Capítulo LXXI: Se o
meu desejo se pudesse tornar real, tu estarias aqui comigo agora!
Perrie’s pov:
-
PEDRO!!!!!!! NNNNNNNNNNÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOO. – gritei desatando a chorar
desesperadamente. Aquilo não poderia
estar a acontecer. :’( A culpa era toda minha e do meu orgulho. Ele mostrou que
gostava mesmo de mim e eu não queria saber. Nunca olhei para ele de outra
forma. Para mim ele não passava de um objecto que eu usava para conseguir o meu
objectivo e naquele momento arrependia-me mesmo disso. Ele tinha caído para me
salvar. Não conseguia parar de chorar e gritava o nome dele. Estava sentada no
chão com os braços cheios de feridas. Queria olhar para ver se o via, mas a
coragem faltava-me. Com dificuldade, levantei-me e a pouco e pouco tentei olhar
para baixo. Aquilo era mesmo alto.
- PEDROOOOO!!! POR FAVOR, RESPONDE - ME. DIZ-ME QUE ESTÁS BEM. – gritei
chorando. Mas nada. Não havia sinais
dele. Fiquei descontrolada e desorientada. Não sabia que fazer. Era impossível
ele ter sobrevivido a uma queda daquela altura. Sem saber mais o que fazer fui
para bem junto da beirinha do penhasco. – Desculpa-me por tudo. Fui tão
estúpida. Mas eu não vou deixar isto assim. Isto só aconteceu por minha causa e
eu nunca me vou perdoar por isso. Se não podemos ficar juntos nesta vida,
então… que pelo menos nos encontremos na outra. – disse chorando e determinada.
Posto isto, uma brisa muito fresca
envolveu o meu corpo. Era como se fosse a primeira e última vez que me tinha
sentido assim… tão leve. Já não poderia voltar atrás. Estava caindo pelo
penhasco, joguei-me. Nunca iria conseguir viver com aquele peso na consciência.
À medida que caía, várias imagens me passavam pela cabeça, momentos felizes e
outros não tanto. Mas todos eles sem me aperceber, tinha uma pessoa que nunca
me abandonou e que sempre esteve ao meu lado. Essa pessoa era o Pedro e não
tardava muito para eu ir para junto dele. De repente, tudo escureceu e o meu
corpo cedeu, tinha batido no fundo. Era o meu fim, disso tinha certeza absoluta.
Tânia’s pov:
-
Ainda nem acredito nisto. – disse para Zayn que estava sentado ao meu lado.
-
Nem eu. Nunca pensei que elas fossem capazes de uma coisa destas. E a Perrie.
Eu tenho de falar com ela. Agora mais do que nunca tenho de lhe dizer tudo. Que
já não sinto nada por ela, que não quero estar com ela. Que o que eu mais quero
é estar contigo. Eu não a amo. Só estou com ela, porque me pediste. – dizia-me
olhando nos olhos e me segurando na mão. - Mas eu não tenho mais medo de nada e
não quero que tu tenhas. As ameaças que recebeste, só podem ter vindo dela. Ela
é capaz de tudo. Eu vou acabar com isto de uma vez por todas. Estou farto de
viver numa mentira e de querer estar contigo e não poder. – concluiu se
levantando e me dando um beijo na testa.
-
Zayn, para onde vais? – perguntei-lhe.
-
Vou resolver isto. Já esperei tempo a mais. Vou à procura dela. – respondeu-me.
-
Tem cuidado! – disse-lhe e este veio até perto de mim e deu-me um beijo na
testa.
-
Não te preocupes. Logo, logo tudo estará resolvido e nós poderemos ser felizes
de uma vez por todas, prometo. – disse dando aquele sorrisinho que me faz
derreter toda e indo embora. Tudo o que
eu mais queria era que aquilo se resolvesse e que tudo acabasse bem.
