One Direction

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terça-feira, 1 de outubro de 2013

Capítulo LXVIII: Alguns falam para você ficar bem. Outros simplesmente te fazem ficar bem.



Capítulo LXVIII: Alguns falam para você ficar bem. Outros simplesmente te fazem ficar bem.
 
Harry’s pov:

Chegamos ao apartamento e a única coisa que eu queria nesse fim de dia era dormir. Estava mesmo cansado e cheio de sono, depois do dia que tinha tido. Foram todos para os seus quartos, menos Louis que ainda não tinha chegado e Liam que nem tinha aparecido no estúdio para nos ajudar numas cenas. Onde será que estes se tinham metido? Fui para a minha cama e deitei-me mesmo assim... sem sequer tirar a roupa ou os ténis. Não tinha forças para mais nada. Após uma hora ainda estava acordado. Como é que era possível ainda não ter adormecido, tão cansado como estava? Virava-me de um lado e para o outro na cama e era impossível. Não conseguia adormecer por mais que tentasse. Levantei-me e fui até à cozinha beber um chocolate quente para ver se assim me dava sono. Depois voltei-me a deitar com esperanças de conseguir adormecer.

Zayn’s pov:

Ia a caminho de casa quando recebo uma mensagem de Louis.

“Mano, perguntaste-me tanto pela Tânia hoje, pois não sabias dela e eu prometi-te que se a encontrasse te dizia, então... já sei onde ela está. Ela está na praia... avisa quando chegares.”   
Louis
             
 Logo que acabei de ler a mensagem fui a correr para trás para ir ter com ela. Precisavamos de falar e eu não iria perder essa oportunidade.

Tânia’s pov:

            - Credo mulher, parece que viste um fantasma!!! – disse Louis me olhando espantado.
            - Ainda bem que não foi um fantasma, senão acho que me metia pelo mar dentro e morria hoje aqui. – respondi-lhe recuperando do susto.
            - Quem sabe se eu não sou um fantasma disfarçado? – disse tentando me assustar com cara de gozo.
            - Não tens piada nenhuma, sabes!? E o que estás a fazer aqui a esta hora? – perguntei-lhe curiosa.
            - ... Hum... Tivemos um concerto de caridade hoje pela tarde, só que acabou mais tarde do que nós estavamos à espera e eu não tinha vontade de ir para casa ainda, então decidi dar uma volta pela praia. Mas e tu? Não devias estar a dormir? – explicava-me enquanto ia-mos andando até um local para nos sentar.
            - Pois... devia e eu queria fazer isso, mas não consigo. Estava com insónias então vim até aqui ver se me dava o sono. – disse me sentando e pondo os sapatos de lado e este fez o mesmo.
            - Esse é o problema de muita gente...
            - Podes querer.
            - Mas tiveste pesadelos?
            - Sim... quer dizer, era um pesadelo, mas depois ele apareceu e eu já não queria acordar... – disse com os olhos brilhantes e olhando para o mar.
            - Ele!? Ele quem?
            - Ninguém. – respondi-lhe.
            - Tânia! Conta-me. Já não confias em mim, é? É? É? – dizia enquanto me fazia cócegas na barriga, me fazendo ficar deitada na areia.
            - Pára, cenourinha, eu não vou dizer. – dizia eu rindo sem parar.
            - O quê!? Cenourinha? Ainda com isso? Agora é que vais sofrer e eu não páro enquanto não me disseres quem é. – dizia continuando a me torturar com cócegas.
            - Pára Louis, a sério. – dizia eu, este parou por instantes e ficou me olhando. – Sabes que as cócegas são uma forma de tortura muito baixa? – disse-lhe gozando.
            - Também sei outras formas de tortura de nível mais alto, queres experimentar? – perguntou-me preparado.
            - NÃO... não.
            - Então... quem era ele?
            - Ainda não esqueceste isso, fogo?
            - Não.
            - Pronto, ok. Foi o Zayn. Ele apareceu no meu sonho e salvou-me de um grande leão. Devias ver... foi tão corajoso... – dizia eu sorrindo.
            - Ai que lindo... – disse Louis gozando.
            - Já viste? Não devia ter te contado nada. És sempre o mesmo.
            - Tu sabes que eu gosto de brincar contigo, mas agora fora de brincadeiras... ele hoje andou louco à tua procura. Tens de falar com ele.
            - Não. Eu já lhe disse tudo o que tinha a dizer... não temos mais nada para falar. – disse-lhe.
            - Ui... que se passa? Tão chateados?
            - Chateados!? Pff claro que não. De onde foste buscar isso?
            - É só que já nem falam um com o outro e pensei que estavam bem.
            - E estamos, é só que... tu sabes que eu ainda gosto dele, mas ele está com a Perrie e ao estar com ele é difícil esquecê-lo... – expliquei-lhe triste. Não podia contar-lhe que tinha recebido ameaças para me afastar de Zayn.
            - E porque tens de esquecê-lo? Se vocês gostam um do outro só têm que lutar contra tudo para ficarem juntos. – disse Louis pondo o braço à volta dos meus ombros.
            - Não é bem assim..
            - Não é bem assim como? Gostas dele não é? – perguntou-me e eu acenti afirmativamente com a cabeça. – Então? Ele de certeza que também gosta de ti... Não podem permitir que a vossa felicidade seja tirada por causa da Perrie. Ele acaba com ela e vocês ficam juntos, simples.
            - Não é assim tão fácil... – disse-lhe e ele olhou-me espantado.
            - Porquê? O que há mais que impessa? – perguntou-me curioso.
            - ... nada, não há mais nada... – respondi-lhe e o telemóvel deste começou a tocar.
            - Bem, tenho de ir... depois falamos. – disse me dando um beijo na testa e se levantando.
            - Mas... passou-se alguma coisa? – perguntei preocupada.
            - Não. É só que já tenho sono... falamos amanhã.
            - E deu-te o sono assim de repente? Fogo sou mesmo boa para adormecer as pessoas. – disse triste.
            - Não sejas tonta. Contigo é difícil adormecer, mas agora tenho de ir. Xau baixinha. – disse se afastando.

