One Direction

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domingo, 8 de setembro de 2013

Capítulo LXVI: Lamentar uma dor passada, no presente, é criar outra dor e sofrer novamente.



Capítulo LXVI: Lamentar uma dor passada, no presente, é criar outra dor e sofrer novamente.
Perrie’s pov:

Ela iria desaparecer, era o preço a pagar por me fazer passar por tonta! Ninguém se metia assim comigo!
            - Arde no fogo do inferno bruxa! – Gritei ao vê-la abraçada a Nathan. Ela estava a atirar-me à cara que tinha alguém que gostava mesmo dela, que estúpida! Ela que se despedisse dele.
            - Vais arrepender-te por me teres feito este favor, Perrie. – Disse-me ela, com um sorriso na cara. Mas ela estava louca? Tinha acabado de a matar, e ela dizia que eu lhe tinha feito um favor?Olhei para a árvore em chamas, e surpreendi-me ao ver que a árvore tinha desaparecido junto com as chamas, deixando em seu lugar um circulo de fumo. Fiquei ainda mais perplexa quando reparei que a Carolina tinha entrado no circulo de fumo. O que é que ela estava a fazer? Aquele fogo negro estava a transformar-se em pequenas e lindas borboletas quando passava por ela.
            - O que é que se está a passar aqui? – Gritei incrédula.
            - Eu avisei-te Perrie. – Respondeu-me calmamente Carolina quando tudo acabou. – Tu achavas mesmo que eu te diria, a ti, uma interesseira, o que me prendia à vida? Achavas mesmo que aquela árvore era a fonte da minha vitalidade?
Olhei para ela sem querer acreditar. Se aquela árvore não lhe dava a vida eterna, o que é que fazia? Não, não podia ser! O que tinha eu feito?
            - Não, não me digas que... – Murmurei, mas ela conseguiu ouvir.
            - Sim, Perrie, esta árvore era a fonte dos meus PODERES, portanto, quem arruinou o vosso plano foste tu, não eu! – Riu ela, confirmando as minhas piores suspeitas. Vi-a correr até Nathan e agarrá-lo pelo pescoço. Eu não queria acreditar, tinha sido tudo em vão! Sai dali a correr, queria saber se tinha perdido de vez.

Marlene’s pov:

Fogo! Que cabeçada, parecia que tinha levado com uma bola de bowling na cabeça, e acreditem, não é leve. Escorregar e bater com a cabeça... acontece-me cada coisa. Quando me levantei, quase não me aguentava, mas alguém me ajudou.
            - Está tudo bem? – ouvi essa pessoa perguntar, enquanto me agarrava, era uma rapariga e a voz era-me familiar.
            - Acho que sim... Obrigada. – respondi-lhe sem abrir os olhos.
            - Deste um valente tombo, é melhor ires ao hóspital ou isso para ver se está tudo bem contigo. – preocupou-se a rapariga sem me soltar.
            - MARLENE... AMOR... – ouvi alguém gritar e correr para mim, era Louis pela voz. – QUE SE PASSOU? ESTÁS BEM? – perguntou me agarrando e me afastando da rapariga. - O QUE É QUE LHE FIZESTE? – perguntou-lhe Louis sobressaltado.
            - Eu não fiz nada... calma, Louis. – respondeu-lhe a rapariga parecendo séria. Quem seria ela?
            - Alguma coisa deves ter feito para ela estar neste estado... – disse Louis chateado me soltando e caminhando para ela.
            - Não tenho nada a ver com isto, juro por tudo.
            - Não mintas... sabes que começamos a namorar e deves estar ruidinha de ciúmes, por isso fizeste-lhe mal. Mas eu não vou deixar que isso aconteça novamente, Eleanor. – disse-lhe Louis se aproximando dela e lhe agarrando o braço com força. Era Eleanor e esta tinha me ajudado sem que eu pedisse... sempre gostara dela, mas pensava que ela não iria gostar de mim quando descobrisse que eu namorava com o ex-namorado dela, o Louis, no entanto, esta pareceu simpática. Eu estava meia atordoada que nem me meti. Sabia que ela não tinha nada a ver com aquilo, mas algo de estranho se passava comigo, naquele momento.
            - Larga-me Louis. Estás parvo? – disse a rapariga fazendo força para se soltar e ao conseguir, vejo a pulseira dela saltar do pulso e cair mesmo em frente dos meus pés. – A MINHA PULSEIRA... – gritou Eleanor aflita. Apenas me baixei e juntei-a. Era linda com um coração partido ao meio e umas iniciais, as dela e do namorado suponha eu e dizia: “Para sempre contigo!” Mas porque é que o coração estava partido?
            - Toma... – disse dando-lhe a pulceira. – Muito obrigada por me ajudares, fico a dever-te uma. Tens uma pulceira linda... só não percebo uma coisa... porque é que o coração está partido? – perguntei-lhe e esta ficou com as lágrimas nos olhos.
            - Esta pulceira foi meu pai que me deu antes de morrer... eu gostava muito dele... estavamos sempre juntos, ele era tudo para mim... é a única recordação que tenho dele, porque meu outro padrasto deitou fora todas as coisas que nos faziam lembrar dele... dizia que era o melhor para nós... para não sofrer-mos mais ao olhar para as coisas dele... ele não sabe o que é perder uma pessoa que se ama, senão não fazia uma coisa dessas... e o coração está assim, porque no dia em que ele estava prestes a morrer a pulceira mudou como que por magia, foi como se fosse um sinal que algo mal iria acontecer naquele dia e aconteceu... – disse Eleanor desatando a chorar e eu só fui abraça-la. Não podia imaginar o que era perder um pai.
            - Desculpa ter perguntado. – disse-lhe.
            - Não faz mal. Eu tenho que seguir em frente... – respondeu-me.
            - Marlene! Mas como viste o coração partido!? – perguntou-me Louis confuso.
            - Então, eu agarrei na pulceira e vi que... OH MEU DEUS, EU NÃO ACREDITO. – disse gritando deixando Eleanor sem reacção. – EU CONSIGO VER... EU CONSIGO VER... – gritei a saltar, fazendo Louis me agarrar todo feliz e me girar no ar.
            - Eu estou tão feliz, princesa... eu sabia que a visão iria voltar... amo-te meu amor, muito mesmo. – disse me beijando na boca todo feliz.
            - Eu não acredito... esperei tanto por isto e agora consigo ver, meu amor estou tão feliz. – disse o abraçando novamente. – Deixa-me olhar para ti... já tinha tantas saudades de olhar para o teu rosto lindo, esses olhos azuis que me fazem derreter, essa boca que pede que a beije... amo-te meu príncipe. – disse segurando no rosto dele e o olhando. – Eleanor, eu... – disse quando me virei, mas ela já não estava lá. Caminhava já um pouco afastada de nós. – Tens de lhe pedir desculpas... ela não teve mesmo nada a ver com isto... eu apenas caí, bati com a cabeça e ela ajudou-me. Vai rápido. – disse para Louis que correu atrás dela.
            - ELEANOR... ELEANOR... ESPERA... – gritou indo a correr. Eu apenas fiquei ali os observando.

Louis’s pov:

            - Eleanor, desculpa... Tu não tiveste culpa do que aconteceu e eu não deveria ter-te tratado assim... reagi sem pensar... perdoa-me... não quero que sofras por uma cena estúpida que fiz... – disse quando a consegui alcançar.
            - Calma, Louis. Não precisas explicar nada. Só quero que saibas que eu nunca iria fazer nada para vos magoar aos dois... tu és um grande amigo e sempre serás...
            - Desculpa, mesmo. Não volta a acontecer nunca mais. É só que... têm acontecido tantas coisas esquisitas estes dias que já não sei o que pensar...
            - Eu sei de que estás a falar. – disse-me Eleanor.
            - Sabes!? – perguntei confuso.
            - Sim... Louis, tenho uma coisa importante para te dizer... pode parecer estranho, mas é verdade... eu tenho mesmo de te contar isto, guardei tempo de mais e já nem consigo dormir direito pensando que tens mesmo de saber...
            - Conta lá... – perguntei curioso.

