One Direction

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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Capítulo LXXI: Se o meu desejo se pudesse tornar real, tu estarias aqui comigo agora!

Capítulo LXXI: Se o meu desejo se pudesse tornar real, tu estarias aqui comigo agora!



Perrie’s pov:


- PEDRO!!!!!!! NNNNNNNNNNÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOO. – gritei desatando a chorar desesperadamente. Aquilo não poderia estar a acontecer. :’( A culpa era toda minha e do meu orgulho. Ele mostrou que gostava mesmo de mim e eu não queria saber. Nunca olhei para ele de outra forma. Para mim ele não passava de um objecto que eu usava para conseguir o meu objectivo e naquele momento arrependia-me mesmo disso. Ele tinha caído para me salvar. Não conseguia parar de chorar e gritava o nome dele. Estava sentada no chão com os braços cheios de feridas. Queria olhar para ver se o via, mas a coragem faltava-me. Com dificuldade, levantei-me e a pouco e pouco tentei olhar para baixo. Aquilo era mesmo alto.


- PEDROOOOO!!! POR FAVOR, RESPONDE - ME. DIZ-ME QUE ESTÁS BEM. – gritei chorando. Mas nada. Não havia sinais dele. Fiquei descontrolada e desorientada. Não sabia que fazer. Era impossível ele ter sobrevivido a uma queda daquela altura. Sem saber mais o que fazer fui para bem junto da beirinha do penhasco. – Desculpa-me por tudo. Fui tão estúpida. Mas eu não vou deixar isto assim. Isto só aconteceu por minha causa e eu nunca me vou perdoar por isso. Se não podemos ficar juntos nesta vida, então… que pelo menos nos encontremos na outra. – disse chorando e determinada. Posto isto, uma brisa muito fresca envolveu o meu corpo. Era como se fosse a primeira e última vez que me tinha sentido assim… tão leve. Já não poderia voltar atrás. Estava caindo pelo penhasco, joguei-me. Nunca iria conseguir viver com aquele peso na consciência. 


À medida que caía, várias imagens me passavam pela cabeça, momentos felizes e outros não tanto. Mas todos eles sem me aperceber, tinha uma pessoa que nunca me abandonou e que sempre esteve ao meu lado. Essa pessoa era o Pedro e não tardava muito para eu ir para junto dele. De repente, tudo escureceu e o meu corpo cedeu, tinha batido no fundo. Era o meu fim, disso tinha certeza absoluta.

Tânia’s pov:

            - Ainda nem acredito nisto. – disse para Zayn que estava sentado ao meu lado.
            - Nem eu. Nunca pensei que elas fossem capazes de uma coisa destas. E a Perrie. Eu tenho de falar com ela. Agora mais do que nunca tenho de lhe dizer tudo. Que já não sinto nada por ela, que não quero estar com ela. Que o que eu mais quero é estar contigo. Eu não a amo. Só estou com ela, porque me pediste. – dizia-me olhando nos olhos e me segurando na mão. - Mas eu não tenho mais medo de nada e não quero que tu tenhas. As ameaças que recebeste, só podem ter vindo dela. Ela é capaz de tudo. Eu vou acabar com isto de uma vez por todas. Estou farto de viver numa mentira e de querer estar contigo e não poder. – concluiu se levantando e me dando um beijo na testa.
            - Zayn, para onde vais? – perguntei-lhe.
            - Vou resolver isto. Já esperei tempo a mais. Vou à procura dela. – respondeu-me.
            - Tem cuidado! – disse-lhe e este veio até perto de mim e deu-me um beijo na testa.
            - Não te preocupes. Logo, logo tudo estará resolvido e nós poderemos ser felizes de uma vez por todas, prometo. – disse dando aquele sorrisinho que me faz derreter toda e indo embora. Tudo o que eu mais queria era que aquilo se resolvesse e que tudo acabasse bem.


