One Direction

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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Capítulo LX: Será que acontece um milagre?



Capítulo LX: Será que acontece um milagre?

Margarida’s pov:

Após uns momentos envolta naquelas águas cristalinas, Marlene com a nossa ajuda saiu do lago. Enquanto a tentavamos tirar, esta recusava-se a abrir os olhos, pois estava cheia de medo que tudo aquilo tivesse sido em vão. Louis logo tirou o casaco que tinha prendido à sua cintura e o colocou por cima dela, pois esta estava tremendo de frio.
            - Marlene, tens de abrir os olhos. Assim não irás saber... – disse lhe agarrando na mão.
            - Sim, ela tem razão. Abre lá e lembra-te o que quer que aconteça... nós estamos aqui amiga, sempre. – disse-lhe Sandra se aproximando dela. Estavamos todos à volta dela quando esta tentou abrir os olhos.

Marlene’s pov:

Sentia uma estranha sensação dentro de mim. Era como se sentisse que nada voltaria a ser como dantes. Estava apavorada e não queria abrir os olhos. O medo gelava por dentro, impedindo-me de fazer qualquer movimento. Fiquei sem reacção durante um momento, enquanto apenas perguntas sem resposta pairavam na minha mente. Mas eu tinha de encontrar a resposta, então muito lentamente fui abrindo os meus olhos. Estava tudo escuro, mas após um tempo tudo foi ficando mais claro. Conseguia ver umas sombras. A visão foi ficando mais clara que já conseguia ver o rosto das minhas amigas, fiquei muito feliz nesse momento que dei um enorme sorriso. Afinal havia esperanças.
            - Marlene, consegues nos ver? – perguntaram-me as meninas em uníssono.
            - Meninas, eu não vejo bem... vejo tudo turvo, mas consigo ver o suficiente para vos reconhecer. – disse-lhes toda feliz e estas correram para me abraçar.
            - Oh meu Deus ainda bem. Eu sabia. Estou tão feliz. – disse Margarida sem me soltar.
            - Também eu. Muito. – disse-lhes com um sorriso enorme.
            - Olha ali o Louis estava mesmo preocupado contigo. – disse-me Sandra.
- É verdade. Não lhe queres dizer nada? – perguntou-me Cláudia apontando para Louis. Eu não o via nem sabia onde este estava, mas na mesma tentei encontrá-lo.
            - Louis! – chamei.
            - Diz, Marlinda. Eu estou aqui, mesmo à tua frente. Não me consegues ver? – perguntou me agarrando na mão. Eu não o via. Por mais que esforçasse os olhos não o via. Nesse momento, tudo começou a ficar escuro novamente. A escuridão envolveu-se nos meus olhos e a luz que ainda brilhava apagou-se definitivamente. Foi como um flash de luz e num espaço de segundos tudo voltou a estar como estava. Nem fui a tempo de ver o rosto de Louis. Quando percebi que a visão não tinha voltado desatei a chorar deixando todos preocupados comigo.
            - Que foi? Porque estás a chorar? – perguntou Louis me limpando as lágrimas, mas eu não respondi.
            - Marlene, que se passou? Estás nos deixando preocupada. – disse Sandra.
            - Amiga, conta por favor. Fala. – disse Margarida.
            - Eu não consigo ver. – disse-lhes lavada em lágrimas.
            - Añ!? Mas, tu viste-nos não foi? – perguntou-me Magui confusa.
            - Vi, mas... agora não consigo... eu sabia que isto não iria resultar. – respondi-lhe e estes abraçaram-me todos.
            - Como é que isso é possível? – perguntou Cláudia.
            - Sei lá. Talvez tinha um desejo enorme de voltar a ver que imaginei que vos estava vendo. Porque é que isto tem de ser tão difícil? Porquê? A única coisa que eu queria era voltar a ver e nem sequer isso posso ter. Estou farta de tudo. Será que não mereço vencer pelo menos uma coisa na vida? Será que fui feita apenas para perder? Será que ninguém percebe que eu só queria ser feliz como todas as outras pessoas? É assim tão difícil de compreender? Digam-me é assim tão difícil? Lago estúpido. – disse-lhes chateada, me afastando deles, procurei uma pedra no chão e com a raiva que estava atirei-a com toda a minha força para o lago, esta ao bater nas suas águas fez um som que nos deixou um pouco em silêncio. Era como se aquele som me tivesse acalmado. Era como se tudo aquilo não passasse de um enorme pesadelo e talvez fosse, mas não, era tão real, infelizmente.
            - Marlene! – disseram as meninas se aproximando de mim, eu não respondi, pois ainda estava hipnotizada por causa daquele som. “O que será que se passa com ela?” ouvi Margarida perguntar. “Porque é que ela não fala agora? Será que também ficou muda?” ouvi Cláudia perguntar. “Não sei que se passa, mas não estou a gostar nada e este lugar dá-me arrepios” ouvi Sandra dizer. “O que será que é hoje o prato do dia no Nando’s? Espero que seja frango, porque eu adoro frango. Ai aquelas asas são uma delícia” ouvi Niall dizer.
            - Voces podem parar de falar? Estão me deixando mais confusa do que já estou. – disse-lhes.
            - Mas, Marlene ninguém abriu a boca. – disse-me Margarida.
            - Como ninguém abriu a boca se eu sempre vos oiço a falar? – perguntei-lhes confusa.
            - Eu juro que não disse nada. – disse-me Magui.
            - Nem eu. – disseram os outros.
            - Então como é que... esqueçam. Devo estar a ficar paranóica. É melhor irmos, já tive muitas desilusões por um dia e este lugar não me ajuda a ficar melhor. – disse-lhes e estes concordaram. Louis agarrou-me de lado, me ajudando e os outros vieram à nossa trás, pelo menos era o que parecia.