            - Xau cenourinha. – disse rindo, porque sei que ele não gosta desse nome. Fiquei ali sentada ainda mais um pouco, observando o mar. O sono ainda não me tinha chegado. Pouco tempo depois Louis voltou ao pé de mim, deixando-me surpresa.
            - Esqueci-me dos ténis. Não convém deixá-los aqui, senão nunca mais os vejo. – disse agarrando nos ténis.
            - Não esqueces a cabeça porque ela está presa ao corpo, senão... – disse sarcástica.
            - Engraçadinha. Vá, agora vou mesmo embora. – disse me voltando a dar um beijo na testa. – E não me chames de cenourinha... eu odeio esse nome. – disse já de longe.
            - Mas eu adoro. – disse-lhe rindo.
Continuei observando o mar como estava a fazer antes, até que passado uns instantes alguém chega por trás e me tapa os olhos.
            - De que é que te esqueces-te agora? – perguntei pensando que era Louis e me virando. – Zayn!? – disse espantada ao ver que era ele. Mas como é que ele me tinha encontrado ali?

Liam’s pov:

Já era tarde, eu já tinha saído do estúdio fazia algum tempo e estava deitado num banco de jardim a observar as estrelas e a tentar me acalmar. Quem me derá que aquilo não passasse apenas por um pesadelo, mas não. Era tão real. Talvez era melhor ir para o apartamento para não preocupar ninguém. Levantei-me com dificuldade, tentei me arranjar o melhor que pude, limpei as minhas lágrimas e saí. Já era madrugada, mas naquele momento não tinha medo de nada. Se me acontecesse algo mau era uma forma de parar com o meu sofrimento e os meus problemas para sempre. Pelo caminho passei perto do apartamento de Cláudia. As luzes estavam todas apagadas. Ela já deveria estar dormindo. Nem queria imaginar como ela iria ficar quando soubesse que eu me iria casar com Danielle. Ela não me iria perdoar nunca. Fiquei um pouco lá parado, a olhar para o quarto dela e a pensar nela. Tudo era tão fácil quando a conheci. Tudo era tão fácil quando estavamos juntos. Como é que tudo tinha mudado assim... tão de repente? Não consiguia perceber. Regressei à realidade e fui em direcção do meu apartamento, o que se revelou difícil, pois o meu corpo estava sem forças. Quando estava prestes a chegar a casa quase que desmaiei, mas Louis apareceu e segurou-me.
            - Mano... que tens? – perguntou preocupado e me segurando.
            - Tenho tudo e não tenho nada. – respondi-lhe.
            - Onde estiveste? Pareces tão mal. – perguntou sem me soltar e me levando para dentro.
            - Estive no estúdio... precisava estar sozinho para pensar. – respondi-lhe tristemente, enquanto este me sentava no sofá e se sentava comigo.
            - Isso tem alguma coisa a ver com a Danielle e o vosso casamento? – perguntou-me. Como é que ele sabia do casamento?
            - Como é que sabes... do casamento!? – perguntei-lhe espantado.
            - A Danielle apareceu hoje no Nando’s quando estavamos todos a almoçar e contou-nos. Olha que a Cláudia não ficou muito contente com a notícia. – informou-me deixando-me ainda mais espantado.
            - A Cláudia já sabe?
            - Sim. Danielle fez questão em contar-lhe. Ela saiu de lá com uma cara triste, Harry foi atrás dela e disse-nos que ela ficou mesmo em baixo. – disse-me, deixando-me super triste.
            - Eu não acredito que a Danielle foi contar-vos isso sem me dizer. Ela devia ter falado comigo primeiro. E a Cláudia... ela nunca me vai perdoar. – disse com um pouco de raiva. Ela não tinha o direito de espalhar a notícia sem me ter dito nada. Ainda por cima nem tinhamos falado bem sobre o assunto. Cada vez me apercebia que ela não era a rapariga certa para mim.
            - Pareces triste quando deverias estar feliz, afinal vais-te casar.
            - Devia estar feliz!? Eu estava feliz se casasse com Cláudia, mas é com Danielle... não posso estar feliz.
            - Então, porque vais casar com ela? Se não a amas e não queres? – perguntou-me confuso, eu apenas respirei fundo e continuei.
            - Talvez por ser bonzinho de mais e não querer fazê-la sofrer... Talvez por ela estar grávida e o pai dela me ter feito aceitar o casamento para que ela não fosse mãe solteira... Talvez por ter medo de nunca ver o meu filho se não me casar... – continuei tristemente. Louis apenas pôs o braço sobre o meu ombro como se me percebesse e não disse mais nada. Pouco tempo depois fui para a cama, tentar descansar ou tentar esquecer tudo por uns minutos.

Tânia’s pov:

            - Zayn, que estás a fazer aqui? – perguntei-lhe espantada e me levantando, levando os meus sapatos comigo.
            - Preciso de falar contigo. – disse me olhando nos olhos.
            - Mas... eu tenho de ir agora... é tarde, já viste as horas? Depois falamos, xau. – disse-lhe e virei costas apressadamente.
            - Não. Tânia, espera. – disse vindo a correr atrás de mim e me puxando pela mão, ficando parado à minha trás.
            - Zayn... eu tenho de ir... – disse-lhe sem me voltar para ele, tentando ser forte.
            - Fica, por favor. Preciso mesmo de falar contigo, mas parece que estás sempre fugindo de mim.
            - Eu... não estou fugindo de ti. – disse me voltando para ele.
            - Então, porque estás tão afastada de mim estes dias?
            - Porque... Olha Zayn, eu sei que te pedi para ficares com a Perrie e assim ser-mos só amigos, mas eu não consigo. Sabes que a amizade não existe depois do amor. E é difícil estar ao teu lado todos os dias e conseguir esquecer o que sinto. – respondi-lhe triste.
            - Mas porque tens de esquecer? Eu já te disse que gosto é de ti não dela. Por mim acabava tudo com ela e ficava contigo, mas tu não queres. Não percebo porquê... – disse se aproximando.
            - Eu não te posso explicar. Isso não é assim tão fácil. Acredita que se fosse, eu seria a primeira a pedir que acabasses com ela. – disse-lhe me afastando.
            - Não percebo como não pode ser assim? Tão fácil? O que é que há que impessa  que sejamos felizes, os dois, juntos? – perguntou-me confuso.
            - Não posso dizer... – disse e voltei a virar-lhe costas.
            - Tânia! – disse e voltou a agarrar-me pela mão me impedindo de ir. – Conta-me que se passa, por favor. – disse pondo-se à minha frente e me olhando nos olhos.
            - Zayn... não posso... – disse-lhe, mas só me apetecia dizer de uma vez.
            - Por favor... preciso que me contes, senão nunca poderemos ser felizes. – disse-me. E ele tinha razão. Se eu não descobrisse quem era que me mandava aquelas ameaças nunca na vida poderia ser feliz com ele. Iria sempre ter medo que algo lhe acontesse se me aproximasse.
            - Ok... mas, promete-me que isto fica só entre nós? Mais ninguém pode saber. Promete que não vais contar aos rapazes?
            - Eu prometo... eu juro... podes confiar em mim. – disse me segurando a mão.
            - ... bom, a uns tempos para cá que recebo umas ameaças... umas cartas que aparecem no meu quarto e nem eu nem as meninas sabemos como elas lá foram parar... é bem capaz que alguém tenha entrado lá em casa quando não estavamos ou sei lá, pode ser uma pessoa próxima de nós... não sei quem é... e nessas cartas pede para que me afaste de ti... se não o fizer, fazem-te mal a ti... – comecei a explicar-lhe.
            - Mas isso é um absurdo... – disse me interrompendo incrédulo.
            - Espera... deixa-me acabar... sabes no dia em que foste quase atropelado e eu salvei-te, nós não chegamos a saber quem foi que fez isso, apenas pensamos que tinha sido de propósito e foi... foi de propósito, porque recebi uma carta nesse dia a dizer que da próxima vez não irião falhar... sempre que estou perto de ti tenho medo que te façam mal se nos verem juntos... eu não sei quem essa pessoa é nem do que é capaz de fazer e então decidi que era melhor assim. Percebes agora, porque me afastei de ti? – perguntei-lhe por fim.
            - Percebo, mas temos de fazer algo. Temos de avisar a polícia ou sei lá. – disse um pouco perturbado.
            - Não, Zayn. Por favor. Tu prometes-te que não dizias nada a ninguém. – disse-lhe assustada.
            - Mas vocês também correm perigo...
            - Não. Não faças nada. Vamos tentar resolver isto por nós... sem meter mais ninguém... eu e as meninas estamos atentas e todas estamos procurando a pessoa responsável por isto. – disse-lhe segurando o seu rosto com as minhas mãos.
            - Então, pelo menos deixem-me ajudar. – disse me olhando nos olhos e eu apenas sorri. Ficamos olhando nos olhos um do outro durante uns instantes até que este se foi aproximando de mim devagar. Tocou-me no rosto, depois passou a mão pelo meu cabelo. – Preciso tanto de ti, minha deusa dos beijos.
            - Zayn... como te lembras disso? – perguntei-lhe confusa. Será que a memória estava de volta?
            - Não perguntes como, mas a minha memória voltou. Adormeci e quando acordei as minhas memórias estavam todas lá.
            - Eu nem sei que diga. Estou tão feliz por ti... tanto tempo esperei para que te lembrasses de tudo e agora... – disse sem acabar a frase e o abraçando com força, toda feliz.
            - Também estou feliz... lembro-me de tudo, mas mais importante... lembro-me de ti... – disse quando paramos o abraço e este aproximou o rosto do meu. – Fazes-me tanta falta, meu amor. – eu permaneci calada, este juntou os nossos lábios e celou-os com um beijo.  Um beijo demorado, mas cheio de sentimento. Fomos nos deitando devagar na areia, este estava por cima de mim e continuava me beijando. Sem conseguir resistir, coloquei as minhas mãos entrelaçadas na sua nuca e beijei-o também. Este começou a dar leves beijos sobre o meu pescoço e começou a descer, enquanto me despia ao mesmo tempo. Estavamos sozinhos e àquela hora ninguém iria aparecer ali. Sentia-me bem com ele. Só ele conseguia acender o fogo dentro de mim. Estavamos tão concentrados que nem reparamos que se aproximava uma onda grande que nos deixou completamente molhados. 


Apenas começamos a rir. Este levou-me ao colo para um sítio na praia mais afastado do mar, pousou-me com cuidado sobre a areia e continuou me beijando. Pouco tempo depois estavamos os dois despidos e os nossos corpos uniam-se como um só. Será que aquilo estava certo?