Margarida’s pov:
Estava sentada com Cláudia de um lado e Harry do outro. Liam e Cláudia
estavam sempre se olhando. Fogo, porque raio estes não resolviam tudo? Estavam
com medo de quê? Parecia que estavam à espera que fosse eu a dar uma mãozinha.
De tanto assistir àquela troca de olhares que resolvi agir.
-
Harry, já viste? – sussurrei-lhe ao ouvido.
-
O quê? – perguntou-me confuso.
-
O Liam e a Cláudia.
-
O que é que tem?
-
Estão ali e não resolvem as coisas logo. Não sei porquê. Mas já me tá dando os
nervos de vê-los assim. Tenho de fazer alguma coisa. Quer dizer… - disse
olhando para Harry que me escutava atento. - …temos.
-
Temos? Mas o quê?
-
Fazemos assim… - sorri e comecei a sussurrar-lhe no ouvido.
-
Ui, tanta melação. Que é isso meninos? Agora não há maneira de se largarem por
um pedaço. – disse Marlene para mim e para Harry tentando pegar connosco, mas
principalmente comigo.
-
Sabes como é, há que aproveitar. – respondi-lhe sorrindo.
-
Magui? Foste tu que disseste isso? Estás te sentindo bem? – perguntou-me
Marlene boquiaberta com a minha resposta e eu apenas me ri. – Muito bem. Estou
a gostar. Divirtam-se então. Não atrapalho mais. Vou para ali com o meu
bombomzinho. – concluiu afastando-se de nós e caminhando na direcção de Louis. Bombomzinho ahahahaha. Acho que é mais
bumbumzinho isso sim. Aquela bunda. Mas o que é que eu estou para aqui a dizer? Ai Margarida! Mudando de assunto. Posto isto, eu e Harry começamos a
tentar resolver as coisas. A fada madrinha e o… como se diz isso de um rapaz? A
fada padrinho? Ui isto soa tão mal… não interessa. O que importava era que o
Liam e a Cláudia resolvessem tudo.
Harry’s pov:
-
Então Cláudia, tudo bem? – perguntei sentando-me ao pé desta.
-
Sim, acho eu, mas que pergunta é essa agora? – perguntou-me Cláudia estranhando
a pergunta.
-
Por nada. Já não posso saber se a minha amiga Cláudia está bem? – respondi-lhe.
-
Sim, podes. Só achei estranho, porque já estás aqui há tanto tempo e só agora é
que me vens perguntar isso. Queres alguma coisa, não é?
-
Não. Eu não quero nada. Mas que pergunta é essa agora? Só te perguntei para
saber se estavas bem. – disse-lhe.
-
Hum… - respondeu-me voltando a olhar para Liam.
-
Na verdade… - disse.
-
Sim. – disse me encarando.
-
Na verdade queria e quero uma coisa. – disse-lhe.
-
Entao, diz-me o que é. Se eu puder fazer eu faço.
-
Não é nada de mais. Será que podias ir até à cozinha e me fazer uma daquelas
bebidas que só tu sabes fazer?
-
Hum… bem me parecia que essa pergunta tinha água no bico. Está bem, eu vou lá.
Trago num instante. – concordou sorrindo, se levantando e se dirigindo até à
cozinha.
-
Leva o tempo que quiseres. Não tenho pressa. – disse piscando-lhe o olho e
fazendo sinais para Magui.
Margarida’s
pov:
Agarrei na
bandeja com os copos e comecei a servir o pessoal, mas ao passar ao pé de Liam
tropecei e acabei entornando alguns destes no chão.
-
Margarida? Estás bem? – perguntou Liam se levantando e me ajudando a levantar.
-
Sim, está tudo bem, não te preocupes. Fogo que desastrada. – disse olhando para
a sujeira que tinha acabado de fazer.
- Eu
ajudo-te a limpar isso. Onde tens a…
-
Está na cozinha.
- Ok… eu vou lá buscar. – respondeu estranhando a minha reacção e se dirigindo para a
cozinha.
