se iam todos embora. Nem me tinha dado de conta e já estava tão farto dela. Confesso que chegava a uma altura que metia nojo ela andar sempre atrás de mim. Aquilo já não parecia amor, parecia obcessão. Pelo caminho só pensava em tudo aquilo, mas não conseguia chegar a conclusão nenhuma.

Carolina’s pov:

Tinha saído do meu abrigo ou melhor da minha casa. Precisava que dar um passeio, era horrível estar presa dentro de casa olhando sempre para as mesmas paredes e sentir-me sozinha, embora estivesse rodeada por seres humanos ou melhor ratos. Sabia que não poderia deixar que as inimigas de Perrie me vissem, mas queria lá saber e elas nem me iriam conhecer. Por vezes temos de seguir o nosso coração e deixar de fazer o que nos mandam. Confesso que já estava farta das ordens de Perrie, esta nunca mais me deixou em paz desde que tinha descobrido que eu tinha poderes especiais. Estava sentada num banco quando sinto alguém me tocar no ombro, dei um pulo.
            - O que é que queres? Afasta-te de mim.  – disse me levantando e me afastando.
            - Calma, não te queria assustar. – disse-me um rapaz de cabelo loiro escuro e olhos acho que verdes. Tinha de confessar que ele era lindo.
            - Então o que é que queres? – perguntei-lhe assustada.
            - Carol, não te lembras de mim? – perguntou-me. Eu não me lembrava dele. Mas como ia-me lembrar de uma pessoa que nunca tinha visto na minha vida No entanto o seu rosto pareceu-me familiar.
            - Não. A tua cara é-me familiar, mas não me lembro. – respondi-lhe pensativa.
            - Tens a certeza... borboleta? – disse me piscando o olho.


            - Nathan Sykes? – perguntei, pois apenas ele me chamava de borboleta.
            - Sim, o próprio.
            - Ao tempo que não te vejo. – disse o abraçando feliz. Aquele era Nathan, o meu amigo de infância. O meu único amigo. Nunca mais o tinha visto desde que descobri que possuia estes poderes esquisitos... tive de me separar de todos para que ninguém descobrisse, pois corria o risco de me prenderem para fazer experiências malucas. E isso foi quando tinha 15 anos. Nessa altura, eu e Nathan estavamos sempre juntos e faziamos tudo juntos, éramos como irmãos. Quando eu era pequena sonhava em ter poderes e voar, então sempre que brincavamos eu fazia de fada, mas ele chamava-me de borboleta, porque dizia que eu era linda como uma e assim ficou. Pensamentos de criança, porque se fosse agora eu não desejaria em voar nem em ter estes poderes que só me estragam a vida e me impedem de ser feliz. Como ele estava mudado! Da última vez que o tinha visto, este estava cheio de borbulhas na cara, usava óculos e aparelho e agora estava lindo.
            - E eu. Como estás, míuda? – perguntou-me.
            - Bem, melhor agora. E tu?
            - Eu... estou feliz. Encontrei a minha namorada novamente. – disse e riu-se.
            - Ah ah ainda te lembras disso? – perguntei-lhe. É, antes como estavamos sempre juntos, as pessoas diziam que nós namoravamos, mas era mentira. Então faziamos de propósito para que estas acreditassem e riamos muito com essas mentirinhas. Nós gostavamos mesmo muito um do outro.  E ele sabia tudo sobre mim, até dos poderes. Tinha de lhe contar, ele era e sempre será o meu melhor amigo. Até que chegou ao dia em que eu tive de me ir embora e me afastar dele, então, promete-mos um ao outro que quando eu voltasse... iriamos estar à espera um do outro para sermos felizes juntos. Mas isso nunca aconteceu. Cenas de criança.
            - Claro. Sabes fiquei sempre à espera que voltasses para mim para cumprir-mos a nossa promessa, mas nunca apareceste. Então, nos mudamos um ano depois de tu desapareceres, eu e a minha família. Deixaste-me mesmo triste e eu não queria ficar em lugar nenhum sem ti. Sonhava contigo todas as noites e procurava-te por todos os lados. Nunca te encontrei, mas nunca desisti. Até que decidimos vir morar para cá e agora que estás aqui, à minha frente, nem sabes o quão feliz estou. Quem diria que eu iria te encontrar aqui, seis anos depois de teres partido. – disse me acariciando o rosto e me abraçando.
            - Nathan, sabes que não fiz por querer.
            - Eu sei... foram esses malditos poderes, mas chega de falar no passado e em tristezas. Agora estamos juntos não é verdade? – disse-me todo feliz sem me soltar.
            - Sim. E então conta-me... o que fizeste da tua vida? – perguntei-lhe.
            - Tenho uma banda agora.
            - A sério!? Parabéns... fico muito feliz por ti, mas muito mesmo. Esse sempre foi o teu sonho... cantar, andar nos palcos... e como se chama a banda?
            - The Wanted.
            - Ui, isso parece cena de polícia, tipo os procurados ou os queridos, ou sei lá. – disse-lhe fazendo-o rir-se. Ficamos conversando e a matar saudades um do outro. Já tinha tantas saudades dos abraços quentes dele. Pensava que nunca mais o iria voltar a ver na vida e agora ele estava ali. O amor que sentia por ele... que eu pensava que tinha se extinguido e que nunca mais iria sentir o mesmo por ninguém começava a florescer de novo. Quando digo amor, digo amor de amigos, sim porque isso também existe, embora muitos digam que não. Mas queria lá saber das opiniões alheias, estava feliz e os outros não me importavam minimamente.

Tânia’s pov:

Chegamos a casa e eu fui tomar um banho, pois estava cansada, assim como as meninas. Quando fui buscar a minha roupa para depois vestir, reparei que estava outro bilhete em cima da mesa. Estranhei, então abri-o e li logo. Lá estava escrito: “Eu avisei. Não quiseste acreditar, mas acredita que para a próxima não irei falhar e se te meteres no meio vais junto com ele. Avisa as tuas queridas amigas, antes que seja tarde de mais e nem penses em contar isto aos rapazes, porque será pior. Adeus, parvalhona. Em breve terás mais notícias minhas... boas ou más.... muahahahhaahahha”

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            Olá bombocas.
Obrigado a todas as que seguem o meu blog e que comentam, significa muito para mim. Obrigado mesmo do fundo do coração.
Bem, mas deixemo-nos de falar de mim.
Aqui está o capítulo Magui e meninas.
O que será que vai acontecer para o próximo capítulo? Descubram. Pode ser bom ou mau e confirmem se acertaram.
Muah ah ah
Beijos!!!!!