Eleanor’s pov:

Eu iria contar-lhe a verdade e acabar com aquele peso que carregava às costas de uma vez por todas.
            - Louis, eu... eu... – disse-lhe e quando arranjei coragem para continuar, olho para o lado e vejo Perrie a passar toda furiosa. Esta lancou-me um olhar de rancor e seguiu sempre. – Louis, eu... acho melhor ires ter com a Marlene, ela deve estar meia perdida agora e precisa da tua ajuda. Vai...
            - Mas... – disse Louis.
            - Não... vai com ela... depois falamos... xau. – disse-lhe, despedi-me dele com um abraço e afastei-me sem olhar para trás. Sim, perdi a coragem, mas iria ser eu a contar... eles iriam saber de tudo um dia... por mim.

Taylor’s pov:

Mas que raio é que aquele  rato estava a fazer ali?! E agarrado à minha perna!
- Sai, rato nojento! – Gritava eu. Detesto ratos, aquelas patas nojentas com garras sujas metem-me nojo! – Filipe, juro que se não te afastares de mim eu vou...
Nem consegui dizer mais nada, ficou tudo preto e senti uma dor enorme nas costas. Devia ter desmaiado, e não era para mais, se vocês também tivessem um rato agarrado à vossa perna ficavam chocados, especialmente se ele fosse originalmente um humano. Sonhei com algo muito esquisito, senti uma luz e um calor agradável envolverem-me durante segundos, mas depois foi tudo embora, até começar a ouvir alguém chamar por mim. Finalmente, recuperei forças e abri os olhos. Ao fazê-lo, encontrei uns olhos castanhos, quase negros, extremamente profundos, que olhavam para mim. Esses olhos hipnotizantes pertenciam a um rapaz LINDO, loiro, alto e com uns lábios quase a tocar os meus. Deixei escapar um suspiro e depois consegui falar.
            - Quem... és tu? – Perguntei. Vi-o sorrir, parecia aliviado. Ai que sorriso.
            - Ainda bem que acordaste, nunca mais me assustes desta maneira! – A sua voz doce irrompeu pelos meus ouvidos, desnorteando os meus pensamentos. – Não te podia perder, não agora que as possibilidades apareceram todas de uma vez.
            - Mas, eu conheço-te? – Continuei, e ele voltou a sorrir, juro que me estava a matar. Nossa, nossa, assim você me mata.
            - Talvez não assim, mas conheces-me. E mesmo que não, teremos tempo suficiente para me conheceres. Se bem percebi, chamaste-me nojento há bocado.
O QUÊ?! Já não estava a perceber nada. Eu nunca tinha visto aquele rapaz na minha vida! Se o tivesse conhecido, acreditem, eu ia lembrar-me. Mas... Será?
            - Filipe? – Perguntei. Ele assentiu com a cabeça, deixando-me espantada. Não podia ser, ele não era um rato? Ou um cão? Ou o que fosse! Ele voltou a ser humano? E um bem gostoso... Ainda mais com aquele sorriso. – Mas... como é que estás aqui? Quero dizer, assim? Humano! Não percebo...
            - Eu também não percebo... a Carolina disse que não conseguia desfazer o feitiço que meteu em mim. Ela está a tentar mudar, libertou-nos a todos. Espero que ela consiga ser feliz com ele... – Respondeu Filipe. Com ele? Ele quem? – Mas mesmo sem desfazer o feitiço ela libertou-me. Será que... Só há uma maneira de isto ter acontecido.
            - Como?
            - A única maneira de ela ter desfeito este feitiço seria perder os poderes. A magia é muito influenciada pelas emoções de quem a usa, e quando ela me transformou em rato, o ódio era tanto que se conseguia ver nos seus olhos. Por isso era muito forte, e mesmo que ela quisesse desfazê-lo, não conseguia. Eu arrependo-me muito do que lhe fiz, ela é mesmo porreira, só percebi isso quando ela tratou de mim, independentemente do que aconteceu. – Explicou-me ele. – Alguém deve ter queimado aquela árvore, e sinceramente, acho que foi a melhor coisa que lhe aconteceu, ela só queria estar livre daquela maldição, e agora não há nada que a impeça de viver.
            - Ainda gostas dela? – Perguntei. Confesso que fiquei ciumenta, afinal ele estava ali, mesmo à minha frente, deixando-me com os calores e a pensar noutra, não gosto disso. Acho que ele percebeu e começou a sorrir para o chão.
            - Não. A Carolina é um capitulo acabado, mas ela ajudou-me a perceber muita coisa, sobre a vida, sobre os outros, e mais importante, sobre mim. E claro, se não fosse ela, não teria conhecido a rapariga mais linda do mundo, que me deixa doido só com os pensamentos. – Desabafou ele. O QUÊ?! MAS QUE RAPARIGA? E ELE ATIRA-ME ISSO À CARA!?
            - E eu conheço-a? Parece-me alguém espetacular. – Disse irritada.
Ficou a pensar durante um pedaço e depois estendeu-me a mão, como que a pedir qualquer coisa.
            - Emprestas-me o teu telemóvel? – Mas que raio? Seria mesmo alguém que eu conhecia? Emprestei-lhe e fiquei à espera. Depois de um bocado ele mostrou-me o ecrã, onde estava uma foto minha.