-
Muito bem, meu amor. Mas para a próxima deixa ele acabar de falar, assim ainda
desconfiava. Tens de aprender a representar comigo… tenho a escola toda. –
disse Harry ao meu ouvido tentando gozar e se gabando.
- Ai
é assim? Já que tens a escola toda… sabes quem vai limpar isto agora? –
perguntei-lhe e ele abanou a cabeça negativamente. – Tu bébé. Ah pois. E quero
isso bem limpinho. Rápido! – respondi-lhe dando-lhe um pano que estava em cima
da mesa, fazendo os outros rir-se e Harry ficar sem saber que fazer com o pano
na mão.
-
Estás a brincar, certo? – perguntou-me sorrindo e eu abanei a cabeça em sinal
de negação. – Magui, meu amor, vais fazer isso ao teu namoradinho lindo? –
perguntou-me.
-
Harry, rápido. O chão não se limpa sozinho. – respondi-lhe.
-
Parece que vai fazer mesmo. Anda lá Harry. Isso não custa nada. – disse-lhe
Louis gozando.
-
Cala-te cenouras. Parece que queres vir para aqui dar uma mãozinha. –
respondeu-lhe Harry.
-
Claro que dou. Olha para mim. Até dou duas. – disse Louis e começou a bater
palmas, nós só nos rimos. Pergunto-me:
Como será que estavam as coisas na cozinha?
Liam’s pov:
Entrei na
cozinha e ao mesmo tempo que entrei Cláudia ia a sair, esbarramos e esta com a
pancada deitou uma bebida que trazia na mão em cima da minha t-shirt.
-
Desculpa Liam. Eu não te vi entrar. Eu ajudo-te a limpar isso. – disse Cláudia
toda atrapalhada buscando algo.
- Não
tem mal. – disse-lhe, mas ela nem me ouvia.
- Sou
mesmo desastrada. Fogo não acerto uma. Corre-me tudo mal. Até uma simples
bebida não consigo carregar em condições. Que parva. – dizia tentando me
limpar, eu apenas a agarrei na mão fazendo-a parar.
-
Hey, hey… Cláudia. Então? Não és parva nenhuma. São coisas que acontecem não
precisas ficar assim. Não tem mal nenhum. – disse-lhe carinhosamente.
- Mas
agora ficaste todo sujo por minha culpa… - disse se soltando e voltando a
limpar.
-
Cláudia pára. Deixa isso assim. Tu não tens culpa nenhuma. Não podias
adivinhar.
-
Mas… podia ter saído mais devagar. – respondeu-me e eu só sorri com a
atrapalhação dela. – Que foi? Porque te estás a rir? Estás a gozar de mim agora
é? Goza a vontade. – disse-me e voltou-se cruzando os braços.
-
Anda aqui. Olha para mim. – disse a puxando pelo braço e a voltando. – Não
precisas ficar assim por causa disto, não tem mal nenhum. É só uma nódoa na t-shirt,
isto com um bom sabão sai. Agora diz-me porque estás assim? – perguntei-lhe a
olhando nos olhos.
- Eu
estou normal, não tenho nada. – respondeu-me desviando o olhar.
-
Tens. Eu conheço-te muito bem. É por minha causa? – perguntei-lhe a olhando nos
olhos.
-
Hum… não. Achas? – respondeu-me.
-
Acho. Diz. É ou não? – perguntei-lhe novamente e ela voltou o rosto para o
outro lado.
-
Não. Já disse que não.
-
Cláudia! – disse a agarrando no rosto com as minhas mãos e voltando-a para mim. Ficamos um pouco nos olhando até que ela
falou.
-
Talvez… - disse-me tristemente e ficamos um pouco em silêncio, até que esta o
interrompeu. - … tenho saudades tuas, Liam. Nesse
momento, apenas a abracei fortemente contra mim. Aquele abraço fazia-me tanta
falta já a tanto tempo.
- Tu
sabes que te adoro, Cláudia. Sabes que tenho muitas saudades de ti e de estar
contigo. E que faço de tudo para ficarmos juntos. Então, porque não me perdoas?