Margarida’s pov:

Foi muito estranho o que aconteceu. Confesso que fiquei muito confusa. Eu quase que jurava que aquilo iria resultar, mas parece que estava enganada. Mas, então como é que funcionou comigo? Nada fazia sentido. Enquanto os outros foram andando eu fiquei mais para trás, pois tinha a certeza que aquele lago tinha algo de especial, então peguei na minha garrafa e enchi-a com um pouco daquela água. Ninguém sabia se esta poderia vir a ser útil para alguma coisa. Eu preferi prevenir do que remediar. Fechei a garrafa, guardei-a na minha mala e fui a correr atrás deles.

Tânia’s pov:

Estava em casa preocupada e ansiosa para saber se tudo tinha corrido bem com Marlene. Já tinha telefonado umas quantas vezes, mas ninguém me atendia o telemóvel. Quando de repente estava na sala e oiço a porta abrir-se. Corri rapidamente para lá.
            - Então? Contem-me? O que aconteceu? Marlene consegues ver-me? Respondam-me. – disse-lhes só de um fôlego, enquanto estes permaneciam calados e com uma cara triste, então eu percebi que não tinha resultado. – Amiga, não te preocupes. Um dia tudo vai voltar a ser como era. Sabes que podes contar sempre comigo para tudo. – disse-lhe indo na sua direcção e a abraçando.
            - Como queres que não me preocupe? Vocês não percebem que eu tinha de recuperar a visão? Porque é que as coisas más só me acontecem a mim? – disse Marlene um pouco irritada e com os olhos cheios de água.
            - Calma, amiga. Não te podes ir abaixo. – disse tentando acalmá-la.
            - Desculpem, mas eu tenho de ir para o meu quarto. Eu preciso pensar ou melhor esquecer isto. – disse-nos.
            - Eu ajudo-te a subir. – disse-lhe Louis a segurando pela cintura.
            - Obrigado, Louis. – respondeu-lhe Marlene forçando um sorriso. Estes subiram até ao quarto de Marlene e nós ficamos na sala falando sobre o sucedido.