Na manhã seguinte:

Zayn’s pov:

Acordei com os raios do sol a baterem directamente na cara. Olhei para o lado e a minha deusa estava lá... ainda dormindo. Levantei-me todo feliz, pus-me de maneira a juntar o meu rosto com o dela sem a acordar e dei-lhe um beijo carinhoso no nariz. Esta acordou logo.


            - Bom dia, meu amor. – disse-lhe quando ela abriu os olhos.
            - Bom dia, meu princípe. – respondeu-me e eu dei-lhe um beijo na boca. – Oh meu Deus já é de dia... tenho de ir depressa antes que as meninas fiquem preocupadas comigo... – disse se levantando apressada e agarrando nas suas coisas.
            - Eu vou contigo. – disse me levantando.    
            - Não. Zayn, já te esqueces-te do que te disse? – perguntou-me relembrando-me das ameaças.
            - Ok. Mas depois quero ver-te novamente. Vou sentir saudades tuas... – disse-lhe voltando a beijá-la.
            - Awn... também eu. Adeus meu princeso. – disse me dando um beijo de despedida e indo embora.
            - Olha... – disse a fazendo olhar para trás. – Adorei estar contigo. – continuei sorrindo e lhe piscando o olho.
            - Também eu... – respondeu-me sorrindo. Ela foi embora e eu também fiz o mesmo. Tinha de arranjar uma desculpa para dizer quando chegasse a casa porque minha mãe deveria estar preocupada, pois não tinha avisado, mas já sabia que dizer.

Sandra’s pov:

            - Menina Tânia, isto são horas de chegar a casa? – disse quando a vi entrar porta a dentro.
- Tu não sabes o susto que nos pregas-te quando acordámos e tu não estavas em lado nenhum. – Disse Margarida preocupada.
            - Onde estiveste? Tens a roupa cheia de areia. – perguntou-me Marlene curiosa.
- E de pijama? – perguntou Jéssica.
            - Aconteceu alguma coisa? – perguntou-lhe Cláudia.
            - Calma, meninas. Não aconteceu nada de mal. Não conseguia dormir e decidi dar um passeio pela praia para ver se me dava o sono, só que acabei adormecendo lá. – explicou-nos.
            - O quê? Isso foi à noite? – perguntei-lhe.
            - Sim. – respondeu.
            - Tu estás louca, só podes. – disse Jéssica e ela apenas sorriu. Realmente esta estava com outra cara. Parecia mais feliz.
            - Mas, olha lá, estiveste sozinha? – perguntei-lhe curiosa.
            - Sim... quer dizer, no início estava, mas depois apareceu lá o Louis e mais tarde o Zayn... – respondeu deixando-nos boquiabertas.
            - O meu Louis!? – disse Marlene.
            - O Zayn!? – dissemos todas em uníssono.
            - Sim e sim. Eles tiveram um concerto de caridade e acabou tarde, o Louis não tinha vontade de ir para casa, então resolveu dar um passeio pela praia e encontramo-nos. Está descansada que só estivemos a falar, Marlene. – disse Tânia se metendo com Marlene.
            - Acho bem. – disse Marlene rindo.
            - Mas e o Zayn? Passou-se alguma coisa entre vocês? – perguntou Margarida e esta apenas abriu um grande sorriso. – Ui, conta lá. – continuou curiosa assim como nós. Sentamo-nos no sofá e esta contou-nos tudo o que se tinha passado na praia com Zayn. Eu estava feliz por ela e ao mesmo tempo assustada, por causa das ameaças. Mas ela estava tão feliz e isso notava-se no seu rosto.

Zayn’s pov:

Cheguei a casa e ao entrar tive uma surpresa um pouco desagradável.
            - Meu amor, estava a ver que nunca mais aparecias... estavamos a ficar preocupadas. Onde estiveste? – perguntou Perrie mal pus um pé dentro de casa e se levantando.
            - Sim. Não avisas-te nem nada. Estás bem, meu filho? – disse minha mãe preocupada e vindo até junto de mim.
            - Calma, mãe. Está tudo bem. Passei a noite no apartamento com os rapazes e não avisei porque chegamos tarde ontém do concerto e não te queria acordar, mas como vês vim o mais cedo que pude para não te deixar muito preocupada. – inventei.
            - Ainda bem que estás bem. Mas da próxima liga na mesma, posso perder o sono mas fico mais descansada. – disse minha mãe me abraçando. – Bem, vou fazer algo para comeres, porque deves ter fome. – continuou e eu apenas sorri.
            - Estiveste na praia? – perguntou Perrie chegando ao meu pé e me deixando espantado. Como é que ela sabia se eu tinha estado na praia?
            - Não... Porquê? – perguntei-lhe tentando ser convincente.
            - Porque tens o casaco cheio de areia... e as calças também. – disse me olhando de cima a baixo desconfiada. Pois, nem tinha reparado nisso. Fiquei sem saber que dizer.
            - Tenho!? – perguntei tentando ver se era verdade. – Pois tenho. Isto talvez foi de ontém... quer dizer, eu e os rapazes passamos pela praia primeiro antes de ir para o apartamento e andamos rebolando na brincadeira, por isso é normal ainda estar aí alguma... areia. – disse a primeira coisa que me veio à cabeça e depois sorri para parecer normal. Perrie estava muito desconfiada e isso via-se na sua cara.
            - A sério!? – perguntou-me.
            - Claro que sim. Agora é melhor ir tomar um banho para tirar esta areia e tu? Vinhas me dizer alguma coisa? – perguntei.
            - Não. Só queria te ver e estar um pouco contigo.
            - Pois, mas agora não vai dar, porque vou tomar banho e...
            - Não faz mal, eu espero. – interrompeu-me.
            - Mas, eu vou demorar e depois tenho umas cenas para fazer... – disse tentando despachá-la.
            - Que tipo de cenas? – perguntou-me rapidamente.
            - Cenas da banda. – respondi-lhe.
            - Mas eu posso ir contigo, não me importo nada. – insistiu.
            - Acho que não vai dar, porque os rapazes perferem que estejamos só nós.  Espero que percebas. Desculpa. – inventei.
            - Fogo, parece que me queres longe de ti!! – disse-me um pouco chateada.
            - Oh não sejas parva. Sabes que eu gosto de estar contigo. Tu és a minha... bruxinha. – disse fazendo esta ficar boquiaberta. – Estava a brincar, minha princesa. – disse e dei-lhe um beijo na bochecha. – Bem, depois vemo-nos. Xau. – conclui e esta puxou-me e deu-me um beijo na boca.
            - Assim está melhor. Xau, meu bruxinho. – disse Perrie sorrindo e saindo. Eu apenas sorri falso para ela.
            - MÃE VOU TOMAR BANHO. – avisei-a e subi para o meu quarto para tomar banho. Daquela tinha-me livrado, mas aquilo não poderia continuar a ser sempre assim.

Margarida’s pov:

Tinhamos saído todas, menos Tânia que estava cansada e resolveu ficar na cama para pôr o sono em dia. Mesmo depois da noite que teve com Zayn, até eu ficava cansada. Ahah Ela diz que aquilo não deveria de ter acontecido, mas eu cá acho que aquilo só aconteceu porque estava certo. Tinha de ser assim. Embora nessa noite também me tenha passado algo estranho... Tinha voltado a sonhar com o Harry. Que tontice! Sonhei que este estava cantando só para mim e aquela voz rouca me enlouquecia. Não devia de ter comido e logo ter ido dormir, se calhar assim sonhava com outra coisa... Conseguimos levar Cláudia connosco. Ela tinha de se alegrar e nós iriamos fazer de tudo para que isso acontecesse. Esta não exitou em levar os seus óculos de sol para tapar os seus olhos vermelhos de chorar. Fomos ao café para tomarmos um pequeno-almoço diferente. Lá encontramos Josh, Niall e Harry e este último estava de óculos de sol.
            - Olá a todos. Por aqui? – disse cumprimentando todos com dois beijos na bochecha e as meninas fizeram o mesmo, menos Sandra e Jéssica que cumprimentaram Niall e Josh de outra forma, vocês percebem. Harry para nos cumprimentar tirou os óculos e aí pude ver que este estava com olheiras.
            - Ui Harry. Que foi isso? Fizeste direta? – perguntou-lhe Jéssica.
            - Quase isso... Não consegui pregar olho esta noite. – respondeu-lhe. – Fogo. Gostava de saber quem é que sonhou comigo hoje. – concluiu e eu olhei para ele com uma cara tipo “WTF? Como é que ele sabe?”
            - O quê!? – perguntamos espantadas.
            - Dizem que quando nao se consegue dormir é que alguém sonhou connosco...informou-nos.
            - Deve ter sido uma das tuas inúmeras fãns... – respondi-lhe e este olhou-me como se tivesse descobrido que eu tinha sonhado com ele. Que disparate! É claro que ele não iria saber que eu tinha sonhado com ele sem eu lhe contar. Quer dizer esperava bem que não.
            - E tu acreditas nisso? – perguntou-lhe Sandra.
            - Talvez. Porque não? – respondeu-lhe. Também já tinha ouvido aquilo. É uma lenda que existe que diz que quando não conseguimos dormir à noite, é porque estamos acordados no sonho de alguém. Mas, eu não me pensava que ele fosse acreditar nessas coisas. Ainda por cima ele. Chiça pepino, isto só a mim.
            - Mas, sentem-se. – disse Josh nos convidando para sentar com eles.
            - E tu, Cláudia? Estás melhor? – perguntou-lhe Harry mal nos sentamos.
            - Ainda não posso dizer que estou bem, mas estou um pouco melhor que ontém. – respondeu-lhe Cláudia cabisbaixa.
            - Com o tempo vais ver que tudo vai ficar mais claro. Olha que o Liam também não está muito bem. Ontém chegou a casa num estado lastimável, parecia que tinha estado a chorar. – disse-lhe Niall e Cláudia olhou para ele triste.
            - E porque me estás a dizer isso? Eu não quero saber. Nada que tenha a ver com ele me interessa. – respondeu-lhe Cláudia e virou o rosto. Um silêncio desconfortável permaneceu sobre nós, então, Jéssica decidiu intervir para acabar com ele.
            - Lembrei-me agora. Margarida, então não querias saber das prendas do teu admirador e hoje de manhã encontrei a caixa do presente aberta e não estava nada lá dentro? – perguntou-me curiosa.