Filipe’s pov:

Mas que rapariga mais lerda, eu aqui quase a fazer um desenho e ela ainda não percebeu.
            - Por favor, diz-me que já percebeste. – Pedi-lhe num sussuro, bem perto do seu ouvido.
            - Acho que sim. – Respondeu-me, com um sorriso no rosto. Fiquei aliviado, queria que ela percebesse que era com ela que eu me sentia feliz e que iria fazer de tudo para que ela tambem se sentisse feliz comigo. Peguei na mão da Taylor e comecei a correr. Ela não percebeu, mas correu comigo à mesma, à medida que o sol se punha. Quando chegámos à praia, já a lua iluminava o mar. E eu sei que podia parecer impossível, mas com a luz da lua a iluminar os seus cabelos loiros e aqueles lindos olhos brilhantes, ela parecia ainda mais bonita. Sabia que era impossível, mas foi o que senti no momento. Talvez ela me parecesse mais bonita por ser finalmente minha.

Liam’s pov:

Estava com os olhos fixos nos de Cláudia. Sentia que com ela, tudo estava certo. De repente, senti como se a minha mente fosse invadida por um monte de imagens, momentos e sentimentos que nunca deveria ter esquecido. Tudo, estava tudo de volta, menos o que eu sentia por ela, porque isso nunca se tinha ido embora. Mas como é que isto poderia ter acontecido? Eu amava a Cláudia, era impensável tê-la esquecido, mas isso já não me importava, o nosso amor voltaria a renascer mais forte que nunca. Naquele momento, só me apetecia beijá-la. E foi o que fiz. Como eu sentia falta daquele beijo doce, intenso e cheio de sentimento. O que não esperava foi o ardor na bochecha, quando Cláudia me deu um estalo.
            -  MAS O QUE FOI ISTO LIAM?! PENSAS QUE EU SOU QUEM?! QUE EU SAIBA TU TENS NAMORADA! - Cláudia disse toda chateada e saiu furiosa.
            - CLÁUDIA ESPERA! - Saí correndo atrás dela - Cláudia, espera, por favor.-disse agarrando a mão dela.
            - LIAM, LARGA-ME JÁ! - disse-me toda chateada e soltando-se.
            -Desculpa-me, isto não deveria ter acontecido mas aconteceu, a sério, desculpa. -disse-lhe.
            - Pois, Liam, não deveria ter acontecido e ainda bem que sabes disso. – disse-me mais calma.
            - Desculpa mas isto aconteceu tão depressa, tipo lembrei-me de tudo e a vontade de te beijar era maior do que possas imaginar.
            - O quê? Lembras-te de que? - perguntou-me confusa.
            - Lembrei-me de quando éramos namorados, a Tânia e o Zayn eram namorados e essas coisas assim.