– perguntei-lhe quando nos soltamos.
-
Liam, eu já te perdoei há tanto tempo. Eu gosto muito de ti e o que eu mais
quero é ficar contigo.
-
Então, se estou perdoado, será que… podemos voltar a estar juntos? Ainda
queres? – perguntei-lhe carinhosamente acariciando a face desta.
-
Claro que quero. Eu amo-te muito mesmo, meu príncipe. – disse fazendo-me sorrir,
eu agarrei-a delicadamente e selei os nossos lábios com um beijo intenso, mas
gostoso. Tantas saudades que eu já tinha
daqueles beijos e daqueles lábios.
-
Também te amo muito, minha princesa linda. – disse quando nos soltamos, pondo
um sorriso nos lábios de Cláudia.
- Anda.
Eu ainda tenho uma t-shirt tua que te esqueceste lá em casa quando foste lá, já
tem tempo. – disse me puxando pela mão.
-
Guardaste-a?
-
Claro, dormia agarrada a ela todas as noites.
- Awn
a minha princesa fofa. – disse voltando a selar os nossos lábios, enquanto saíamos
para ir até ao apartamento de Cláudia.
Margarida’s
pov:
-
Hey, mas o que é isso? – perguntei sorrindo ao ver Cláudia sair com Liam.
-
Fizemos as pazes. – disseram os dois em uníssono sorrindo apaixonadamente um
para o outro.
- Já
não era sem tempo. – disse Harry acabando de limpar o chão.
- O
que é que se passou aí? – perguntou Cláudia.
- Não
foi nada. Tropecei e deitei os copos ao chão, mas já está limpo. –
respondi-lhe.
-
Pois, graças a mim. – resmungou Harry.
-
Magui, puseste o coitado do Harry a limpar? – perguntou Cláudia.
- Não
fez mais do que a sua obrigação. – disse e nós rimos.
-
Estão a ver o quanto ela gosta de mim? Agora imaginem se não gostasse. –
resmungou Harry.
- És
muito resmungão, mas sabes que te adoro. Anda cá. – disse o puxando para mim e
o abraçando. – Vá já chega. Já é muita melação. – concluí brincando.
-
Magui, que má. – disse Sandra.
- Nem
mereço um beijinho? – perguntou-lhe Harry.
-
Hum… deixa cá ver. Sim, por acaso mereces, porque te portaste bem. –
respondeu-lhe e Harry deu-lhe um beijo apaixonado.
-
Amo-te, minha parva.
-
Também te amo, meu tontinho. – respondi-lhe sorrindo.
-
Bom, nós já voltamos. – disse Cláudia.
-
Para onde vão? – perguntou Tânia curiosa.
-
Vamos ao apartamento. – respondeu Liam.
-
Vocês vejam que vão fazer para lá. Não quero coisas na minha cama. Bem. –
resmunguei.
-
Magui, nós só vamos buscar uma coisa. – disse Cláudia.
-
Podem é encontrar outra para lá… - disse Sandra com um sorriso maroto.
-
Meninas. Parem. Nós já voltamos. – disse Cláudia pegando no braço de Liam já um
pouco envergonhada e saindo.
- PODEM
DEMORAR O TEMPO QUE QUISEREM. EU COMPREENDO! AS SAUDADES SÃO MUITAS. – gritou
Marlene da porta.
-
MARLENE, EU SEI ONDE TU VIVES. POSSO-ME VINGAR. – gritou-lhe Cláudia.
-
OLHA-ME EU AQUI COM MEDO. ANDA. – respondeu-lhe Marlene.
-
Queres mesmo que vá?
-
Quero. Mas só mais logo. Não deixes o pobre do Liam à espera. – disse-lhe
Marlene fechando a porta. – AH E SÓ MAIS UMA COISA. USEM PRESERVATIVO. –
concluiu abrindo a porta novamente e rindo, fazendo Cláudia lhe atirar com uma
pedra que por sorte não lhe acertou, pois esta fechou a porta a tempo.