            - Estava aberta!? Como!? Quem será que a abriu? – perguntei fingindo não ter visto.
            - Não finjas, porque conheco-te muito bem. – disse-me Marlene sorrindo.
            - E então!? A prenda era para mim, por isso... – confessei.
            - És mesmo má. Nós ficamos tão curiosas e depois vais lá e abres sozinha. Que egóista, sinceramente. – disse Sandra e eu apenas sorri.
            - E o que era, já agora? – perguntou Niall intervindo na conversa.
            - Nada que vos interesse. – respondi.
            - Ok, como queiras, não queres não contes. – disse Marlene.
            - Pronto, eu digo. Ele mandou-me uma viola igualzinha à do Georg... mesmo linda... vocês têm de vê-la. – respondi sorrindo.

            - Ui... e acertou em cheio nos teus gostos. Não tarda nada vai fazer com que fiques apanhadinha por ele. – disse Jéssica.
            - Quem sabe se já não estou? – disse sem pensar, fazendo-os sorrir.
            - E gostaste da viola? – perguntou-me Harry sorrindo.
            - Adorei... é a melhor viola que alguma vez tive. Só queria saber quem era o meu admirador para poder lhe agradecer por todos os presentes. – disse pensativa.


            - Quem sabe se não saberás em breve? – disse-me Josh. Isso suou tão suspeito. Parecia que ele sabia de algo.
            - Sabes de alguma coisa que eu não sei? – perguntei-lhe curiosa.
            - Eu? Quem me dera, mas só sei o mesmo que tu. – respondeu-me parecendo convincente, mas não me convenceu. De qualquer forma algum dia esperava vir a conhecê-lo. Já estava farta de este se esconder por trás das cartas e dos presentes. Ele tinha de dar a cara. Ficamos conversando, enquanto lanchavamos. Cláudia nem falava e nós decidimos nem falar mais em Liam para que esta não ficasse pior. Após o lanche, fomos para casa, pois Tânia estava sozinha e os rapazes tiveram de ir tratar de uns assuntos. Cenas da banda, segundo eles. Comprei um bolo e decidi levar para Tânia, pois esta ainda não deveria ter comido nada. Sei que ela faria o mesmo por mim. :) Quando chegamos esta tinha acabado de acordar e estava a descer as escadas.
            - Já voltaram? – perguntou-nos ao nos ver entrar.
            - Sim. Os rapazes tiveram que ir tratar de umas cenas e nós decidimos vir para casa ter contigo. – respondeu-lhe Marlene sorrindo.
            - Toma, isto é para ti. Depois diz que não me lembro de ti. – disse dando-lhe o bolo que tinha comprado.
            - Awn, obrigada. – disse me abraçando toda feliz. Impressionante como às vezes uma coisa tão pequena nos pode deixar tão felizes. Não falo só do bolo, mas também da viola que recebi. Sentamo-nos todas na sala a conversar e a tentar animar Cláudia... busquei a minha viola nova e toquei para ela e as meninas cantavam para ver se Cláudia sorria. Pouco tempo depois já tinhamos almoçado e estavamos a tratar da loiça quando ouvimos a campainha tocar.
            - Estão à espera de alguém? – perguntei-lhes.
            - Não. – disseram todas em uníssono, continuando com o que estavam a fazer.
            - Que estranho. Vou abrir. – disse-lhes e afastei-me em direcção da porta. Quando abro, dou de caras com Pedro que trazia uma carta para mim. 