Cláudia’s pov:

Añ! Eu agora não estava a perceber nada, mas mesmo nada do que se estava a passar. Ele só podia estar louco, então primeiro beija-me e depois diz que lembrou-se de tudo!
            - Añ?!
            - Então Cláudia...  eu lembro-me de quando nos conhecemos no nando´s, quando me apaixonei por ti desde a primeira vez que te vi, quando nos beijámos no cinema, quando fui a tua casa pedir-te em namoro e estavas a ver fotos minhas sem camisa, a noite em que fiquei em tua casa, em que dormimos juntos e tu começaste a gritar “LIAM, DEIXA-ME SER O TEU GARFO, BABY!”, lembro-me de todos os nossos encontros, cada beijo, todos diferentes, mas todos com o mesmo amor que sinto por ti.
            - Eu... eu não sei o que dizer. Continuo sem percebo nada... – disse olhando-o nos olhos e ele nos meus. - ... é melhor eu ir agora, antes que me confundas mais. – disse e afastei-me.
            - Espera... eu acompanho-te. – disse me seguindo.
            - Não, Liam... deixa-me ir só, preciso de estar sozinha... preciso de pensar... – disse-lhe e afastei-me rapidamente, deixando-o triste. Nem sabia que pensar... se ele não tinha perdido a memória como é que não se lembrava de mim e agora de um momento para o outro dizia que se lembrava de tudo? Era muito estranho. Fui dar uma volta para ver se encontrava a resposta para as minhas perguntas ou então tentar me esquecer um pouco delas.

Sandra’s pov:

Tinha ido ao meu quarto buscar o meu telemóvel, pois parecia que tinha ouvido este a tocar. Niall tinha ficado na sala a ver televisão. Demorei um pouco quando oiço Niall me chamar.
            - AMOR...
            - JÁ VOU... – disse e saí apressada para ir ter com ele. – Que foi, princeso? – perguntei-lhe chegando ao seu pé.
            - Tenho fome... – disse-me sorrindo.
            - Ah ah novidade... estava a ver que tava a demorar muito para ficares com fome... vou buscar algo para comermos. – disse com intenções de ir à cozinha.
            - Nãaaaaaaaaaaaaoo.... espera.
            - Que é?
            - Onde vais? – perguntou-me.
            - À cozinha daaaaa ou querias que eu fosse buscar comida à casa de banho? – disse-lhe sarcástica e este riu.
            - Anda aqui... – disse me chamando e eu fui ter com ele.
            - Já não percebo nada. – disse me sentando ao seu lado.
            - Eu tenho fome, mas não é de comida... é outro tipo de fome, percebes? – perguntou-me com um sorriso maroto.
            - NIALL, eu não sei se devemos... – disse e este interrompeu-me pondo o dedo na minha boca.
            - Shiuuuu. Menos falar mais acção... – disse me beijando o pescoço.
            - Niall, pode aparecer alguém.
            - Ai que chata... nao interessa quem aparecer, neste momento só interessa tu e eu nobody more babe. – disse continuando.
            - Mas, é melhor não...
            - Não resistas eu sei que queres tanto como eu.
Como poderia resistir àquele olhar azul tão profundo como as águas do mar e àquele grande instrumento que toca a minha melodia preferida?
            - Então é melhor ir-mos para o quarto... estamos mais à vontade. – sussurrei-he no ouvido e fugi escada acima.
            - Ui, assim tou a gostar mais gatinha assanhada, miauuuuu, mia para o papai. – disse correndo atrás de mim... eu só me ria. 


Sabem quando toca a vossa melodia preferida o que acontece? Vocês só dançam, se mexem para arriba e abarro e claro fazem muito barulho. E bem, naquele momento a música tava mesmo boa... bom... o resto é segredo, miauuuu.



Margarida’s pov:

Já era um pouco tarde, mas eu e Tânia nem estavamos a ter noção do tempo. Já fazia algum tempo que não passeavamos as duas sozinhas e a tarde estava a ser fantástica. Estavamos passando perto daquele castelo onde eu tinha encontrado o lago mágico e eu simplesmente parei.
            - Magui! Que foi? – perguntou-me Tânia.
            - Nada... tive umas recordações agora.
            - Recordações!? – perguntou-me confusa.
            - Aquele castelo que estás a ver ali, foi onde eu recuperei a voz... é ali que se encontra aquele lago que vos falei... as outras já estiveram lá e já o viram... – disse apontando para lá. – Sempre que passo por cá me lembro, pois foi uma coisa boa... – disse-lhe sorrindo.
            - Parece um castelo normal... tipo daqueles para turismo e já se encontra um pouco velhinho... – disse-me apreciando o castelo.
            - Pois, mas mesmo assim tornou-se especial para mim... – disse-lhe olhando em redor quando vejo Zayn vir na nossa direcção. – Olha, o Zayn vem aí... – informei-a.
            - O quê? Onde? – perguntou se voltando e ao fazê-lo conseguiu vê-lo e ele a ela. – Não. – disse com as mãos na cabeça. – Magui, nós não podemos estar juntos, ele não pode vir para cá, porque pode lhe acontecer algo e se aquela pessoa das cartas vê pode fazer-lhe mal e eu não quero isso... eu não quero magoá-lo... – concluiu aflita.
            - Anda. – disse agarrando-lhe na mão compreendendo o seu desespero e correndo com ela.
            - TÂNIA... MARGARIDA... ESPEREM...  – disse Zayn e começou a correr atrás de nós.
            - Ele vem atrás de nós... Magui, ele vem atrás de nós! – disse Tânia desesperada.
            - Calma... já sei para onde podemos ir. – disse e entramos pelo castelo a dentro o mais rápido que podiamos, mas Zayn estava mesmo perto, então tinhamos de despistá-lo. Levei-a até ao lago. Lá ele não nos vai encontrar, pensava eu.
            - Aqui ele não nos encontra. – disse-lhe acalmando-a e espreitando para ver se alguém vinha. – Quer dizer... era suposto ele não encontrar... ele vem para aqui... – disse quando vi Zayn vir para onde nós estávamos.
            - Oh meu Deus e agora? Não temos como fugir... ele vai nos encontrar, vai perguntar porque fugimos dele, vai acontecer coisas más e eu não me vou conseguir perdoar, eu vou perdê-lo para sempre... – disse Tânia desesperada.
            - Já sei... – disse quando tive uma ideia.
            - Já sabes o quê? Que eu vou perdê-lo?
            - Não, burra... Prepara-te que vamos ter de mergulhar. – disse-lhe sorrindo.
            - Mas eu não sei nadar bem e vamos ficar molhadas e eu...
            - Ele vai entrar... – interrompi-a vendo Zayn chegar mesmo à porta.
            - Sou a primeira... – disse jogando-se para dentro de água, sustendo a respiração debaixo de água e eu fiz o mesmo. Ficamos as duas juntas e tentando não fazer barulho.

Zayn’s pov:

Que estranho! Onde é que elas estavam? Eu tinha-as visto entrar ali e já não estavam lá? Como era possível? Se elas tivessem saído tinham de passar por mim e eu de certeza que as tinha visto...
            - Tânia? Margarida? – chamei, mas ninguém me respondeu. No entanto gostei do local. Era calmo e as águas do lago eram tão límpidas e cristalinas que transmitiam tranquilidade e segurança. Nunca tinha estado alí, nem sabia da existência daquele sítio, mas tinha intenções de voltar, pois sentia-me muito bem lá. Fiquei um pouco admirando tudo e uma vez que elas não estavam decidi ir-me embora. Mas onde se tinham metido?

Tânia’s pov:

Já não estava a conseguir suster mais a respiração, tinha de sair dali... mas no momento em que ia pôr a cabeça de fora vejo umas imagens, como se fossem uns flashes do futuro ou sei lá o que era. Neles aparecia uma velhinha... era a mesma que eu tinha visto na Madeira, aquela velhinha estranha que nos disse que iam acontecer coisas más e que tinhamos de ter cuidado... Eu já nem pensava nela e agora ela estava ali ou melhor não era ela, era a sua figura, mas parecia tão real... Por estranho que pareça, esta começou a falar comigo. Ela dizia: “ Nunca te esqueças que o vosso amor é mais forte que qualquer feitiço. Agora que o feitiço lançado foi quebrado tentem ser felizes, mas tenham cuidado com as bruxas que vos atentam, porque elas ainda irão fazer das suas. Nunca te esqueças que o amor é capaz de derrubar todas as barreiras, por mais fortes que elas possam parecer. O vosso amor é mais forte que qualquer feitiço... O vosso amor é mais forte que qualquer feitiço... O vosso amor é mais forte que qualquer feitiço...” Aquelas palavras ecoaram pela minha cabeça e de repente sinto alguém me abanar.
            - Tânia! Tânia... Acorda... acorda... – dizia alguém aflito, quando abri os olhos pude ver que era Magui. – Ainda bem que estás bem. – disse me dando um abraço, aliviada.
            - Desmaiei? – perguntei confusa.
            - Sim e deixaste-me desesperada, pois não sabia que fazer... Mal o Zayn se foi embora tirei-te da água e tu estavas sem reacção. Pregaste-me um grande susto. – disse me abraçando novamente.
            - Tá descansada que ainda não é desta que te livras de mim... – disse-lhe sorrindo.
            - Que burra... eu não quero me livrar de ti, nem agora nem nunca. E é melhor ir-mos, porque já se faz tarde e daqui a pouco eles fecham isto. – disse-me me ajudando a levantar. Ainda fiquei olhando para o lago. O que seria que me tinha acontecido? Porque é que aquela mulher me disse aquilo? Porque é que a tinha voltado a ver? E qual feitiço? Tinha a cabeça tão baralhada.
            - Então, vens ou não? – perguntou-me Magui da porta acordando-me dos meus pensamentos. Eu apenas a olhei, acenti com a cabeça e saimos dali em direcção a casa. Pelo caminho não tivemos surpresas nem encontros inesperados... ainda bem. Era melhor assim, pelo menos enquanto não soubessemos o que se estava a passar. Era difícil estar longe dele... era tão difícil querer estar com ele e não puder, mas eu queria-o tanto que talvez a distância me fizesse esquecer um pouco dos meus sentimentos por ele e talvez pô-lo em segurança. Se estivessemos afastados, ele estava seguro, pelo menos assim pensava eu. Embora soubesse que a distância não me iria fazer esquecer dele, muito pelo contrário, as saudades de estar com ele iriam se encarregar de me lembrar todos as noites, a todas as horas do dia, dos momentos por que passamos juntos. Momentos que nunca iria esquecer por mais que tentasse.

Cláudia’s pov:

Cheguei a casa e Magui ainda não tinha chegado então decidi ir ver o que a minha maninha querida estava a fazer. Entrei em casa delas sem fazer barulho com intenções de lhe pregar um grande susto, qual não foi o meu espanto quando chego lá e não estava ninguém, apenas ouvia uns ruídos vindos de cima. Pareciam vir do seu quarto. Subi as escadas e pus-me à escuta quando oiço a voz de Niall. Oh meu Deus nem queria saber o que estes estavam a fazer. Meu Deus, será que não se cansavam?

Sandra’s pov:

Eu tinha dito a Niall que tinha ouvido a porta a abrir-se, mas este não tinha feito caso e continuou com o que estavamos a fazer. Quando de repente...
            - MANINHA, USA PROTECÇÃO E FAÇAM MENOS BARULHO. – ouvimos alguém gritar. Era Cláudia de certeza absoluta. Dei um grito bem alto, pois assustei-me e empurrei Niall, fazendo-o cair da cama.
            - Desculpa... – disse e parti-me a rir ao vê-lo jogado no chão completamente nu. – CLÁUDIA... SAÍ DAQUI. – gritei-lhe.
            - MAS EU TOU NA RUA. – disse-me de fora. - QUERES QUE EU ENTRE É? DESCULPA, MAS NÃO FAÇO MENAGE A TROIS. – concluiu gozando com a minha cara.
            - OH ESTÚPIDA, NÃO TENS MAIS NADA PARA FAZER? – gritei-lhe.
            - MANINHA ADORO A FORMA COMO ME AMAS. VOU-ME EMBORA PARA NÃO VOS INCOMODAR MAIS OU QUERES QUE FIQUE?
            - CLÁUDIA!!!
            - OK... XAU E LEMBREM-SE MUDEM DE POSIÇÃO PORQUE SEMPRE A MESMA CANSA. – disse e ouvimos esta rir-se.
            - CLÁUDIA...
            - Onde é que nós iamos? – perguntou-me Niall voltando à cama.
            - É melhor ficarmos por aqui... sabes, a Cláudia chegou e as outras já devem tar a chegar.
            - Tem mesmo de ser? – perguntou fazendo beicinho.
            - Tem e tu sabes que sim. – respondi fazendo a mesma cara.