Margarida’s pov:

Estava sentada com Cláudia de um lado e Harry do outro. Liam e Cláudia estavam sempre se olhando. Fogo, porque raio estes não resolviam tudo? Estavam com medo de quê? Parecia que estavam à espera que fosse eu a dar uma mãozinha. De tanto assistir àquela troca de olhares que resolvi agir.
            - Harry, já viste? – sussurrei-lhe ao ouvido.
            - O quê? – perguntou-me confuso.
            - O Liam e a Cláudia.
            - O que é que tem?
            - Estão ali e não resolvem as coisas logo. Não sei porquê. Mas já me tá dando os nervos de vê-los assim. Tenho de fazer alguma coisa. Quer dizer… - disse olhando para Harry que me escutava atento. - …temos.
            - Temos? Mas o quê?
            - Fazemos assim… - sorri e comecei a sussurrar-lhe no ouvido.
            - Ui, tanta melação. Que é isso meninos? Agora não há maneira de se largarem por um pedaço. – disse Marlene para mim e para Harry tentando pegar connosco, mas principalmente comigo.
            - Sabes como é, há que aproveitar. – respondi-lhe sorrindo.
            - Magui? Foste tu que disseste isso? Estás te sentindo bem? – perguntou-me Marlene boquiaberta com a minha resposta e eu apenas me ri. – Muito bem. Estou a gostar. Divirtam-se então. Não atrapalho mais. Vou para ali com o meu bombomzinho. – concluiu afastando-se de nós e caminhando na direcção de Louis. Bombomzinho ahahahaha. Acho que é mais bumbumzinho isso sim. Aquela bunda. Mas o que é que eu estou para aqui a dizer? Ai Margarida! Mudando de assunto. Posto isto, eu e Harry começamos a tentar resolver as coisas. A fada madrinha e o… como se diz isso de um rapaz? A fada padrinho? Ui isto soa tão mal… não interessa. O que importava era que o Liam e a Cláudia resolvessem tudo.

Harry’s pov:

            - Então Cláudia, tudo bem? – perguntei sentando-me ao pé desta.
            - Sim, acho eu, mas que pergunta é essa agora? – perguntou-me Cláudia estranhando a pergunta.
            - Por nada. Já não posso saber se a minha amiga Cláudia está bem? – respondi-lhe.
            - Sim, podes. Só achei estranho, porque já estás aqui há tanto tempo e só agora é que me vens perguntar isso. Queres alguma coisa, não é?
            - Não. Eu não quero nada. Mas que pergunta é essa agora? Só te perguntei para saber se estavas bem. – disse-lhe.
            - Hum… - respondeu-me voltando a olhar para Liam.
            - Na verdade… - disse.
            - Sim. – disse me encarando.
            - Na verdade queria e quero uma coisa. – disse-lhe.
            - Entao, diz-me o que é. Se eu puder fazer eu faço.
            - Não é nada de mais. Será que podias ir até à cozinha e me fazer uma daquelas bebidas que só tu sabes fazer?
            - Hum… bem me parecia que essa pergunta tinha água no bico. Está bem, eu vou lá. Trago num instante. – concordou sorrindo, se levantando e se dirigindo até à cozinha.
            - Leva o tempo que quiseres. Não tenho pressa. – disse piscando-lhe o olho e fazendo sinais para Magui.

Margarida’s pov:

Agarrei na bandeja com os copos e comecei a servir o pessoal, mas ao passar ao pé de Liam tropecei e acabei entornando alguns destes no chão.
            - Margarida? Estás bem? – perguntou Liam se levantando e me ajudando a levantar.
            - Sim, está tudo bem, não te preocupes. Fogo que desastrada. – disse olhando para a sujeira que tinha acabado de fazer.
            - Eu ajudo-te a limpar isso. Onde tens a…
            - Está na cozinha.
            - Ok… eu vou lá buscar. – respondeu estranhando a minha reacção e se dirigindo para a cozinha.
            - Muito bem, meu amor. Mas para a próxima deixa ele acabar de falar, assim ainda desconfiava. Tens de aprender a representar comigo… tenho a escola toda. – disse Harry ao meu ouvido tentando gozar e se gabando.
            - Ai é assim? Já que tens a escola toda… sabes quem vai limpar isto agora? – perguntei-lhe e ele abanou a cabeça negativamente. – Tu bébé. Ah pois. E quero isso bem limpinho. Rápido! – respondi-lhe dando-lhe um pano que estava em cima da mesa, fazendo os outros rir-se e Harry ficar sem saber que fazer com o pano na mão.
            - Estás a brincar, certo? – perguntou-me sorrindo e eu abanei a cabeça em sinal de negação. – Magui, meu amor, vais fazer isso ao teu namoradinho lindo? – perguntou-me.
            - Harry, rápido. O chão não se limpa sozinho. – respondi-lhe.
            - Parece que vai fazer mesmo. Anda lá Harry. Isso não custa nada. – disse-lhe Louis gozando.
            - Cala-te cenouras. Parece que queres vir para aqui dar uma mãozinha. – respondeu-lhe Harry.
            - Claro que dou. Olha para mim. Até dou duas. – disse Louis e começou a bater palmas, nós só nos rimos. Pergunto-me: Como será que estavam as coisas na cozinha?

Liam’s pov:

Entrei na cozinha e ao mesmo tempo que entrei Cláudia ia a sair, esbarramos e esta com a pancada deitou uma bebida que trazia na mão em cima da minha t-shirt.
            - Desculpa Liam. Eu não te vi entrar. Eu ajudo-te a limpar isso. – disse Cláudia toda atrapalhada buscando algo.
            - Não tem mal. – disse-lhe, mas ela nem me ouvia.
            - Sou mesmo desastrada. Fogo não acerto uma. Corre-me tudo mal. Até uma simples bebida não consigo carregar em condições. Que parva. – dizia tentando me limpar, eu apenas a agarrei na mão fazendo-a parar.
            - Hey, hey… Cláudia. Então? Não és parva nenhuma. São coisas que acontecem não precisas ficar assim. Não tem mal nenhum. – disse-lhe carinhosamente.
            - Mas agora ficaste todo sujo por minha culpa… - disse se soltando e voltando a limpar.
            - Cláudia pára. Deixa isso assim. Tu não tens culpa nenhuma. Não podias adivinhar.
            - Mas… podia ter saído mais devagar. – respondeu-me e eu só sorri com a atrapalhação dela. – Que foi? Porque te estás a rir? Estás a gozar de mim agora é? Goza a vontade. – disse-me e voltou-se cruzando os braços.
            - Anda aqui. Olha para mim. – disse a puxando pelo braço e a voltando. – Não precisas ficar assim por causa disto, não tem mal nenhum. É só uma nódoa na t-shirt, isto com um bom sabão sai. Agora diz-me porque estás assim? – perguntei-lhe a olhando nos olhos.
            - Eu estou normal, não tenho nada. – respondeu-me desviando o olhar.
            - Tens. Eu conheço-te muito bem. É por minha causa? – perguntei-lhe a olhando nos olhos.
            - Hum… não. Achas? – respondeu-me.
            - Acho. Diz. É ou não? – perguntei-lhe novamente e ela voltou o rosto para o outro lado.
            - Não. Já disse que não.
            - Cláudia! – disse a agarrando no rosto com as minhas mãos e voltando-a para mim. Ficamos um pouco nos olhando até que ela falou.
            - Talvez… - disse-me tristemente e ficamos um pouco em silêncio, até que esta o interrompeu. - … tenho saudades tuas, Liam. Nesse momento, apenas a abracei fortemente contra mim. Aquele abraço fazia-me tanta falta já a tanto tempo.