-
Estão a ver como ela é má? – perguntou Marlene fazendo-nos rir.
Zayn’s pov:
Fui até casa
de Perrie para ver se a encontrava. O pai desta estranhou a minha visita, pois
já fazia algum tempo que eu não aparecia na casa dele. Este me disse que Perrie
não estava, que já tinha saído havia tanto tempo e estava um pouco preocupado,
pois esta não havia dito nada. Nem tinha aparecido em casa para almoçar como de
costume. Estranhei e fui procura-la em sítios que pensei que esta pudesse
estar, mas nada. De tanto percorrer, cansei-me e entrei num bar com o objectivo
de tomar algo e descansar. Estava sentado de costas para a televisão, nem
estava fazendo caso a esta, quando oiço:
“Dois corpos foram encontrados esta
tarde, já sem vida, no fundo de um penhasco. Pensasse que devem ter caído,
enquanto faziam alguma caminhada. Estes corpos pertencem a dois jovens, um
rapaz e uma rapariga. Estes apresentavam-se completamente feridos e com danos
gravíssimos na cabeça. Nenhum dos dois sobreviveu à queda. Pensasse que
pudessem ser namorados, pois estes foram encontrados de mãos dadas. Talvez um acto de suicídio de que nunca chegaremos a saber
o porquê…”
- Mas aquela é… não. Não pode ser. –
disse olhando espantado para a televisão sem querer acreditar.
- Está se sentindo bem? Está me
ouvindo? Hey – perguntou-me o empregado de balcão.
- An? – perguntei, pois não tinha
ouvido nada do que ele tinha dito.
- Perguntei se estava tudo bem. –
nem lhe respondi.
- Tome. Fique com o troco. – deixei
o dinheiro na mesa e saí correndo dali. Dirigi-me
até o local onde os corpos destes se encontravam para confirmar. Quando cheguei,
o local estava cercado de polícias, apenas perguntei pelos corpos e estes logo
me disseram em que hospital estavam.
Liam’s pov:
Fomos até ao apartamento de Cláudia
para que esta me desse a t-shirt, confesso que já tinha saudades de entrar ali.
Tudo continuava na mesma, tal como o quarto dela. Tinha saudades de tudo. Até
do cheiro da casa dela. Estava tão feliz por tudo estar bem novamente que era
impossível parar de sorrir.
- Toma. – disse Cláudia tirando a
t-shirt de dentro do seu armário. – Guardei-a sempre comigo. – continuou
sorrindo. Eu apenas agarrei na t-shirt e
agradeci-lhe com um sorriso. Tirei a t-shirt que tinha, pois estava toda suja e
notei Cláudia corar, desviando o olhar de seguida e sorri. Ela sempre fazia
isso. – Porque estás a rir? – perguntou-me.
- Sou apenas uma pessoa feliz. –
disse piscando-lhe o olho e reparei que esta ainda corou mais. – Sabes, já
tinha muitas saudades de estar neste quarto, de entrar nesta casa, de estar bem
contigo. – disse sentando-me ao lado dela na cama, depois de ter vestido a
t-shirt.
- Também eu, Liam. Não de entrar
nesta casa e estar neste quarto… bom tu percebeste o que eu quis dizer. – disse
Cláudia atrapalhada fazendo-me rir.
- Eu percebi Cláudia. – disse
agarrando-lhe na mão e fazendo carícias nesta. Ficamos um pouco em silêncio. Nem um dos dois disse uma palavra. Um
silêncio intrigante tomou conta do ambiente. Devagarinho aproximei-me dela, até
ficar face a face. Puxei-a para mais perto de mim e comecei a brincar com o seu
rosto. – Então? É agora que nos beijamos? – perguntei-lhe sorrindo e tocando
nos seus lábios de leve com os meus dedos. Nem
esperei que esta dissesse uma palavra e levantei-me, deixando-a sem perceber.