            - Ok, minha princesa, afinal haveram mais oportunidades. – disse-me sorrindo e me dando um beijo na boca.

Carolina’s pov:

            - Agora podemos ter uma vida normal, os dois, sem que eu tenha de fugir por causa dos meus poderes. – disse abraçando Nathan.
            - Mas como assim? – perguntou-me confuso.
            - A Perrie queimou a árvore que tinha os meus poderes, eu descobri-a um dia quando estava a passear e tentei destrui-la, mas isso era impossível, pois não poderia ser eu... eu não tinha poderes suficientes para destrui-la... tinha de ser outra pessoa e fizeram-me prometer que eu não diria a ninguém que esta era a árvore dos meus poderes, então inventei que ela me dava a vida...
            - Fizeram-te prometer? Quem?
            - Isso não importa. O que importa agora é que já podemos ser felizes sem que nada nem ninguém se meta entre nós. – disse e beijei-o apaixonadamente.

Jéssica’s pov:

Estava esperando Josh, pois tinhamos combinado ir jantar fora, pois faziamos um mês de namoro. Foi ideia do Josh... que fofinho. Ia ser espectacular. Meu pai estava sempre me rondando a dizer para ter juízo e para não chegar tarde e essas cenas que os pais costumam dizer quando ouvimos a campainha tocar e eu fui abrir. Meu pai veio atrás de mim. Que controlador, mas pronto ele só fazia isso porque gostava de mim.
            - Sr. Devine... – disse piscando-lhe o olho. Ele tava mesmo lindo.
            - Sra. Mendes... – disse-me me olhando nos olhos e depois meu pai fez um barulho com a garganta para nos interromper. – Sr. Mendes, como está?
            - Podia estar melhor, mas pronto. Quero-a cedo em casa e tenham juízo, senão verão a raiva do senhor João. – disse meu pai.
            - Pai!? Nós temos sempre juízo. – disse-lhe me agarrando ao ombro de Josh.
            - Não sei, minha menina, não sei. – disse meu pai.
            - Vamos? – perguntou-me Josh e eu acenti com a cabeça, despedindo-me de meu pai com um beijo no rosto. – Esteja descansado que a cinderela chega a horas a casa. – disse Josh sarcástico para meu pai e eu dei-lhe uma chapada de leve no braço.
            - Xau pai.. – disse e fomos. Meu pai ficou na porta a ver-nos ir embora.

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Olá meus amores!!!
Desculpem a grande demora, mas não consegui pôr mais cedo porque tinha a minha head in the clouds.
Mas aqui está o capítulo... não é muito grande, mas daqui a uns dias ponho mais.
Vou tentar não demorar tanto, mas não prometo nada.
Feito com ajuda especial de Cláudia, Sandra, Marlene e Margarida hehe.
Aproveitem os últimos dias de férias, os últimos raios de sol, os últimos beijos de Verão e aproveitem para sonhar no meu mundo heheheheheh.
Continuem lendo porque ainda falta para chegar ao fim.
Beijos princesas.

2 comentários:

  1. BIIIIIIIIIITCH!!!!!!!! Fomos dar mergulhinho mas tou a ver que as aulas do louis nao serviram de grande coisa! Se eu tivesse de fazer boca a boca ficas lá estendida, nao me importa! Adorei o capitulo bebe, mete o proximo para eu nao ter de suplicar outra vez...
    Magui*.*

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  2. HAHAHAHAAH eu amei a parte da Sandraaaaa, akela bitch nao se cansa, eu pesava k ela nao ostava de trabalhar tanto mas parece k eu me enganei hahahahaha eles devem tar com fome de trabalhar tanto ou ja devem estar cansados da mesma melodia mas o que se pode fazer???? é a melodia preferida da Sandra ahahhahahha
    Bad Girl

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