Marlene’s pov:

Ia subindo as escadas com Louis me ajudando, iamos em silêncio, quando aquela cena me aconteceu de novo. “Queria tanto que me pudesses ver. Queria ver-te feliz como dantes. Se ouvesse alguma coisa que eu pudesse fazer, nem que fosse mínima... eu faria só para te ver sorrir!” ouvi Louis não sei como, mas ouvi e comecei a sorrir espontaneamente.
            - Que foi? – perguntou-me Louis confuso.
            - Nada. Descobri agora que sempre vai haver alguém para me mostrar que ainda vale a pena sorrir. – respondi-lhe.
            - Añ!? Estás a falar de quem? – perguntou-me.
            - Ninguém... – respondi-lhe, não tive coragem de continuar, mas estava falando dele. Na forma como sempre me animava quando estava triste. Estava feliz quando eu estava. Estava sempre pronto a ajudar quando precisava dele. Até achava naquele momento que tinha andado aquele tempo todo enganada. Tinha procurado o amor no sítio errado quando este estava tão perto. Fui pelo caminho mais díficil quando o caminho mais fácil estava de braços abertos para me receber, mas tinha que bater com a cabeça para perceber que não estava no rumo certo. Chegamos ao meu quarto e sentei-me na cama.
            - Obrigado, Louis. – disse-lhe.
            - Não tens de quê... eu estarei lá em baixo se precisares de algo. – disse me dando um beijo carinhoso na testa.
            - Espera. – disse agarrando-o pelo braço. – Fica aqui... comigo. Sei que disse que queria estar sozinha, mas não quero me sentir sozinha. Podes ficar e me fazer companhia? – perguntei-lhe.
            - Claro que sim. – respondeu-me e sentou-se do meu lado me abraçando. “Faço tudo por ti!” ouvi novamente Louis.
            - Isto é estranho! – disse-lhe confusa.
            - O quê? Não estou a perceber? – perguntou-me.
            - Louis, sei que isto vai parecer rídiculo, mas eu acho que consigo ouvir os pensamentos das pessoas. – disse-lhe.
            - Añ!? Marlene, isso é impossível. – disse-me.
            - Não. É verdade. Desde que saimos daquele lugar que consigo ouvir tudo o que vocês pensam. É estranho eu sei, mas eu consigo. – disse-lhe convicta, mas este continuava a não acreditar.
            - Marlene, deves tar a fazer confusão ou algo do género. – disse-me.
            - Não, não estou a fazer confusão e vou provar-te. Pensa em alguma coisa que eu não saiba. Mas pensa numa coisa que seja impossível de eu saber. – disse-lhe.
            - Marlene, isto não vai resultar. – disse-me.
            - Louis, pensa e cala-te. – disse-lhe.
            - Pronto, ok. Como queiras. – disse-me e eu consegui ouvir.
            - O quê? O Pedro beijou a Tânia contra a vontade dela? Por isso é que ela estava assim com ele. – perguntei-lhe boquiaberta.
            - Sim, mas como é que... Ela disse-te? – disse-me Louis confuso.
            - Não, juro que não. Nós nem falamos acerca de nada hoje, tivemos sempre separadas como podes ver, aliás estive quase o dia todo contigo... Louis, eu disse-te que conseguia, mas não sei como. Se calhar a água era mesmo mágica, ah não sei, mas conta-me essa história da Tânia e o Pedro direito. – disse-lhe e ficamos conversando.


Margarida’s pov:

Ficamos na sala falando e Louis ainda não havia descido, talvez tivesse a fazer companhia a Marlene. Era melhor assim. Se havia alguém que a pudesse animar, esse alguém era definitivamente Louis, aliás ele anima qualquer pessoa só pelo simples facto de ser a pessoa que é. Não por ele ser famoso, mas sim por ter a personalidade que tem.
            - E que tal se dessemos uma festa? – perguntou Niall e nós olhamos todos para ele confusas. Tipo, eu não achava muito boa ideia, pois Marlene não estava bem. Nem eu nem as meninas.
            - Uma festa? Tu não podes estar bem. E porque é que a iriamos fazer que eu saiba ninguém faz anos ou algo do género? – disse-lhe.
            - Então, eu sei que a Marlene não teve sorte e fico triste por isso, mas tu recuperaste a voz e acho que isso era motivo suficiente para uma festa. Temos de comemorar e assim era uma forma de esquecer um pouco os problemas. Eu acho que isso era bom para a Marlene também, assim divertia-se e ficava um pouco feliz. – explicou Niall.
            - Concordo. – disse Sandra. – Nós estamos a precisar depois de tudo o que se está a passar nestes dias. Até podemos fazer a festa cá em casa. Perguntamos à Marlene para ver o que ela acha e dependendo da resposta dela logo decidimos. Que dizem? – conclui Sandra agarrada a Niall de lado.
            - Por mim tudo bem. – disseram Cláudia e Tânia em uníssono.
            - Magui? Que dizes? – perguntou Sandra.
            - Ah não sei... – disse e fiquei um pouco em silêncio. -  Falamos com a Marlene primeiro e depois vemos. – conclui deixando-os felizes e as meninas já entusiasmadas a pensar nos promenores da festa.

Marlene’s pov:

            - Eu ainda não consigo perceber como é que tu consegues ler os pensamentos. – disse-me Louis sentado ao meu lado na cama.
            - Nem eu. Isto é tão confuso. É como que se tivesse sido compensada. Como não recuperei a visão, consigo ouvir tudo, mas mesmo tudo. Isto é bom e estranho ao mesmo tempo. – disse-lhe.
            - Anda. – disse Louis se levantando e me puxando com ele pelo braço.
- Para onde? – perguntei confusa.
- Temos de contar isso aos outros. Eles têm de saber que pelo menos uma coisa boa te aconteceu. – disse-me Louis.
- Espera, Louis. – disse-lhe fazendo força para não ir.
- O que foi? – perguntou-me.
- Eu não sei se isto é bom ou não, mas eu prefiro guardar segredo pelo menos por enquanto. Será que podes não contar a ninguém? – perguntei-lhe.
- Tens a certeza? – perguntou-me.
- Tenho a certeza absoluta. – respondi-lhe.
- Então, está descansada que este será um segredo só nosso... meu e teu. – disse-me sorrindo e me fazendo uma carícia na face. Por momentos ficamos em silêncio e este sempre me acariciando a face. Era estranho, pois não sabia que se passava.
- Bem, vamos para baixo. Já estou melhor e quero a companhia das minhas amigas, não é que não sejas boa companhia, porque eu adoro estar contigo, mas elas são as minhas amigas e... – disse-lhe e este interrompeu-me pondo o dedo nos meus lábios.
- Shiu. Não precisas explicar nada, eu percebo. Vamos, eu ajudo-te a descer. – disse-me e fomos. Confesso que me assustei um pouco quando ele pôs o dedo de repente nos meus lábios.

Cláudia’s pov:

Estavamos a tratar de alguns promenores se por acaso ouvesse festa quando ouvimos risos. Era Marlene e Louis que vinham na nossa direcção e estavam muito animados.
            - Já vi que estás mais animada. – disse para Marlene.
            - É... O Louis sabe como animar uma pessoa. – respondeu-me e Louis sorriu. – De que estavam a falar? – perguntou-nos.
            - Ah, Marlene temos uma coisinha para te perguntar. – disse-lhe Sandra.
            - Ai, o que vem daí. Mas contem. – disse-nos.
            - Nós estavamos a pensar e nós sabemos que tu pronto, não aconteceu o que nós queriamos, mas a Margarida recuperou a voz e isso é uma coisa mesmo boa... – disse-lhe Sandra.
            - Vá desembuxem que me estão a deixar curiosa. – disse-nos.
            - Nós estavamos a pensar em dar uma festa para comemorar o que aconteceu à Magui. Marlene, pensa bem antes de dizeres já que não, porque ia-te fazer bem divertir um pouco e... – disse-lhe Tânia e esta interrompeu-a.
            - Uma festa? Parece-me bem. Estou a precisar de me divertir. – disse-nos.
            - A sério!? Oh que fixe. Então temos de ligar ao pessoal a avisar para aparecerem cá amanhã. Bem eu ligo à Jéssica... – disse Sandra e nós abraçamo-la todas contentes.
            - Esperem! A festa vai ser cá em casa? –perguntou-nos Marlene.
            - Tem mal, Marlene? Não achas bem? – perguntei-lhe.
            - Tipo, por mim tudo bem, apenas fiquei surpresa pois não sabia. – respondeu-me e começamos a preparar as coisas. Que música iamos pôr, a comida, os convidados e isso. Claro iriamos convidar a Jéssica e o resto dos rapazes, pois ficaria mal só convidarmos alguns deles uma vez que nos davamos bem com todos. Pelo menos antes era assim. E ainda para mais pelo que a Magui nos disse, o Harry tinha a ajudado, pois esta estava inconsciente dentro de água e ele é que a tirou de lá, ou melhor salvou. Só esperava era que pelo menos Liam viesse sozinho ou sei lá, não sei se a partir daquele momento tinha coragem de olhar para a cara dele sem me lembrar do que este me fez. É certo que ele jurou pela mãe que não se lembrava de mim e eu sei que ele nunca iria fazer uma jura assim se não fosse verdade, mas isso era impossível e ele estava tão mudado. Já não era o mesmo Liam que eu tinha conhecido.