            - Tu sabes que te adoro, Cláudia. Sabes que tenho muitas saudades de ti e de estar contigo. E que faço de tudo para ficarmos juntos. Então, porque não me perdoas? – perguntei-lhe quando nos soltamos.
            - Liam, eu já te perdoei há tanto tempo. Eu gosto muito de ti e o que eu mais quero é ficar contigo.
            - Então, se estou perdoado, será que… podemos voltar a estar juntos? Ainda queres? – perguntei-lhe carinhosamente acariciando a face desta.
            - Claro que quero. Eu amo-te muito mesmo, meu príncipe. – disse fazendo-me sorrir, eu agarrei-a delicadamente e selei os nossos lábios com um beijo intenso, mas gostoso. Tantas saudades que eu já tinha daqueles beijos e daqueles lábios.
            - Também te amo muito, minha princesa linda. – disse quando nos soltamos, pondo um sorriso nos lábios de Cláudia.
            - Anda. Eu ainda tenho uma t-shirt tua que te esqueceste lá em casa quando foste lá, já tem tempo. – disse me puxando pela mão.
            - Guardaste-a?
            - Claro, dormia agarrada a ela todas as noites.
            - Awn a minha princesa fofa. – disse voltando a selar os nossos lábios, enquanto saíamos para ir até ao apartamento de Cláudia.

Margarida’s pov:

            - Hey, mas o que é isso? – perguntei sorrindo ao ver Cláudia sair com Liam.
            - Fizemos as pazes. – disseram os dois em uníssono sorrindo apaixonadamente um para o outro.
            - Já não era sem tempo. – disse Harry acabando de limpar o chão.
            - O que é que se passou aí? – perguntou Cláudia.
            - Não foi nada. Tropecei e deitei os copos ao chão, mas já está limpo. – respondi-lhe.
            - Pois, graças a mim. – resmungou Harry.
            - Magui, puseste o coitado do Harry a limpar? – perguntou Cláudia.
            - Não fez mais do que a sua obrigação. – disse e nós rimos.
            - Estão a ver o quanto ela gosta de mim? Agora imaginem se não gostasse. – resmungou Harry.
            - És muito resmungão, mas sabes que te adoro. Anda cá. – disse o puxando para mim e o abraçando. – Vá já chega. Já é muita melação. – concluí brincando.
            - Magui, que má. – disse Sandra.
            - Nem mereço um beijinho? – perguntou-lhe Harry.
            - Hum… deixa cá ver. Sim, por acaso mereces, porque te portaste bem. – respondeu-lhe e Harry deu-lhe um beijo apaixonado.


            - Amo-te, minha parva.
            - Também te amo, meu tontinho. – respondi-lhe sorrindo.
            - Bom, nós já voltamos. – disse Cláudia.
            - Para onde vão? – perguntou Tânia curiosa.
            - Vamos ao apartamento. – respondeu Liam.
            - Vocês vejam que vão fazer para lá. Não quero coisas na minha cama. Bem. – resmunguei.
            - Magui, nós só vamos buscar uma coisa. – disse Cláudia.
            - Podem é encontrar outra para lá… - disse Sandra com um sorriso maroto.
            - Meninas. Parem. Nós já voltamos. – disse Cláudia pegando no braço de Liam já um pouco envergonhada e saindo.
            - PODEM DEMORAR O TEMPO QUE QUISEREM. EU COMPREENDO! AS SAUDADES SÃO MUITAS. – gritou Marlene da porta.
            - MARLENE, EU SEI ONDE TU VIVES. POSSO-ME VINGAR. – gritou-lhe Cláudia.
            - OLHA-ME EU AQUI COM MEDO. ANDA. – respondeu-lhe Marlene.
            - Queres mesmo que vá?
            - Quero. Mas só mais logo. Não deixes o pobre do Liam à espera. – disse-lhe Marlene fechando a porta. – AH E SÓ MAIS UMA COISA. USEM PRESERVATIVO. – concluiu abrindo a porta novamente e rindo, fazendo Cláudia lhe atirar com uma pedra que por sorte não lhe acertou, pois esta fechou a porta a tempo.
            - Estão a ver como ela é má? – perguntou Marlene fazendo-nos rir.