Esta levantou-se também e foi até à janela. Depois de hesitar por alguns
segundos, abracei-a por trás e mordi a sua orelha de leve. Segurei-a bem forte
para que esta não se pudesse virar e conduzi-a até à parede, levantando os seus
braços com os meus. Sempre sem dizer uma palavra. Depois de a encarar por mais
alguns segundos, beijei-a. – Tinha tantas saudades tuas. – disse-lhe.
- E tu nem imaginas as saudades que
eu tinha tuas. – respondeu-me Cláudia.
- Bom, agora… temos que recuperar o
tempo perdido, não achas? – perguntei-lhe maliciosamente e mordendo o lábio. Esta apenas balançou a cabeça
afirmativamente e beijou-me os lábios intensamente. Conduzi-a até à cama e
deitei-a ficando eu por cima dela. Após nos beijarmos por um pedaço, a
temperatura começou a aquecer entre nós. – Cláudia… eu quero que saibas que
eu não vou fazer nada que tu não queiras. Se ainda não estás preparada eu
compreendo. É mesmo isto que queres? – perguntei-lhe acariciando a sua cabeça
com a minha mão. Esta só me puxou para
bem junto dela e continuou me beijando.
- Só não me magoes muito. –
disse-me.
- Nunca iria fazer nada para te
magoar, mas sabes que vai magoar um pouquinho. Apenas relaxa que tudo correrá
bem. Se te magoar bates-me ok? – disse-lhe e esta balançou a cabeça
afirmativamente. – Não tenhas pena de mim. Se te magoar eu paro logo. –
conclui. Livramo-nos das roupas a pouco e
pouco e coloquei-me sobre ela. Tentei por tudo que não a magoasse, mas esta
ainda fugia um pouco na cama… esta estava com um pouco de medo. Fugiu até não
poder mais e bater com a cabeça na parte de cima da cama. – Relaxa Cláudia.
– disse-lhe puxando-a para mim.
Depois de
um tempo ela acalmou e já estava melhor. Um dia ainda nos iríamos rir daquilo,
mas não naquele momento.
Tânia’s pov:
Estava a estranhar a demora de Zayn.
Ele já deveria ter dito alguma coisa. Será que lhe tinha acontecido alguma
coisa? Nesse momento alguém entrou disparado pela porta. Era Zayn e vinha
ofegante.
-
Vocês nem
imaginam o que aconteceu? – disse rapidamente deixando-nos assustados e nós
começamos a bombardeá-lo com perguntas.
- Que foi? – perguntou-lhe Sandra.
- Não nos assustes, conta de uma
vez. – disse Margarida.
- Estás bem? Foi alguma coisa contigo?
– perguntei-lhe preocupada.
- Conta lá Zayn. – disse-lhe
Marlene.
- Calma malta. Deixem-no falar. –
interferiu Harry.
- Eu vim agora do hospital e… o
Pedro e a Perrie morreram. – disse Zayn sem hesitar.
- O quê!? – dissemos todos em
uníssono, não querendo acreditar.
- Mentira. Como? – perguntou-lhe
Magui espantada.
- Pelo que percebi caíram os dois do
cimo de um penhasco e a queda foi tão alta que não conseguiram resistir. –
respondeu-lhe Zayn.
- Mas os dois? No mesmo dia? –
perguntou-lhe Sandra.
- Ao que parece deveriam estar
juntos nesse momento. Ninguém sabe ao certo o que aconteceu, só eles é que
sabem. Pelos vistos nunca iremos saber como foi que isso aconteceu. –
respondeu-lhe Zayn.
- E agora? Nem acredito nisto. –
disse Jéssica e nós ficamos em silêncio a digerir a notícia. Como é que aquilo tinha acontecido? Era tão
estranho. Nem parecia verdade.
- O que é que se passa? Estão com
umas caras. – perguntou Cláudia chegando com Liam.
- Cláudia… O Pedro e a Perrie
morreram. – disse-lhe de uma vez deixando-a boquiaberta.
- O quê!? – disseram Liam e Cláudia
espantados.