Zayn’s pov:

Depois de ver Tânia e Pedro juntos fui em direcção de casa, não tinha mais nada para fazer ali. Fui até ao meu quarto e deitei-me na cama a pensar no mesmo como sempre, enquanto não descobrisse a verdade não iria desistir. Pouco tempo depois estava dormindo sem me aperceber. Tive um sonho estranho essa tarde. Estava numa igreja cheia de gente, mesmo no altar... Por alguma razão, estava todo aperaltado e vestido de fato, quando começou a cerimónia. Vi as enormes portas de madeira se abrirem, e por estas passar uma rapariga de vestido branco, com o rosto coberto pelo véu. Não queria acreditar! Eu ia-me casar! Ela ia avançando e a música continuava. Era a Tânia, tinha de ser, eu tinha a certeza que era ela. E senti-me extremamente feliz por isso, como se estivessem a explodir fogos de artificio dentro de mim. 


A cerimónia continuou, e o padre ia dizendo todas aquelas coisas que já se sabe...Tava tão concentrado em Tânia que nem ouvi nada do que o padre havia dito.  No momento em que este terminou de falar, era a hora de eu beijar a minha linda noiva. Virei-me para ela e comecei a levantar o seu véu lentamente. Consegui ver os seus lábios rosados, as suas bochechas coradas e os seus olhos azuis... Espera aí! Olhos azuis!? Mas a Tânia não tinha olhos azuis! Ela tinha olhos castanhos! Os olhos castanhos mais profundos, que sempre faziam o meu coração acelerar. E agora eram azuis?! Esta história está mal contada. Confuso, tirei o véu de uma vez, e encarei a realidade... Era Perrie. Nada fazia sentido.
            - Perrie? – Disse confuso. De repente, ouvi um telemóvel a tocar. – Perrie, o teu telemóvel está a tocar.
            - Não é o meu. – Respondeu, fazendo uma cara esquisita.
            - Não? Ai, é o meu! – Exclamei. Esperava que fosse Tânia para parar com esta loucura toda. – Mas onde está este maldito telemóvel?
Nesse momento, senti-me como que a flutuar, tudo ficou preto, e vi-me de novo deitado na minha cama. Havia acordado daquele sonho esquisito.
            - Fogo! Já ninguém pode dormir nesta casa! – Resmunguei. – Espera, está mesmo a tocar!
            De um pulo, saltei da cama e fui buscar o telemóvel que estava em cima da mesa. Era Tânia! Não é que eu tinha acertado? Só espero que a história do casamento seja mentira!
           