Não conversamos muito, pois este tinha de ir fazer outras entregas. Apenas me deu a carta e foi-se embora.
            - Quem era? – perguntou Marlene chegando à sala com as outras.
            - Ai, não me digas que é dele outra vez? – perguntou Tânia olhando para a carta que eu tinha na mão.
            - Acho que sim. – respondi sorrindo e correndo para o sofá para ler a carta.
            - Desta vez vais abrir ou vais esconder e ler sozinha? – perguntou-me Sandra sarcástica.
            - Para não dizerem que sou má, desta vez deixo-vos ler comigo, mas isso só porque estou nos meus dias. – mal disse isto estas sentaram-se ao meu lado e eu comecei a ler a carta em voz alta.

“ O dia em que te conheci foi um dia como qualquer outro, nunca poderei esquecer, coincidimos sem pensar no tempo e no lugar. Algo mágico se passou e o teu sorriso me apanhou. Sem pedir permissão roubaste o meu coração. E assim, sem dizermos nada, apenas com um simples olhar, começou nosso amor. Mudaste a minha vida desde que apareces-te nela. És o sol que ilumina todo o meu existir. És um sonho perfeito tornado realidade. Fizeste-me voltar a acreditar no amor e agora só com os teus lábios encendeias a minha pele. Hoje já não tenho dúvidas, o medo foi-se embora e tudo graças a ti. Tão linda és por fora como nada na terra. Hoje a palavra amor tem outra dimensão e tudo está tão claro... é a ti quem eu amo. Nem sei como continuar, mas de uma coisa sei, quero que saibas quem sou e por isso tive uma ideia diferente de te mostrar. Perto da tua casa encontrarás várias setas e em cada seta terás uma mensagem minha. Sei que pode parecer lamechas, mas foi a melhor ideia que tive e olha que me passaram muitas pela cabeça. As setas te levarão a mim. Se quiseres saber quem sou, é só seguires o caminho que vai dar ao meu coração. Estarei à tua espera mesmo que não apareças. Beijos linda e por favor não te percas... :) Espero mesmo que venhas. Adoro-te.”
            - Awn que fofinho. Tu vais não vais? – perguntou-me Tânia, mal acabei de ler.
            - Não sei. Será que devo? – perguntei duvidosa.
            - Esperavas isto já há tanto tempo e agora que tens esta oportunidade não a podes desperdiçar. Assim ficas a saber de uma vez por todas. – disse-me Marlene.
            - Concordo com ela. – disse Jéssica.
            - Mas e se ele for algum maníaco ou sei lá? Tenho medo. – disse-lhes.
            - Nós vamos contigo, então. Quer dizer pelo menos até à porta. Não queremos fazer de vela. – propôs Sandra, deixando-me pensativa. Será que deveria ir? É certo que tinha um desejo enorme de saber quem ele era. Mas... e se me acontecesse algo?

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Olá minhas barbies.
Está aqui o capítulo que tanto esperavam.
Falta pouco para que o admirador seja descoberto de uma vez por todas.
Se querem saber que se vai passar a seguir continuem lendo.
Sei que já devem estar fartas de mim ou até da história, mas em breve ela chegará ao fim.
Muchos besos amores mios!!!