Zayn’s pov:

Fui até casa de Perrie para ver se a encontrava. O pai desta estranhou a minha visita, pois já fazia algum tempo que eu não aparecia na casa dele. Este me disse que Perrie não estava, que já tinha saído havia tanto tempo e estava um pouco preocupado, pois esta não havia dito nada. Nem tinha aparecido em casa para almoçar como de costume. Estranhei e fui procura-la em sítios que pensei que esta pudesse estar, mas nada. De tanto percorrer, cansei-me e entrei num bar com o objectivo de tomar algo e descansar. Estava sentado de costas para a televisão, nem estava fazendo caso a esta, quando oiço:

“Dois corpos foram encontrados esta tarde, já sem vida, no fundo de um penhasco. Pensasse que devem ter caído, enquanto faziam alguma caminhada. Estes corpos pertencem a dois jovens, um rapaz e uma rapariga. Estes apresentavam-se completamente feridos e com danos gravíssimos na cabeça. Nenhum dos dois sobreviveu à queda. Pensasse que pudessem ser namorados, pois estes foram encontrados de mãos dadas. Talvez um acto de suicídio de que nunca chegaremos a saber o porquê…”

- Mas aquela é… não. Não pode ser. – disse olhando espantado para a televisão sem querer acreditar.
- Está se sentindo bem? Está me ouvindo? Hey – perguntou-me o empregado de balcão.
- An? – perguntei, pois não tinha ouvido nada do que ele tinha dito.
- Perguntei se estava tudo bem. – nem lhe respondi.
- Tome. Fique com o troco. – deixei o dinheiro na mesa e saí correndo dali. Dirigi-me até o local onde os corpos destes se encontravam para confirmar. Quando cheguei, o local estava cercado de polícias, apenas perguntei pelos corpos e estes logo me disseram em que hospital estavam.

Liam’s pov:

Fomos até ao apartamento de Cláudia para que esta me desse a t-shirt, confesso que já tinha saudades de entrar ali. Tudo continuava na mesma, tal como o quarto dela. Tinha saudades de tudo. Até do cheiro da casa dela. Estava tão feliz por tudo estar bem novamente que era impossível parar de sorrir.
            - Toma. – disse Cláudia tirando a t-shirt de dentro do seu armário. – Guardei-a sempre comigo. – continuou sorrindo. Eu apenas agarrei na t-shirt e agradeci-lhe com um sorriso. Tirei a t-shirt que tinha, pois estava toda suja e notei Cláudia corar, desviando o olhar de seguida e sorri. Ela sempre fazia isso. – Porque estás a rir? – perguntou-me.
            - Sou apenas uma pessoa feliz. – disse piscando-lhe o olho e reparei que esta ainda corou mais. – Sabes, já tinha muitas saudades de estar neste quarto, de entrar nesta casa, de estar bem contigo. – disse sentando-me ao lado dela na cama, depois de ter vestido a t-shirt.
            - Também eu, Liam. Não de entrar nesta casa e estar neste quarto… bom tu percebeste o que eu quis dizer. – disse Cláudia atrapalhada fazendo-me rir.
            - Eu percebi Cláudia. – disse agarrando-lhe na mão e fazendo carícias nesta. Ficamos um pouco em silêncio. Nem um dos dois disse uma palavra. Um silêncio intrigante tomou conta do ambiente. Devagarinho aproximei-me dela, até ficar face a face. Puxei-a para mais perto de mim e comecei a brincar com o seu rosto. – Então? É agora que nos beijamos? – perguntei-lhe sorrindo e tocando nos seus lábios de leve com os meus dedos. Nem esperei que esta dissesse uma palavra e levantei-me, deixando-a sem perceber. Esta levantou-se também e foi até à janela. Depois de hesitar por alguns segundos, abracei-a por trás e mordi a sua orelha de leve. Segurei-a bem forte para que esta não se pudesse virar e conduzi-a até à parede, levantando os seus braços com os meus. Sempre sem dizer uma palavra. Depois de a encarar por mais alguns segundos, beijei-a. – Tinha tantas saudades tuas. – disse-lhe.