Chamada on:

            - Que foi? – perguntei-lhe com um pouco de desprezo, por causa de a ter visto com Pedro.
            - Passa-se alguma coisa? – perguntou-me.
            - Não, porque perguntas? – perguntei-lhe.
            - Porque nunca me falas assim, mas deixa para lá. Eu liguei para te convidar para a festa que vai haver amanhã cá em casa. Podes trazer quem quiseres... – Convidou-me. Parecia um pouco triste, mas nem liguei.
            - Não sei, depois vejo isso. Provavelmente Pedro iria estar lá, e a última coisa que queria era vê-los juntos.
            - Ok então! Se quiseres é só aparecer. Xau. – Despediu-se. Ainda consegui ouvi-la dizer muito baixinho. – Ficaria muito feliz se viesses.
 Desliguei o telemóvel. Não conseguia ouvir aquelas coisas, porque só me fazia querê-la mais! E eu já sabia que era impossível ficarmos juntos. Fiquei a pensar em tudo o que tinha acontecido, naquele sonho que mais parecia pesadelo, e no porquê de eu ter imaginado que era Tânia. Eu namorava com a Perrie, porque é que pensei que ia casar com a Tânia? E porque é que não fiquei feliz quando vi que a noiva era a Perrie? Porque é que a Tânia estava sempre na minha cabeça? Espera, isso não é verdade. Ela estava era no meu coração...  
           
Jéssica’s pov:

Tinha ido dar uma volta para espairecer. Estava tão feliz com Josh, no entanto, as minhas amigas estavam a sofrer! Que raio de mundo! Uns com tanto, e outros com tão pouco... Sim, era melhor pensar nestas coisas sozinha. Se estivesse com o Josh não pensava em mais nada... Apercebi-me que estava numa zona mais isolada da cidade, onde tudo parecia escuro. Já estava a ficar assustada, quando vi sombras ao virar da esquina. Pensei que fossem pessoas, mas vi qualquer coisa castanha se mover descontroladamente, e comecei a correr... Mas espera! Parecia o cabelo da Danielle... E estava acompanhada por Taylor, Perrie e mais uma rapariga que eu nunca tinha visto na vida. Mas o que é que estas andavam a tramar? Resolvi espiá-las durante um bocado.
            - Carol, esta coisa não está a resultar. Eu sei que eles estão connosco agora, mas parecem cada vez mais distantes e à medida que o tempo passa, sinto-os mais próximos delas. – disse Perrie chateada.
            - Meninas, o feitiço era para que estes se voltassem a apaixonar por vocês não era para afastá-los delas. – respondeu a rapariga, acho que se chamava Carol. Que conversa mais esquisita! Feitiços? Eu sempre soube que elas eram umas bruxas, mas sempre pensei que era só do visual! Então continuei à espreita.
            - Então como é que eles se esqueceram delas? – Perguntou a Taylor com aquela cara de quem precisa de um estalo.
            - Isso é porque eles não podem ter dois verdadeiros amores. Para eles gostarem de vocês, claro que tinham de se esquecer daquelas que realmente gostam! Meninas, vocês deviam saber isso! Afinal, eles não escolheram gostar de vocês!
            - Ninguém escolhe de quem gosta, tu devias saber isso! – Ripostou a Danielle. Realmente tinha cabelo de rato.
            - Pois, mas a vocês eles escolheram com o cérebro, a elas, com o coração. – Explicou novamente Carol.
            - Eu não quero saber, tens de fazer alguma coisa! A começar por limpar o que o teu cão fez! Que nojento! Estes sapatos são um exclusivo Prada! – Gritou a tábua de engomar da Taylor. Quando reparei, um cão estava ao pé dela, e tinha acabo de fazer as suas necessidades onde não devia.
            - Filipe, quantas vezes já te disse para não marcares território nas pernas das raparigas?! – Ralhou Carol para o cachorro.
            - Filipe? Mas esse não era o rato que estava em tua casa? – Perguntou Danielle.
            - Sim, mas eu transformo-o em cão quando venho passear... Não acham que as pessoas iam achar estranho eu passear um rato? – Disse Carol, com cara de óbvio.
Mas que raio? Ratos? Feitiços? Cães? Escolher com o cérebro? Elas? Mas quem são elas? E eles? Estas aqui estão mas é loucas, não é que já não o fossem, mas agora estão a precisar de uns dias no manicómio. Infelizmente, o meu telemóvel escolheu uma má altura para tocar. Quando ouviram a música, as quatro olharam em minha direção.
            - Meninas, acho que estamos a ser observadas. – Disse Carol.
Eu comecei a correr antes que me vissem, e sentei-me no banco mais próximo, atendendo a chamada.