2 dias depois
Zayn’s pov:
Tinham-se passado dois dias, após a
morte de Perrie e Pedro. Depois de fazerem a autópsia aos corpos e tudo o que
era necessário, hoje seria o funeral destes. Nem conseguia explicar o que
sentia. Nada daquilo parecia real. Era como se fosse um sonho ou um pesadelo
nem sei. Vesti o meu fato preto e coloquei os meus óculos escuros. Quando
cheguei à sala, os rapazes já estavam todos à minha espera, prontos para ir
buscar as meninas. Por mais mal que Perrie nos possa ter feito, nós iríamos
todos ao funeral, nem que fosse para apoiar o pai desta que não tinha culpa de
nada do que ela tinha feito.
- Estás bem, mano? – perguntou-me
Liam mal cheguei à sala, pondo-me a mão no ombro.
- … sim, eu estou bem. Vamos? –
perguntei-lhes.
Dirigimo-nos para casa das meninas,
quando chegamos estas já estavam prontas. Nenhuma delas se recusou a ir ao
funeral, mesmo não gostando de Perrie. Elas não eram obrigadas a ir, afinal nem
Perrie nem Pedro lhes era nada, mas mesmo assim foram. A missa do funeral
correu normalmente, as duas famílias estavam tristes com a perda, notava-se
pela sua expressão. Da família de Pedro estava tanta gente, já da de Perrie apenas apareceu o pai, porque
a família não se dava muito bem por sentirem inveja de tudo o que Perrie e o
pai tinham conseguido conquistar com o seu esforço. Este estava tão triste e
fazia um esforço enorme para não se ir abaixo de vez. Ao observar isto e vendo
a tristeza do homem, uma lágrima rolou pela minha face. Tânia que estava
sentada ao meu lado apercebeu-se disso e acariciou-me a mão de leve como se
estivesse a tentar me consolar. Eu apenas sorri para ela como forma de
agradecer ela estar me apoiando naquele momento. Eu amava tanto aquela
rapariga, nem conseguiria imaginar se no lugar de Perrie estivesse Tânia. Acho
que não sobreviveria se a perdesse. Ela era tudo para mim e ela sabia disso.
Terminada a missa, dirigimo-nos todos até ao cemitério. Era o último adeus.
Abriram os caixões para que os pudéssemos ver uma última vez. Estes estavam com
arranhões pela cara, mas tirando isso era como se estivessem dormindo um sono profundo
do qual não chegariam a acordar nunca mais. Tudo se tinha acabado. As
bruxarias; as perseguições de Perrie; as ameaças… finalmente tudo poderia
voltar a ser como era ou como deveria ser. Um tempo depois estes já haviam sido
colocados no local, um ao lado do outro. Talvez se pudessem encontrar noutra
vida.
Após todos terem abandonado o cemitério, eu permaneci lá.
- Zayn! Não
vens? – perguntou-me Tânia.
- Vão andando. Eu já vou ter com
vocês. – respondi-lhe.
- Ficas bem? – perguntou-me Tânia.
- Sim, não te preocupes. – respondi-lhe
e dei-lhe um beijo na testa.
Coloquei-me de pé junto da campa
destes, permanecendo por algum tempo em silêncio apenas observando. Ainda não
conseguia acreditar que aquilo era mesmo verdade. Depois ajoelhei-me e deixei
uma flor na campa de Perrie. Mesmo depois do que ela tinha feito não conseguia
deixar de me sentir triste por ela ter partido.
- Nem acredito nisto. – disse de
cabeça baixa enquanto olhava a campa. – Sabes, não precisavas ter feito tudo o
que fizeste… só me prejudicaste com isso. Se gostavas de mim não era assim que
me ias deixar feliz e fazer com que eu gostasse de ti. Mas, mesmo assim, só
estou triste por uma coisa… por não me ter conseguido despedir de ti. Gostava
de puder falar contigo uma última vez para ouvir o que me ias dizer. Achas
certo o que me fizeste? – continuei como se ela me estivesse ouvindo. - Sabes,
hoje eu ia a tua procura para ouvir o que me ias dizer e ia acabar tudo contigo,
porque o que me fizeste não se faz a ninguém. Espero que tenhas noção disso.