            - E tu nem imaginas as saudades que eu tinha tuas. – respondeu-me Cláudia.
            - Bom, agora… temos que recuperar o tempo perdido, não achas? – perguntei-lhe maliciosamente e mordendo o lábio. Esta apenas balançou a cabeça afirmativamente e beijou-me os lábios intensamente. Conduzi-a até à cama e deitei-a ficando eu por cima dela. Após nos beijarmos por um pedaço, a temperatura começou a aquecer entre nós. – Cláudia… eu quero que saibas que eu não vou fazer nada que tu não queiras. Se ainda não estás preparada eu compreendo. É mesmo isto que queres? – perguntei-lhe acariciando a sua cabeça com a minha mão. Esta só me puxou para bem junto dela e continuou me beijando.
            - Só não me magoes muito. – disse-me.
            - Nunca iria fazer nada para te magoar, mas sabes que vai magoar um pouquinho. Apenas relaxa que tudo correrá bem. Se te magoar bates-me ok? – disse-lhe e esta balançou a cabeça afirmativamente. – Não tenhas pena de mim. Se te magoar eu paro logo. – conclui. Livramo-nos das roupas a pouco e pouco e coloquei-me sobre ela. Tentei por tudo que não a magoasse, mas esta ainda fugia um pouco na cama… esta estava com um pouco de medo. Fugiu até não poder mais e bater com a cabeça na parte de cima da cama. – Relaxa Cláudia. – disse-lhe puxando-a para mim. 


Depois de um tempo ela acalmou e já estava melhor. Um dia ainda nos iríamos rir daquilo, mas não naquele momento.

Tânia’s pov:

Estava a estranhar a demora de Zayn. Ele já deveria ter dito alguma coisa. Será que lhe tinha acontecido alguma coisa? Nesse momento alguém entrou disparado pela porta. Era Zayn e vinha ofegante.
            - Vocês nem imaginam o que aconteceu? – disse rapidamente deixando-nos assustados e nós começamos a bombardeá-lo com perguntas.
            - Que foi? – perguntou-lhe Sandra.
            - Não nos assustes, conta de uma vez. – disse Margarida.
            - Estás bem? Foi alguma coisa contigo? – perguntei-lhe preocupada.
            - Conta lá Zayn. – disse-lhe Marlene.
            - Calma malta. Deixem-no falar. – interferiu Harry.
            - Eu vim agora do hospital e… o Pedro e a Perrie morreram. – disse Zayn sem hesitar.
            - O quê!? – dissemos todos em uníssono, não querendo acreditar.
            - Mentira. Como? – perguntou-lhe Magui espantada.
            - Pelo que percebi caíram os dois do cimo de um penhasco e a queda foi tão alta que não conseguiram resistir. – respondeu-lhe Zayn.
            - Mas os dois? No mesmo dia? – perguntou-lhe Sandra.
            - Ao que parece deveriam estar juntos nesse momento. Ninguém sabe ao certo o que aconteceu, só eles é que sabem. Pelos vistos nunca iremos saber como foi que isso aconteceu. – respondeu-lhe Zayn.
            - E agora? Nem acredito nisto. – disse Jéssica e nós ficamos em silêncio a digerir a notícia. Como é que aquilo tinha acontecido? Era tão estranho. Nem parecia verdade.
            - O que é que se passa? Estão com umas caras. – perguntou Cláudia chegando com Liam.
            - Cláudia… O Pedro e a Perrie morreram. – disse-lhe de uma vez deixando-a boquiaberta.
            - O quê!? – disseram Liam e Cláudia espantados.