Chamada on:

             - Quem é? – Disse exaltada, recuperando o fôlego.
            - Jéssica, estás bem? Parece que correste a maratona! – Ouvi a voz de Sandra.
            - Não, aconteceu uma cena, mas depois conto. Que aconteceu? – perguntei-lhe curiosa.
            - Ok, como queiras. Olha amanhã nós vamos dar uma festa, amanhã,  cá em casa por causa de comemorar o facto da Margarida ter recuperado a voz. Queres vir? -  convidou-me.
            - Ah ok! – respondi.
            - Traz o Josh! Assim vai haver mais diversão! – riu Sandra e desligou o telemóvel.
Fiquei um pouco aflita. Agora como é que me ia safar desta? Olhei em redor e dei de caras com Perrie a olhar para mim.
            - Estavas aqui à muito tempo? – perguntou-me, com cara de poucos amigos.
            - Eu? Acabei de chegar! Agora mesmo! Tipo, mesmo neste momento! E estava mesmo à vossa procura! – Inventei, tentando me desenrascar.
            - À nossa procura? Para quê? – Quis saber Taylor.
            - Então... As meninas vão dar uma festa, e eu pensei que vocês poderiam querer vir! Vai ser divertido! – Menti, com todos os dentes que tinha, e acho que ainda mais alguns!
Olharam para mim desconfiadas. Reparei que a Carol estava meia escondida atrás das outras. Depois de um tempinho a pensar, Perrie resolveu falar.
            - Está bem! Acho que vamos puder ir! – consentiu.
            - A mensagem já está dada, agora tenho de ir! Há muita coisa para planear! – Escapei-me por fim. Quando ia embora, ouvi a Carol dizer: “ Continuo a achar que estávamos a ser observadas!”, mas a Taylor respondeu: “ Deve ter sido o tarado do teu cão que estava a olhar para nós com uma cara esquisita!”. Finalmente ela tinha feito algo de jeito! Isso Taylor, ajuda-me um bocadinho! E fui correndo para fora dali.

Na noite seguinte:

Claúdia’s pov:

Ouvi a campainha tocar, e como as outras estavam ocupadas a arrumar as coisas, decidi ir lá eu. Queria tanto festejar, me distrair de todas as coisas más que tinham acontecido. Respirei fundo e preparei-me para abrir a porta e deixar entrar a diversão. Mas quando vi quem estava ali, perdi a vontadinha toda, mas toda mesmo!
            - Olá Claúdia! – Cumprimentou-me Danielle. Se lhe caísse um raio em cima, eu ficava tão agradecida...Quando a cumprimentei, ouvi o barulho de um trovão.
            - Parece que vai começar a chover. – Opinou Liam. 