Fiquei muito triste e desiludido contigo ao descobrir que tudo o que me
aconteceu de mal estes dias foi culpa tua. Eu não esperava isso de ti. Sempre
pensei que fosses boa pessoa. Onde está aquela rapariga simpática, que gostava
de ajudar os outros, que não gostava de ver ninguém sofrer que eu conheci? Aquela
pela qual me apaixonei? Tornaste-te numa pessoa má, sem escrúpulos. E para quê?
Que ganhaste com isso? Apenas conseguiste inimigos. Fizeste com que as pessoas
que gostavam de ti e confiavam em ti não te pudessem ver e te odiassem. Mas,
sabes… eu não te odeio. Apenas estou bastante desiludido contigo, Perrie. –
disse me levantando e ficando um pouco em silêncio. – Adeus. – disse me
voltando.
- Zayn… - ouvi alguém chamar e parei
sem me voltar. - … desculpa-me por tudo. – concluiu, quando me voltei não vi ninguém,
apenas ouviu-se um ruído vindo da campa de Perrie.
- Já te desculpei. Espero que olhes
por mim seja lá onde estiveres. Adeus, Perrie. – respondi e fui ter com os
outros.
Um mês depois:
Margarida’s pov:
Um mês se tinha passado, após a
morte de Perrie e de Pedro. A partir daí nunca mais se tinha passado nada de
esquisito. Parece que tudo estava como deveria ser. Mesmo após um mês parecia
mentira que isso tinha acontecido. Mas era verdade. Estava em casa, tinha
acabado de acordar e dirigi-me até à cozinha. Quando cheguei as meninas estavam
todas lá, menos Cláudia.
- Bom dia, dorminhoca. – disse-me
Tânia.
- Bom dia. – respondi. – A Cláudia? –
perguntei.
- Está na casa de banho. Acordou mal
disposta. – respondeu-me Sandra.
- Ish, coitadinha. – disse-lhe
agarrando em algo para comer.
Pouco tempo depois esta chegou à
cozinha e não estava com uma cara muito alegre.
- Estás melhor? – perguntei-lhe.
- Nem por isso. Devo ter comido algo
que não me caiu bem. – respondeu-me Cláudia com a mão na barriga.
- Não te preocupes que nós cuidamos
de ti, não é meninas? – disse-lhes.
- Claro que sim. Queres que te faça
um chá? – perguntou-lhe Tânia vindo na sua direcção com uma sandes de omeleta
na mão. Ao chegar perto de Cláudia não
demorou muito até que esta se levantasse e corresse para a casa de banho,
outra vez.
- Que é que eu fiz? – perguntou Tânia
sem perceber.
- Ela está mal disposta,
provavelmente enjoo com o cheiro da tua sandes. – respondeu-lhe Sandra.
- Mas a sandes está boa, tem um
cheiro delicioso e o sabor... hum nem vos conto. – disse Tânia dando uma trinca
na sandes e nos fazendo rir.
- Agora fizeste me lembrar o Niall. –
disse Sandra.
- Estranho era se não te lembrasses
dele. – disse Marlene e Sandra apenas sorriu.
Estava com pena de Cláudia, se
continuasse assim teríamos de levá-la ao médico e eu sabia que ela detestava ir
ao médico.
Olá minhas
leitoras lindas!
Pensavam que
me tinha esquecido de vocês?
Parece que
ainda não é desta que se livram de mim.
Sei que
demorou um pouco, aliás muito tempo para publicar o capítulo, mas aqui está
ele. Espero que se divirtam a lê-lo.
A história
está quase no final.
Irei tentar
escrever até ao fim para que vocês saibam como termina. Já que comecei agora
vou terminá-la.
Espero que
leiam, comentem e que nunca se esqueçam de mim.
Beijinhos.
Até breve!