2 dias depois

Zayn’s pov:

Tinham-se passado dois dias, após a morte de Perrie e Pedro. Depois de fazerem a autópsia aos corpos e tudo o que era necessário, hoje seria o funeral destes. Nem conseguia explicar o que sentia. Nada daquilo parecia real. Era como se fosse um sonho ou um pesadelo nem sei. Vesti o meu fato preto e coloquei os meus óculos escuros. Quando cheguei à sala, os rapazes já estavam todos à minha espera, prontos para ir buscar as meninas. Por mais mal que Perrie nos possa ter feito, nós iríamos todos ao funeral, nem que fosse para apoiar o pai desta que não tinha culpa de nada do que ela tinha feito.
            - Estás bem, mano? – perguntou-me Liam mal cheguei à sala, pondo-me a mão no ombro.
            - … sim, eu estou bem. Vamos? – perguntei-lhes.
Dirigimo-nos para casa das meninas, quando chegamos estas já estavam prontas. Nenhuma delas se recusou a ir ao funeral, mesmo não gostando de Perrie. Elas não eram obrigadas a ir, afinal nem Perrie nem Pedro lhes era nada, mas mesmo assim foram. A missa do funeral correu normalmente, as duas famílias estavam tristes com a perda, notava-se pela sua expressão. Da família de Pedro estava tanta gente, já da de Perrie apenas apareceu o pai, porque a família não se dava muito bem por sentirem inveja de tudo o que Perrie e o pai tinham conseguido conquistar com o seu esforço. Este estava tão triste e fazia um esforço enorme para não se ir abaixo de vez. Ao observar isto e vendo a tristeza do homem, uma lágrima rolou pela minha face. Tânia que estava sentada ao meu lado apercebeu-se disso e acariciou-me a mão de leve como se estivesse a tentar me consolar. Eu apenas sorri para ela como forma de agradecer ela estar me apoiando naquele momento. Eu amava tanto aquela rapariga, nem conseguiria imaginar se no lugar de Perrie estivesse Tânia. Acho que não sobreviveria se a perdesse. Ela era tudo para mim e ela sabia disso. Terminada a missa, dirigimo-nos todos até ao cemitério. Era o último adeus. Abriram os caixões para que os pudéssemos ver uma última vez. Estes estavam com arranhões pela cara, mas tirando isso era como se estivessem dormindo um sono profundo do qual não chegariam a acordar nunca mais. Tudo se tinha acabado. As bruxarias; as perseguições de Perrie; as ameaças… finalmente tudo poderia voltar a ser como era ou como deveria ser. Um tempo depois estes já haviam sido colocados no local, um ao lado do outro. Talvez se pudessem encontrar noutra vida. 