Cumprimentei o resto do pessoal, tendo o cuidado de não tocar em Liam. Se acontecesse o mesmo que das últimas vezes, íamos parar os dois ao hospital. Entraram todos para a sala, sentaram-se no sofá a conversar, beber, comer, o costume. As meninas já tinham acabado os retoques, e estávamos todos a divertir-nos. A Tânia estava encarregue da música, já que ela sempre tinha tido o melhor gosto em música. “DJ Caramel in the house!!”. Infelizmente, o Zayn estava demasiado perto da Perrie. E a Danielle também não largava o Liam, mas pronto... A história começou a ficar mais interessante quando o Zayn foi até à mesa de mistura e começou a falar com a Tânia. Fiquei curiosa, então decidi ouvir um bocadinho.
            - Não sabia que eras DJ. – Disse ele, espantando.
            - E não sou! Elas obrigaram-me com a desculpa de que escolho as melhores músicas, mas tenho a certeza que só se queriam livrar disto! – Queixou-se Tânia.
            - Sabes, eu gosto muito de caramelo. – Sorriu Zayn.
            - Pois eu sei... – Disse Tânia distraída. Agora é que a fizeste bonita! Como é que vais explicar isso!?
            - Sabes? - Perguntou Zayn.
            - Eu sei? Não, eu não sei nada! Eu disse que sabia? Eu queria dizer que não sei, porque, estás a ver, eu não sei, e como é que eu podia saber uma coisa que não sei! – Gaguejou Tânia. Olha outra que ficou embrulhada com a lingua...
            - Tem calma Tânia, eu já percebi. – Descansou-a ele, rindo-se.
            - É que sabes, tu embrulhas demasiado a língua das raparigas. – Desculpou-se ela. Opá Tânia, estás a falar de quê?!
            - O quê? Eu embrulho o quê? – Espantou-se Zayn.
            - Nada, esquece, estou a ficar tonta. – Safou-se ela.
            - Passa-se alguma coisa? – Interrompeu Perrie. Tinha de ser, como se a festa não tivesse bebidas suficientes, tinha de vir para aqui a pepsi.
            - Não se passa nada, porquê? Parece que se passa alguma coisa? – Perguntou Tânia.
            - Sim, parece, e muita coisa! E afinal o que é que estás a fazer aqui Zayn? – Resmungou aquela loira oxigenada.
            - Vamos parar de discutir, pode ser? Eu só queria ver os discos. – Acalmou-a Zayn.
            - Discutir? Mas quem é que está a discutir? Eu só queria saber! E para que é que querias ver os discos? Tens muito melhores! Afinal, tu és como um DJ profissional, ela é só amadora, deixa ela se divertir a brincar ao faz de conta. – Impertigou-se a Perrie.
A Tânia nem respondeu. Olhou para ela, e depois começou a mexer nas músicas. Foi um instante até começar a tocar “Cala-te da Dama Bete”
https://www.youtube.com/watch?v=0ViVtBzwy50 ) (
https://www.youtube.com/watch?v=S25hB1535sI ). Eu só me queria rir naquele momento! É assim mesmo Tânia, mostra a essa impertigada com manias de boa quem manda aqui!
            - Isso é para mim? – Questionou Perrie, com aquela cara de enjoada que só mesmo ela tinha.
            - Claro que não! Era a próxima na lista! – Ironizou a Tanekas. Depois sussurrou. – Porquê, picaste-te?
            - Desculpa, disseste alguma coisa?
            - Eu? Eu não disse nada! Estou calada que nem um rato.
Depois disso, a Perrie foi-se embora. Bem feita, sua pepsi fora de prazo.

Harry’s pov:

As bebidas tinham acabado, e como estava cheio de sede, decidi ir à cozinha buscar algumas. Saí da sala, e quando ia entrar na cozinha dei de caras com uma bandeja cheia de bebidas voadora, que parecia gostar muito de mim, e que me caiu para cima.
  
Margarida’s pov:

            - Oh desculpa Harry, não te vi! Sabes como é, ser baixinha é difícil! Desculpa mesmo! E agora estás encharcado! – Gritei. Fui buscar um pano para o ajudar a secar.
            - DJ MALIK IN THE HOUSE!! – Ouvi dizerem da sala. Mas que raio! Não era a Tânia! Mas que se lixe, tenho mais coisas em que pensar! – E agora, esta é para as meninas! “ Don’t Cha” das Pussycat Dols!
            Oh, será que ele se lembrou de alguma coisa? Esta foi a música que a Tânia dançou para ele! Encontrei o pano e fui ajudá-lo, mas quando me virei...
            - Harry, que estás a fazer? – Perguntei, vendo-o tirar a camisola.

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Olá minhas fofas!
Desculpem a demora, mas vocês sabem como é, testes para aqui, trabalhos para acolá, noites de prazer... Esta última foi a brincar, mas pronto.
Espero que gostem do capítulo, e que se riam tanto como nós! Pois, porque a Magui ajudou-me com isto!
Este sagrado capítulo chegou ao fim, fiquem atentas para o que vai acontecer a seguir!!
Malikisses e caramelices!