Após todos terem abandonado o cemitério, eu permaneci lá.
            - Zayn! Não vens? – perguntou-me Tânia.
            - Vão andando. Eu já vou ter com vocês. – respondi-lhe.
            - Ficas bem? – perguntou-me Tânia.
            - Sim, não te preocupes. – respondi-lhe e dei-lhe um beijo na testa.
Coloquei-me de pé junto da campa destes, permanecendo por algum tempo em silêncio apenas observando. Ainda não conseguia acreditar que aquilo era mesmo verdade. Depois ajoelhei-me e deixei uma flor na campa de Perrie. Mesmo depois do que ela tinha feito não conseguia deixar de me sentir triste por ela ter partido.
            - Nem acredito nisto. – disse de cabeça baixa enquanto olhava a campa. – Sabes, não precisavas ter feito tudo o que fizeste… só me prejudicaste com isso. Se gostavas de mim não era assim que me ias deixar feliz e fazer com que eu gostasse de ti. Mas, mesmo assim, só estou triste por uma coisa… por não me ter conseguido despedir de ti. Gostava de puder falar contigo uma última vez para ouvir o que me ias dizer. Achas certo o que me fizeste? – continuei como se ela me estivesse ouvindo. - Sabes, hoje eu ia a tua procura para ouvir o que me ias dizer e ia acabar tudo contigo, porque o que me fizeste não se faz a ninguém. Espero que tenhas noção disso. Fiquei muito triste e desiludido contigo ao descobrir que tudo o que me aconteceu de mal estes dias foi culpa tua. Eu não esperava isso de ti. Sempre pensei que fosses boa pessoa. Onde está aquela rapariga simpática, que gostava de ajudar os outros, que não gostava de ver ninguém sofrer que eu conheci? Aquela pela qual me apaixonei? Tornaste-te numa pessoa má, sem escrúpulos. E para quê? Que ganhaste com isso? Apenas conseguiste inimigos. Fizeste com que as pessoas que gostavam de ti e confiavam em ti não te pudessem ver e te odiassem. Mas, sabes… eu não te odeio. Apenas estou bastante desiludido contigo, Perrie. – disse me levantando e ficando um pouco em silêncio. – Adeus. – disse me voltando.
            - Zayn… - ouvi alguém chamar e parei sem me voltar. - … desculpa-me por tudo. – concluiu, quando me voltei não vi ninguém, apenas ouviu-se um ruído vindo da campa de Perrie.


            - Já te desculpei. Espero que olhes por mim seja lá onde estiveres. Adeus, Perrie. – respondi e fui ter com os outros.

Um mês depois:



Margarida’s pov:

Um mês se tinha passado, após a morte de Perrie e de Pedro. A partir daí nunca mais se tinha passado nada de esquisito. Parece que tudo estava como deveria ser. Mesmo após um mês parecia mentira que isso tinha acontecido. Mas era verdade. Estava em casa, tinha acabado de acordar e dirigi-me até à cozinha. Quando cheguei as meninas estavam todas lá, menos Cláudia.
            - Bom dia, dorminhoca. – disse-me Tânia.
            - Bom dia. – respondi. – A Cláudia? – perguntei.
            - Está na casa de banho. Acordou mal disposta. – respondeu-me Sandra.
            - Ish, coitadinha. – disse-lhe agarrando em algo para comer.
Pouco tempo depois esta chegou à cozinha e não estava com uma cara muito alegre.
            - Estás melhor? – perguntei-lhe.
            - Nem por isso. Devo ter comido algo que não me caiu bem. – respondeu-me Cláudia com a mão na barriga.
            - Não te preocupes que nós cuidamos de ti, não é meninas? – disse-lhes.
            - Claro que sim. Queres que te faça um chá? – perguntou-lhe Tânia vindo na sua direcção com uma sandes de omeleta na mão. Ao chegar perto de Cláudia não demorou muito até que esta se levantasse e corresse para a casa de banho, outra vez.
            - Que é que eu fiz? – perguntou Tânia sem perceber.
            - Ela está mal disposta, provavelmente enjoo com o cheiro da tua sandes. – respondeu-lhe Sandra.
            - Mas a sandes está boa, tem um cheiro delicioso e o sabor... hum nem vos conto. – disse Tânia dando uma trinca na sandes e nos fazendo rir.
            - Agora fizeste me lembrar o Niall. – disse Sandra.
            - Estranho era se não te lembrasses dele. – disse Marlene e Sandra apenas sorriu.
Estava com pena de Cláudia, se continuasse assim teríamos de levá-la ao médico e eu sabia que ela detestava ir ao médico.


Olá minhas leitoras lindas!
Pensavam que me tinha esquecido de vocês?
Parece que ainda não é desta que se livram de mim.
Sei que demorou um pouco, aliás muito tempo para publicar o capítulo, mas aqui está ele. Espero que se divirtam a lê-lo.
A história está quase no final.
Irei tentar escrever até ao fim para que vocês saibam como termina. Já que comecei agora vou terminá-la.
Espero que leiam, comentem e que nunca se esqueçam de mim.
Beijinhos.
Até breve!